Aracaju, 14 de maio de 2024
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A análise é o que não se quer enxergar

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

A análise é a visão de quem a faz, assina e assume. É natural que não cheque unânime ao olhar agitado de quem a ler. A análise são detalhes – como peças de quebra-cabeça – que se encaixam dentro de uma visão ampla de quem ousa montá-lo. Parte dos enquadrados no pensamento sucinto de um cenário extenso, que envolve atos e ações que provocam o conteúdo de uma exposição que se resume em resultados previsíveis. Pode haver exageros, mas dentro de tudo que se extrai do que acontece nos fatos, revelam turbulência ou tranquilidade para futuro próximo. A análise vem geralmente do que está embutido em algum movimento que só os mais atentos percebem equívocos ou acertos.

A política sergipana está em burburinho no fundo dos bastidores. Ninguém desconhece isso. Mas, neste momento, na superfície, há um vazio preocupante. Diria até que mal estar com sinais de desistência. Preocupação e incerteza na decisão final, além de um sentimento da dificuldade de uma vitória nos flancos dos grupos e blocos. Uma total dúvida do que virá e o receio de não atingir objetivos que dependem de legislação, de indicações e aprovação de uma maioria ainda absorta com a situação de consequências improváveis. Avaliando bem, flutuam no ar dúvidas sobre decisões e incertezas de sucesso, e a insensatez de alguma posição definitiva que pode chegar ao caos no final do pleito eleitoral de 2022.

Percebe-se impetuosidades no avançar, mesmo não se tendo certeza do que virá, com a ganância ferindo mortalmente muitos que estão torcendo por um recuo sensato. E isso abrange todas as posições que podem ser tomadas, sem que antes se avalie a absoluta certeza de que o “arranque” é o mais certo, quando na realidade a impetuosidade pode ser terrível e fatal para uma recuperação plausível. As eleições que se aproximam podem chegar cheias de mistério pela incoerência, seja da sociedade ou de blocos, que não tem mais vínculos ideológicos, e sim na necessidade ambiciosa de cada um em sair vitorioso.

E é um momento de mudar, de refletir, de avaliar e rever quando se chega à vontade e necessidade de um eleitor decepcionado. Tem que se entender que os currais estão de porteiras abertas, mas o centro da exposição impõe normas que dificultam a passagem dos que se imaginam melhores na avaliação do que poder usar e fazer para vencer. Tem que se tentar chegar lá, mas dentro de um perfil mais voltados para as causas, que para os efeitos. Certamente, quem não seguir esse caminho pode se frustrar por não ter acompanhado as análises em torno deles.

Quadro em Lagarto

Lagarto mantém a divisão dos blocos políticos liderados pelo Ribeiro, pelos Reis e por Valmir Monteiro, que se mantêm em posições diferentes em relação à disputa ao Governo.

*** O deputado federal Gustinho Ribeiro (SD) vai à reeleição e tentará eleger a mãe, Áurea Ribeiro, à deputada estadual. Não há definição sobre candidato a governador.

*** O federal Fábio Reis (MDB) também vai à reeleição, terá Goreti ou Sérgio Reis a estadual e vota no nome que o bloco indicar a governador.

*** Valmir Monteiro trabalha para a reeleição do filho, Ibrahim Monteiro, e vota em Rogério Carvalho a governador.

Trabalho para segurar

O ex-deputado Marcio Macedo (PT) tem conversado com lideranças do partido que estão em dúvida se permanecem na legenda. Ainda não conseguiu convencer alguns, mas insiste no diálogo.

*** Quem também trabalha para segurar companheiros na sigla é o deputado Iran Barbosa (PT), que caiu em campo para acomodar a legenda.

Migra para Psol

Segundo um dos petista consultados, tem um grupo forte do PT que está migrando para o Psol, pelo posição do partido e pelos atos que a legenda vem adotando para levar ao Supremo o que considera imoral no atual momento.

*** O Psol trabalha para ter candidato a governador em Sergipe.

*** Um membro do Psol confirmou que muitos integrantes do PT e de outros partidos estão procurando a sigla para filiação e alertou: “até o final do ano estaremos muito fortes”.

JB vai de Lula

O ex-governador Jackson Barreto (MDB) está circulando muito por todo o Estado para consolidar sua candidatura a deputado federal. Pode deixar o partido…

*** Jackson Barreto vota no candidato sugerido pelo bloco liderado por Belivaldo Chagas (PSD), mas não abre mão de votar em Lula (PT) para presidente.

Lula repercute

Ainda repercute em Sergipe a entrevista que Lula concedeu à Jovem Pan, em que não marcou uma posição no Estado em relação às eleições de 2022.

*** Uma forte liderança do interior disse que Lula está preocupado em “limpar o seu nome para conquistar voto e não se mostrou entusiasmado em fortalecer o partido nem em Sergipe e nem na Bahia”.

*** – Lula quer voto para ele e não pensa em dividir grupos que o apoiam, disse.

Danielle visita Diná

A delegada Danielle Garcia (Podemos) esteve ontem no gabinete da deputada Diná Almeida (Podemos) para relatar porque assumiu o partido e pedir que ela permanecesse na sigla.

*** Danielle foi clara ao dizer que está no Podemos porque precisa “comandar e não ser comandada”, mas sabia que a deputada integrava o bloco liderado pelo governador Belivaldo Chagas.

Diná mantém posição

Diná Almeida vai permanecer no Podemos, mas se mantendo na base aliada ao Governo, porque não se conversou sobre opção diferente e ela quer disputar a reeleição.

*** Inclusive se for implantado o Distritão Diná permanecerá na sigla, sem alterar sua posição em termos de grupo.

*** A conversa foi naturalmente distinta e as definições serão adotadas futuramente em caso de novo alinhamento político.

Até chegar a Danielle

O secretário de Organização Nacional do Podemos, Adriano Stefani, veio a Sergipe há 60 dias e teve o primeiro encontro com o então presidente Zezinho Sobral.

*** Falou sobre a pretensão de reformulação e fortalecimento da legenda e anunciou que o Podemos lançaria candidato a presidente e pretendia eleger deputados federais nos Estados.

Com outros políticos

Adriano conversou com outros políticos de Sergipe, entre eles a vereadora Emília Corrêa (Patriota) e a convidou para “conhecer o partido.” Não passou disso.

*** Diz que depois recebeu indicação para procurar a delegada Danielle Garcia, vinda de Brasília. Deu certo: depois de várias conversas terminou ela sendo a presidente regional do Podemos em Sergipe.

Sem deputado da base

Adriano retorna a Brasília hoje, mas ontem, em conversa com amigos, disse que não iria aceitar que deputados do Podemos participem da base aliada do Governo, “porque hoje somos de oposição”.

*** E concluiu: “quem quiser ficar com o Governo que saia”, disse.

Heleno e o presente

O Heleno Silva (Republicano), pré-candidato a deputado oficial, foi recebido com gritos de apoio e parabéns em algumas cidades que visitou no sertão.

*** Um grupo prometeu: “nosso presente será colocado nas urnas”.

Um bom bate papo

Francis – Vivo reclamando do meu notebook, mas o coitado tem quase 6 anos e eu nunca formatei. Sim, eu sou patético.

Matheus Leitão – Mourão enquadra o capitão; “Quem vai proibir a eleição?”, quis saber o vice-presidente no meio desse dia tenso. E a pergunta tem endereço certo: Bolsonaro.

Roberto Ortega – Os cinco senadores adestrados que a capitã Cloroquina cita: povo desse país, favor não reeleger. Nunca esqueçam a atitude dissimulada e criminosa desses políticos.

IG Último Segundo – Mourão garante eleição mesmo sem voto impresso: “não somos república de bananas”.

Fred Navarro – Diante da direita quadrúpede e da esquerda protozoária, bom mesmo é ser radical do extremo centro.

Brasil 247 – João Guilherme, narrador da FOX, ignora presença de Bolsonaro no estádio e é elogiado nas redes.

O Globo – Até que a pandemia nos separe: número de divórcios em cartório bate recorde no Brasil.

Estadão – General Braga Netto faz ameaça e condiciona eleições de 2022 ao voto impresso; recado do ministro da Defesa foi dado a Arthur Lira, presidente da Câmara.

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