Aracaju, 19 de abril de 2024
Search

Saúde: Aracaju garante atendimento preferencial para pessoas com fibromialgia

7

Em Aracaju, pessoas com fibromialgia estão incluídas no grupo de usuários com direito a atendimentos preferenciais, assim como as gestantes, idosos, obesos, pessoas com crianças de colo e pessoas com deficiência. Com isso, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), garante prioridade em todos os equipamentos de saúde da Capital.

Essa garantia é amparada pelo Decreto Estadual nº 40.774/2021, que regulamenta a Lei nº 8.625/19 sobre a obrigatoriedade de atendimento prioritário aos portadores de fibromialgia, bem como institui a campanha anual de conscientização com a ‘Semana Estadual de Conscientização sobre a Fibromialgia’.

Para os efeitos da Lei, é considerada pessoa com fibromialgia aquela que, avaliada por médico, preencha os requisitos estipulados pela Sociedade Brasileira de Reumatologia ou órgão que a venha a substituir. Neste sentido e em cumprimento ao decreto, fica garantido: atendimento multidisciplinar preferencial.

De acordo com o Art. 3º do Decreto Estadual, para ter direito ao atendimento prioritário, o paciente deverá comprovar a sua condição de pessoas acometida de fibromialgia, o que pode ser feito através da apresentação de carteirinha, de laudo ou atestado médico com CID identificador da fibromialgia.

Atendimento em Aracaju

O coordenador médico da Rede de Atenção Primária (Reap), William Barcelos, explica que o usuário deve ir até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência, onde é atendido pelo clínico, que faz o exame físico e registra as queixas do paciente para compor todo o exame médico.

“Se houver uma suspeita de fibromialgia, o médico clínico encaminhará para o médico especialista em reumatologia, para a conclusão do diagnóstico. A partir da comprovação, o médico atesta a doença do paciente, e ele entra na questão do decreto que tem atendimento multidisciplinar preferencial.

Doença

A Fibromialgia é uma condição que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica, que dura mais que três meses, mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. Ela é acompanhada de sintomas típicos, como sono não reparador e cansaço. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão, e muitos pacientes queixam-se de alterações da concentração e de memória.

Ainda segundo o médico, sua causa ainda não está esclarecida, mas a principal hipótese é que pacientes com fibromialgia apresentam uma alteração da percepção da sensação de dor.

“Alguns pacientes com a doença desenvolvem a condição após um gatilho, como uma dor localizada mal tratada, um trauma físico ou uma doença grave. O sono alterado, os problemas de humor e a concentração parecem ser causados pela dor crônica, e não ao contrário. A fibromialgia não traz deformidades ou sequelas nas articulações e músculos, mas os pacientes apresentam uma má qualidade de vida”, enfatiza William.

Tratamentos

Dentre as modalidades de tratamento da fibromialgia o principal é o exercício, seja ele aeróbico, de alongamento ou de fortalecimento, principalmente os que mexem com o corpo todo e aceleram os batimentos cardíacos. Por enquanto, esse tem sido a melhor maneira de reverter a sensibilidade aumentada à dor.

Os exercícios devem ser realizados de três a cinco vezes por semana. Acupuntura, massagens relaxantes, infiltração de anestésicos nos pontos da dor também são terapias utilizadas. Além disso, é importante entender sobre a doença e em alguns casos terapia psicológica pode ser útil, principalmente para aprender a lidar com a dor crônica no dia a dia.

“As medicações são úteis para diminuir a dor, melhorar o sono e a disposição do paciente com fibromialgia, para permitir a prática de exercícios físicos. Portanto, quando enfatizamos os sintomas, os pacientes portadores apresentam dentro do conjunto de necessidades especiais, devido à debilidade física e emocional causada pela doença, o que confere a eles a necessidade de atendimento multidisciplinar preferencial, além da melhora no diagnóstico precoce, influenciado pelas campanhas educativas”, orienta.

Fonte e foto assessoria

 

Leia também