Aracaju, 25 de abril de 2024
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MPSE e Prefeitura discutem ações para combater pobreza menstrual nas escolas

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O Ministério Público de Sergipe participou de reunião com a Prefeitura de Aracaju para discutir sobre a ‘pobreza menstrual’ nas escolas municipais. O termo é usado para falta acesso a produtos para manter uma boa higiene no período da menstruação.

A Promotora de Justiça da 11ª Promotoria de Justiça dos Direitos do Cidadão, especializada nos Direitos da Mulher, Gicele Mara Cavalcante d’Avila Fontes, esteve com o Prefeito Edvaldo Nogueira e com as Secretárias Municipais da Saúde, Waneska Barboza, da Assistência Social, Simone Passos, e da Educação, Cecília Leite.

“A pobreza menstrual tem influenciado na evasão escolar ou suspensão da frequência, pois muitas meninas quando estão menstruadas deixam de ir à escola por não terem um item básico, que é o absorvente higiênico. A ideia é fornecer os absorventes higiênicos para as adolescentes de baixa renda. Como essa ideia demandará ações intersetoriais, a Secretaria de Educação fará um levantamento das meninas que estão nesta faixa etária e vamos nos reunir com as Secretarias da Saúde e Assistência Social para discutir o projeto e alinhar pontos”, destacou a Promotora de Justiça.

Segundo o Prefeito Edvaldo Nogueira, o objetivo principal é garantir às estudantes matriculadas nas escolas municipais o acesso ao absorvente, item indispensável no período menstrual. “Queremos que elas tenham um direito imprescindível, que é a dignidade. É muito triste que uma estudante tenha que deixar de ir à escola por não ter condições de comprar absorvente e, infelizmente, esta é uma realidade em nosso país. Por isso, realizaremos um projeto em conjunto com o Ministério Público de Sergipe para combater a pobreza menstrual nas escolas do nosso município. Tivemos essa primeira reunião, montamos um grupo de discussões e avançaremos nos próximos dias”, destacou.

O Prefeito de Aracaju ressaltou, ainda, que o projeto também contemplará ações educativas nas áreas da Saúde, Educação e Assistência Social. “O ciclo menstrual deveria ser compreendido por todos como um processo fisiológico natural. No entanto, por diversos fatores, a exemplo da falta de conhecimento, é encarado, por muitas pessoas, como um problema, um tabu. E são questões que precisam ser debatidas, que precisam ser enfrentadas, como estamos fazendo ao traçar essas estratégias”, salientou Edvaldo.

A Secretária Municipal da Educação, Cecília Leite, completou que “o projeto abrange muito mais que a dimensão material. Ele atinge a dimensão subjetiva dessa educanda, com uma base psicológica. É um projeto de assistência às estudantes que necessitam desse apoio para continuar frequentando a escola no período menstrual e não sofram bullying, não sejam discriminadas. Com isso, também garantiremos uma melhoria na aprendizagem porque elas continuarão firmes, sem evadir”, afirmou.

Com informações e foto da Prefeitura de Aracaju

Ministério Público de Sergipe

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