Aracaju, 28 de março de 2024

ALESSANDRO SOBRE ESQUEMA DE VACINAS: PARECE SER MODUS OPERANDE NA SAÚDE

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*Alessandro Vieira sobre esquema de vacinas: “Parece ser ‘modus operandi’ na Saúde”*

Nesta quarta-feira (30), em entrevista ao Correio Braziliense Poder, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, destacou que as investigações começam a avançar em outras áreas após a constatação de que o governo federal falhou na compra das vacinas para tentar proteger os brasileiros em meio à pandemia. Em relação ao contrato da vacina indiana Covaxin, alvo de suspeitas de superfaturamento, o parlamentar confirmou o depoimento privado dos irmãos Miranda e comentou sobre a convocação do deputado Ricardo Barros, acusado de envolvimento no escândalo.

“A CPI começa a avançar em outras áreas. Comprovamos que o Estado brasileiro não foi eficiente na compra de vacinas para proteger os cidadãos. E, agora, a gente avança na questão das motivações. Por que o Brasil se portou dessa forma? Há o chamado gabinete paralelo, que se baseia numa anticiência e, agora, existe um novo grupo baseado, aparentemente, em interesses financeiros. É nesse ponto em que estamos”, disse Alessandro Vieira.

Ele também criticou a demora da leitura do requerimento pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para prorrogar a CPI. “Ele se recusou ontem a fazer a leitura do requerimento. Disse que faria essa leitura só no mês de agosto. Não faz o menor sentido, não é isso que o regimento determina. Quando você apresenta o requerimento, as condições e as assinaturas, só cabe a ele fazer a leitura a prorrogação”, criticou.

*Caso Covaxin*

Ainda na esteira da CPI, o contrato da Covaxin é um dos principais alvos de investigação no Senado. Para Alessandro Vieira, o esquema não ocorreu de maneira isolada e, por isso, necessita de aprofundamento nas apurações. “Parece ser ‘modus operandi’ de um grupo atuante no Ministério da Saúde. Tudo isso, como sempre, em Brasília, vinculado a um apadrinhamento político. A CPI precisa aprofundar nessa área, lembrando sempre, a importância de se entender por que o Brasil perdeu tantas vidas. E quando você ouve especialistas falando, como a Jurema Werneck (diretora da Anistia Internacional ) e o Pedro Hallal (epidemiologista e coordenador da EpiCovid), percebe-se que centenas de milhares de vidas poderiam ter sido salvas se o Brasil caminhasse na direção correta. Mas (o governo) escolheu o caminho errado”, comentou.

Novos depoimentos – Após novas revelações de um suposto esquema de propina pela compra da AstraZeneca, o senador afirma que já foram acatadas, no Senado, a convocação de novos depoentes para se esclarecer o caso “Aprovamos a convocação de todos os personagens envolvidos nessa tratativa relativa a essa vacina comprada pela Davat. Ao mesmo tempo, a gente tem outras vacinas, como é o caso da CanSino, representada pela Belcher, uma empresa criada e dirigida em Maringá, cidade do deputado federal Ricardo Barros, com pessoas, na sua gerência, intimamente ligadas ao deputado”, disse.

O senador também afirma que a comissão já aprovou sessão secreta para ouvir o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que afirma ter outras informações acerca do escândalo da vacina indiana. “Tudo isso caminha no sentido de uma forma de atuação, que inclusive se reproduziu em estados e que é o caso aqui do Distrito Federal”, pontuou.

Vieira é autor do pedido de convocação de Ricardo Barros à CPI. O líder do governo na Câmara foi citado em depoimento do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e de seu irmão, Luis Miranda. “A expectativa é de que, talvez no final da próxima semana, a gente possa ouvir o deputado [Ricardo Barros]. Não faz sentido chamá-lo sem fazer as diligências anteriores. Ele vai ter a oportunidade para falar, como todos têm, e esclarecer a sua participação nesse tremendo rolo”, afirmou.

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