O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (5), que CPI da Covid-19 está deixando claro para a população brasileira o que houve na condução da pandemia, que levou o Brasil a ter mais de 520 mil mortos. O senador destacou as estratégias do governo Bolsonaro de adotar a teoria da imunidade de rebanho e de comprar de vacinas por meio de intermediários como algumas das causas que levaram ao caos da pandemia no país.
“O quebra-cabeça está sendo montado do porquê a gente teve tantas mortes e do porque o governo agiu de uma determinada forma”, disse o senador.
“O governo não agiu só negando que tinha uma pandemia. O governo agiu de uma determinada maneira, expondo a população ao contágio natural para aquisição de imunidade e assim constituir a imunidade de rebanho. Nisso surgiram novas cepas, novas ondas pandêmicas”, prosseguiu.
Para o senador Rogério, a demora da compra das vacinas se encerra com compra de vacinas com intermediação.
“O que poderia ter sido feito sem intermediação, a um custo mais baixo, só foi feito depois que houve intermediação o que caracteriza aí algum tipo de ilícito que tem que ser apurado para que não haja injustiça, mas o indícios apontam para uma estratégia de comprar com intermediação para alguém tirar vantagem e isso a CPI tem mostrado para sociedade e isso de certa maneira indigna aqueles que perderam parentes, que perderam amigos, que perderam parte de suas famílias”, explicitou.
Durante a entrevista, o senador petista defendeu também que durante o recesso parlamentar, que é Constitucional, a CPI continue trabalhando na análise de documentos, e se prepare para a reta final da Comissão, a partir de agosto.
“É preciso que a gente analise toda documentação e que a gente possa chegar no início do segundo semestre, depois do recesso, com muita informação, com informações já triadas, qualificadas para dar mais foco e mais objetividade para a conclusão de um relatório que seja convincente e que seja substanciado em dados, em informações”, avaliou.
Além disso, o senador Rogério declarou que o gabinete do ódio, responsável por difundir fake news, era um apêndice do chamado gabinete paralelo e antivacinas, que orientou Bolsonaro na condução da pandemia.
“Ficou comprovado isso, que eles queriam que as pessoas se infectassem naturalmente para adquirir naturalmente a imunidade coletiva, o que deve ser feito por meio de campanha de vacinação em massa, e esse gabinete do ódio continuou operando. Os mesmos que operavam nas fake news continuaram operando a serviço do gabinete paralelo”, afirmou.
Da assessoria