Aracaju, 28 de março de 2024

Unimed Sergipe orienta como comemorar o período junino com segurança

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Embora em período de pandemia, o mês de junho continua sendo muito importante para o povo nordestino, com a tradicional celebração do dia de São João. Em um cenário sem pandemia, o tão aguardado período do ano é marcado por celebrações regadas a forró, decorações e comidas típicas. No entanto, o atual cenário provocado pelo coronavírus, que, por mais um ano, impedirá as comemorações da maneira tradicional, exige algumas restrições.

Com a carga que o atual momento carrega, manter a tradição, mesmo que com alterações, se tornou ainda mais importante. De acordo com a psicóloga do Núcleo de Atenção e Integração à Saúde (Nais) da Unimed Sergipe, Deise Peixoto, algumas atitudes e características do tradicional São João podem ser mantidas, mesmo em celebrações dentro de casa, sem fogueiras e somente com a família.

“Os festejos juninos são tradicionais no nordeste e tem um significado histórico, cultural e religioso. Por isso, é importante que consigamos manter de algum modo essa tradição, mesmo que não possamos celebrar esse período do modo como estamos acostumados: festas, fogueiras, grandes reuniões de pessoas. Mas, nem por isso precisamos deixar de lado. A gente pode se trajar a caráter, colocar decorações na casa ou em estabelecimentos comerciais, podemos reproduzir algumas brincadeiras e comidas típicas”, elenca a psicóloga.

Ela orienta ainda que, nesse contexto, recorrer a lives, de forró, de apresentações de quadrilha junina, são uma boa opção. Reunir a família, dentro do possível, relembrar costumes, rever fotos de outros períodos juninos em outros anos também são dicas da psicóloga.

“Podemos também realizar as modalidades de festa na caixa, em que todos meio que recebem um kit parecido, com itens de decoração, de comida e em um determinado horário combinado, se reúnem virtualmente para fazer aquela celebração.  Pode-se elaborar o correio elegante virtual. Isso pode ser feito em um grupo de amigos, na família, até mesmo no trabalho, uma troca de elogios, de afeto, que acaba sendo um alívio importante e interessante neste momento de dificuldade em que estamos passando”, diz Deise Peixoto.

Outra dica é resgatar brincadeiras. Elas podem ser pescaria, corrida de saco, dança da laranja, corrida com ovo na colher ou grãos de milho na colher, bingo, tiro ao alvo, jogo de argolas, passa chapéu. “São brincadeiras que tanto podem animar e divertir as crianças, quanto os adolescentes e adultos também. E acabam mantendo essa tradição. Podemos também pedir que as diferentes gerações da família vão contando como eram as brincadeiras, os trajes, as danças, para que também seja um momento de interação entre as gerações”, cita a psicóloga do Nais.

Queimaduras juninas

O mês de junho também traz a preocupação das queimaduras provenientes de de chamas, como de líquidos quentes e, principalmente, de fogos de artifício. Apesar das restrições impostas pela pandemia, que sugerem o não uso de fogos de artifício ou acendimento de fogueiras, muitas pessoas ainda buscam comemorar desta forma, mesmo que em casa. Diante disso, é preciso tomar cuidado no manuseio de fogos de artifício, principalmente por se tratar de um período onde hospitais estão cheios.

Segundo o cirurgião plástico e diretor de Novos Negócios da Unimed Sergipe, Márcio Barreto, algumas coisas devem ser lembradas caso ocorra uma lesão térmica. “A primeira coisa que temos que fazer é resfriar o local. Resfriar o local pode ser simplesmente com uma toalha embebida em água. Evite passar qualquer elemento em cima. Culturalmente a gente vê as pessoas colocando pasta de dente, café, folha de bananeira. Evite qualquer coisa que não seja simplesmente água e enrole com uma toalha. A intenção disso é diminuir a temperatura, diminuir a dor e diminuir o aprofundamento da queimadura. Queimou, não fique em casa com essa lesão, vá a um hospital”, orienta.

Como informa o cirurgião, os locais mais comuns onde podem ocorrer essas queimaduras são braços, rosto e principalmente pernas,  porque alguns fogos de artifício giram no chão. Além disso, crianças pequenas, em algumas ocasiões, pegam os chamados traques de massa e colocam no bolso, provocando um risco de explosão ao esbarrar em outra criança.

“O Hospital Unimed está pronto para atender. Lembrando que, não importa a hora, o momento ou como foi a queimadura. Muitas vezes a gente recebe no pronto socorro queimaduras que já passaram doze horas, vinte e quatro horas, porque a família não quis levar e achou que ia ser uma coisa simples. Muitas vezes as queimaduras se aprofundam. Na hora só tem uma lesão avermelhada. Seis horas depois já vê bolhas e 12 horas ou 24 horas depois, já vê uma água saindo”, explica Barreto.

A recomendação é: queimou, viu que está muito avermelhado, precisa ser levado diretamente para uma unidade de atendimento. Se também houver roupa queimada, tirar a vestimenta que estiver por cima, para não grudar no tecido humano qualquer sujeira da roupa ou fuligem.

“É muito importante que não se dê nenhum tipo de alimento para a pessoa. Muitas vezes se dá água para que a pessoa se acalme ou resfrie. Muitas vezes tem que chegar no hospital e levar o paciente para o centro cirúrgico, para que ele seja sedado ou anestesiado para fazer o que nós chamamos de desbridamento, que nada mais é do que uma limpeza cirúrgica. A limpeza é uma das coisas que mais determinam a recuperação rápida e a diminuição de complicações. Se não é feita uma limpeza adequada na ferida, aquele tecido morto fica grudado na pele e é substrato para infecção”, ressalta o cirurgião e diretor de negócios da Unimed Sergipe.

De acordo com ele, as queimaduras podem ser tratadas no hospital e acompanhadas de forma ambulatorial, então não significa que o paciente vá para o pronto socorro e tenha que ficar internado. No entanto, existem queimaduras especiais: na face, nas mãos e na sola dos pés. Por serem muito dolorosas, normalmente, são as que os profissionais médicos orientam internação por alguns dias.

“O mais importante é prevenir a queimadura. Então, muito cuidado na hora de escolher qualquer explosivo. Vamos lembrar que estamos na pandemia. Vamos lembrar que os hospitais continuam cheios e os prontos-socorros estão com uma taxa de atendimento ainda de pacientes com covid-19. Então, o que puder fazer para evitar esses ambientes, é o ideal”, alerta o médico Márcio Barreto.

Fonte e foto assessoria

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