Aracaju, 23 de abril de 2024
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Assembleia do Movimento Polícia Unida: Policiais e BMs de Sergipe decidiram pelo estado de alerta nos 75 municípios

Durante a mobilização, os integrantes das forças policiais realizaram uma caminhada até o Palácio dos Despachos. Uma nova mobilização foi agendada para o dia 3 de agosto.

União, indignação e revolta com o Governo do Estado marcaram a 1ª Assembleia Geral Unificada do Movimento Polícia Unida, ocorrida na tarde desta quinta-feira, 1º, na capital sergipana. Mesmo com chuva, o encontro reuniu policiais, bombeiros e apoiadores da luta pelo adicional de periculosidade para estes profissionais da Segurança Pública, como foi o caso do deputado estadual Gilmar Carvalho. Na oportunidade, ele lembrou sobre o comprometimento feito pelo próprio governador Belivaldo Chagas.

“Eu lembro muito bem que o governador disse na Assembleia Legislativa que só iria discutir qualquer coisa com os policiais quando houvesse união da Polícia Militar com a Polícia Civil. A Polícia Militar e a Polícia Civil estão unidas e o governador não quer conversar. Quem é que está errado: é a Polícia ou o governador? O governador alega que na Lei do Subsídio foi retirado o adicional de periculosidade ou qualquer outro adicional, mas quem retira também reinclui na hora que quiser e com apoio da Assembleia. Infelizmente isso ainda não foi proposto”, destacou o deputado estadual Gilmar Carvalho.

Em determinado momento da Assembleia, os policiais e bombeiros presentes deliberaram sobre o estado permanente de alerta nos 75 municípios. “É importante deixarmos a sociedade ciente de que estaremos de agora em diante em estado permanente de alerta aguardando o próximo passo do Governo do Estado em relação ao nosso adicional de periculosidade. Independente da sinalização e do diálogo com o Governo que ocorrer no mês de julho, estaremos reunidos novamente em Assembleia Geral no próximo dia 3 de agosto. Nossa luta será permanente”, pontuou Adriano Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE).

Para André Gutierrez, presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), a luta pelo adicional de periculosidade é um direito daquele que arrisca a vida todos os dias. “A Cobrapol se importa com a luta do policial civil em todo o Brasil. Esse movimento unificado é importante porque busca sacramentar um direito que é inclusive constitucional: o adicional de periculosidade. Isso tem que ser regulamentado, tem que ser pago da maneira correta porque o policial civil corre esse risco diariamente, estando ou não de serviço. Ele é policial 24 horas, não apenas ele como todas as outras forças de segurança do movimento Polícia Unida. Quando o pleito for conquistado, será um dia histórico para os policiais de Sergipe”, ressaltou.

Diálogo com Belivaldo

Em meio à Assembleia, os policiais e bombeiros presentes decidiram realizar uma caminhada até o Palácio dos Despachos. Em encontro com o governador Belivaldo na residência da senadora Maria do Carmo, os integrantes do Movimento Polícia Unida ouviram que até o final do mês de julho haverá diálogo com o Governo sobre o tema. Entretanto, as entidades representativas do Movimento preferem não criar expectativas e sim cobrar atitudes práticas por parte do governador. Houve diálogo, mas ainda não houve nenhuma movimentação para resolver o problema.

Para o Soldado Prisco, deputado estadual da Bahia, essa união entre as diversas categorias de profissionais de Segurança Pública é marcante no país. “Estou muito feliz em ver essa união, força e coesão aqui em Sergipe. Mesmo com chuva, os policiais e bombeiros compareceram e essa luta simboliza a justiça. Eles não estão pedindo nada a mais do que o direito deles. Essa gratificação pelo risco de vida que eles correm já deveria ser algo obrigatório. O Governo deveria era ter o prazer de pagar isso, porque a vida do policial não tem preço”, reforçou o parlamentar.

Sindicato da Bahia presente

Quando a luta é legítima, a união e o companheirismo sindical fazem parte da jornada. Durante a Assembleia, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc) enviou representante para apoiar a luta coletiva. “Essa união é que fará com que nossos políticos sejam sensíveis para que nós tenhamos reconhecimento daquilo que é direito nosso. Quando a gente se une no mesmo propósito fica mais fácil para dialogar e seguir em frente lutando. O importante é não desistir nunca”, finalizou Alfrenito Moreira Bispo, integrante da diretoria do Sindpoc.

O deputado estadual de Sergipe Capitão Samuel e o vereador de Aracaju Sargento Byron também estiveram presentes na Assembleia Geral do Movimento Polícia Unida.

Fonte e foto assessoria

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