A banalização do Holocausto.
A disputa política no Brasil e a não aceitação por parte do segmento político derrotado nas eleições presidenciais de 2018, levaram a agressões de todas as ordens dirigidas ao Presidente democraticamente eleito, Jair Bolsonaro. Não tenho dúvidas que a mais grave, descabida e injusta é a prática de genocídio. Essa narrativa dos desesperados desrespeita a história do povo Judeu, banaliza o holocausto e demonstra completo desconhecimento histórico e terminológico de um genocídio.
Perguntem a um Judeu, a um Tutsi (de Ruanda), ao povo da Bósnia, ao povo Armênio, eles saberão responder.
A Conib, Confederação Israelita do Brasil, lançou uma campanha contra a banalização do Holocausto, para que se possam compreender melhor as verdadeiras dimensões dos fatos. Sugiro assistir e compartilhar https://www.youtube.com/watch?v=5QmeICHk2k4
Ontem (25 de maio), o Senador Renam Calheiros, relator da CPI da Covid, que responde a mais de uma dezena de processos por corrupção, teve o desplante de comparar (o que para uns é um verdadeiro palanque eleitoral visando às eleições de 2022) a CPI ao Tribunal de Nuremberg.
A começar pelos integrantes, o Tribunal de Nuremberg era composto por notórios Juízes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Soviética. Já a CPI possui entre seus integrantes Senadores que respondem a processos por desvio de recursos públicos. Pasmem! Da saúde.
Pois bem, esta comparação fez a Conib mais uma vez se manifestar, repudiando as afirmações do Relator da CPI, Senador Renan Calheiros, afirmando que são “comparações completamente indevidas do momento atual, agora feitas na CPI da Covid, com os trágicos episódios do nazismo que culminaram no extermínio de 6 milhões de judeus no Holocausto.”
E Conclui a Nota, “Essas comparações, muitas vezes com fins políticos, são um desrespeito à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.
Da mesma forma se manifestou no dia de ontem a Embaixada de Israel no Brasil com a seguinte nota: “Desaprovamos o aumento da frequência da palavra Holocausto no discurso público. O uso indiscriminado banaliza a memória e a tragédia do genocídio contra o povo judeu. Pela amizade forte entre os dois países, pedimos que o Holocausto fique à margem de política e de ideologia”.
A empáfia, a soberba e a arrogância de alguns senadores da CPI da Covid ao se dirigirem às testemunhas, fazendo comparações indevidas com o holocausto, podem colocar em dúvida a credibilidade das ações da citada Comissão Parlamentar, bem como o mandato de alguns parlamentares.
Como diz o vídeo da campanha do Conib, o Holocausto é uma mancha incomparável na história da humanidade. Não compare o incomparável. Não banalize o holocausto. Não explore um genocídio para ganhos políticos. Fazer da crueldade algo corriqueiro gera um mundo onde a maldade é soberana e todos são vítimas em potencial.
Shalom!
Henrique Alves da Rocha, Coronel PM da Reserva Remunerada. Diplomado pelo Instituto Internacional para Liderança, Histadrut, Israel. Mashav.