Aracaju, 26 de abril de 2024
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Antes da CPI, não queriam nem ouvir falar, afirma Rogério

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Os trabalhos da CPI da Pandemia no Senado Federal pressionaram o governo federal a destravar a compra e a liberação de vacinas contra a Covid-19. Essa é a avaliação de senadores que integram a Comissão, após o presidente fazer um apelo à Pfizer para antecipação de vacinas, em reunião realizada na segunda-feira (14).

O apelo acontece depois do governo Bolsonaro ter ignorado 53 e-mails da empresa norte-americana, que ofereceram doses de vacinas ao Brasil ao longo do ano passado. Para o senador Rogério Carvalho (PT-SE), a mudança de postura do governo é positiva, mas não apaga os crimes sanitários cometidos até o momento.

“Sempre defendemos a necessidade de um amplo processo de vacinação de massa do povo brasileiro. Essa inflexão de Bolsonaro não muda o fato de que ele agiu de forma deliberada e continuada, orientado por um gabinete antivacinas e paralelo, para difundir a pandemia no Brasil, acreditando na teoria da imunização natural de rebanho”, explicou o senador sergipano.

O senador Rogério ainda defendeu a necessidade de responsabilização de Bolsonaro e ressaltou a importância da CPI. “Esse apelo foi uma resposta do presidente ao trabalho da CPI, que está cumprindo o objetivo de tornar claro o crime sanitário cometido por Bolsonaro e de informar a população. Mas, o que esperamos é que ele seja responsabilizado e responda por tudo isso”, disse.

O presidente da CPI, senador Omar Azis (PSD-AM), se posicionou no mesmo sentido. “Olha como a CPI está funcionando, e ainda tem aqueles que acham que não está: o presidente fazendo um apelo à Pfizer, ontem, para antecipar as doses. Antes da CPI, não queriam nem ouvir falar”, declarou o senador durante os trabalhos da Comissão.

Por Assessoria

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