Aracaju, 19 de abril de 2024
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Como  é feito o controle de qualidade do recebimento de imunobiológicos pela SES

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A Secretaria de Estado da Saúde realiza em Sergipe, todo o processo de recebimento e distribuição das vacinas contra o coronavírus, seguindo o Manual da Rede de Frio, que é um protocolo elaborado pelo Ministério da Saúde para garantir a qualidade do acondicionamento dos imunizantes.

Todo o fluxo é realizado em cadeia e tem como ponto de partida a Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológico (CEADI), localizada no centro administrativo da SES. Trata-se de uma base para o armazenamento de insumos termossensíveis, ou seja, aqueles que precisam ter controle de temperatura e os não-sensíveis como, por exemplo, seringas, estas ficam guardadas no almoxarifado. A CEADI possui câmara fria com temperaturas controladas que vão de +2 a +8 graus e de -20 a -15 graus celsius.

“Os imunobiológicos, devido à sensibilidade, precisam ter um acondicionamento diferenciado. Há uma rede de frio que é refrigerada e a temperatura do ambiente fica entre +16 a +18 graus celsius. Temos uma bancada para checar tudo o que chega, verificamos o volume, quantidade, lote, integridade das caixas, frascos… É necessário verificar se houve alguma intercorrência durante o transporte, afinal, as doses chegam em caixas térmicas, resfriados com bobinas de gelo reciclável que duram até 24 horas. E depois é feita a colocação na câmara fria para que haja a estabilização da temperatura, pois, há uma oscilação nas temperaturas das vacinas que chegam, algumas registram +2,5, outras +3 ou +4 graus celsius”, explica Ana Beatriz Lira, enfermeira do programa Estadual de Imunização.

Ana Lira ressalta que somente após todas essas etapas, o processo de separação para entrega aos municípios tem início. “Da central estadual a gente encaminha para os municípios e centrais regionais. Quando o estado é o responsável pela entrega, fazemos a separação nas câmaras frias, o acondicionamento em caixas térmicas e as remessas dos imunizantes são distribuídos em caminhões refrigerados que também possuem controle de temperatura entre +02 e +08 graus celsius, igual à nossa câmara.”

A enfermeira complementa ainda que os caminhões possuem dois compartimentos: o primeiro é não-refrigerado, onde são colocadas as seringas e o segundo compartimento possui o controle de temperatura recomendado para garantia da qualidade dos imunobiológicos.

No caso dos municípios que efetivam a retirada dos imunizantes na CEADI, Ana Lira destaca que existem especificações. “A gente só entrega a um técnico que saiba realizar a verificação, identificar o lote, a quantidade e monitorar o controle da temperatura durante o deslocamento. Eles trazem uma caixa térmica que tem um monitor de temperatura e essa caixa não pode ir na mala do carro, tem que ir dentro do veículo com vidros fechados, o ar-condicionado ligado para que não haja interferência de temperatura ou incidência da luz solar nas caixas”, ressalta.

A responsável pelo programa estadual de imunização afirma que o estado nunca recebeu lotes vencidos e que a distribuição ocorre priorizando as remessas com vencimento mais próximo. Ela garante que não dá tempo de armazenar a vacina que chega, devido ao ritmo da campanha em Sergipe. Segundo descreve, o envio é feito aos municípios no prazo de até 48 horas.

“E os municípios também só têm sete dias para aplicar as doses que recebem. No caso das vacinas D2, o prazo é estendido para alguns tipos de imunizantes como a AstraZeneca e Pfizer. A gente não recebeu nenhum lote da Pfizer para aplicação em segunda dose, mas os imunizantes da Fiocruz a gente armazena, tínhamos cerca de 240 mil doses no controle de temperatura e validade. Quando a gente encaminha para os municípios, alerta sobre os prazos de validade das vacinas D2. Esse é um padrão nosso para todas as vacinas, não somente Covid-19”, conclui Ana Lira.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Ascom/SES)

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