Aracaju, 25 de abril de 2024
Search

Belivaldo anuncia candidato até primeira quinzena de outubro. Ulices no jogo sem PT

Por Diógenes Brayner

O governador Belivaldo Chagas (PSD) está em Simão Dias, onde curte o frio desse início de inverno. Neste sábado (03), em conversa por telefone ele disse que mantém sua posição de só tratar tratar com a base aliada sobre candidatura a governador no pleito de 2022, a partir do final da segunda quinzena de setembro, com uma novidade: “se estendendo pela primeira quinzena de outubro”.

Belivaldo deixa claro que não vai interferir em reuniões de grupos políticos para antecipar qualquer indicação, mas sem a sua presença e definição de alguma decisão. Acrescentou que terá reuniões com as bases a partir da data marcada por ele e só chegará a uma conclusão com o consenso de todos sobre um nome e que tenha a sua aprovação.

O governador se mostra muito animado com o equilíbrio fiscal implantada em Sergipe com o avanço do conceito de C para o B na classificação de reconhecimento da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que foi uma conquista dele depois de uma luta intensa da sua gestão.

Quanto ao apelo de lideranças políticas para antecipação da indicação do pré-candidato a governador de 2022, Belivaldo brincou: “isso tudo é agonia de prováveis candidatos”. Para ele tem quem deseje o “lançamento para amanhã, outro para janeiro e alguns para abril, mas vai acontecer dentro do que decidir o grupo depois de encontros nas datas acertadas”.

Divórcio litigioso -Uma importante liderança política disse que esse entendimento político é impossível para a disputa das eleições ao Governo do Estado, para que o PT esteja no comando político como aconteceu há dez anos. Para ele “o PT não vota e nenhum outro nome que não seja Rogério Carvalho e na possibilidade quase impossível de acontecer, poderia provocar uma forte cisão na base aliada”.

O líder político comparou o relacionamento da base aliada com o PT a “um casamento em fase terminal e que caminha para um divórcio litigioso”. Acrescentou que os “petistas estão ansiosos para retornar o comando político do Estado e não vão recuar da candidatura de Rogério Carvalho.

Partidos da base aliada acusam alguns atos do PT para que tenha acontecido essa ruptura, principalmente – a mais grave foi – a candidatura de Marcio Macedo (PT) a prefeito de Aracaju em 2020. “Não há mais condições de entendimento para a continuidade do PT no bloco, porque os integrantes da aliança estão conscientes de que não votarão em nomes petistas, com a recíproca sendo verdadeira”.

Quanto ao projeto de Ulices Andrade em trabalhar para manter o PT na base, há controvérsias. Em encontro recente com aliados, Ulices recusou esse seu desejo e teria deixado claro que o seu projeto é ser candidato com apoio da base, seguindo a orientação do grupo em relação ao afastamento do PT.

Leia também