Aracaju, 26 de abril de 2024
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Maquiagem não é sinônimo de fragilidade masculina

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Professora do curso de Estética e Cosmética da Unit afirma que os homens buscam, cada vez mais, o autocuidado e a maquiagem não deve ser um tabu

A indústria da beleza tem ultrapassado fronteiras de gênero, cor e idade nos últimos anos. Mas, alguns tabus ainda precisam ser vencidos pela própria sociedade. Um deles é a maquiagem masculina, que ainda gera discussão e divide opinião. Assim, cabe fazer o seguinte questionamento: maquiagem tem gênero?

A professora do curso de Estética e Cosmética da Universidade Tiradentes, Shirlei dos Santos Campos pontua: “a maquiagem é para todos”. Diferente do que muitos pensam, a maquiagem em homens não é sinônimo de fragilidade masculina.

“A vaidade não é característica exclusiva das mulheres. Cada dia que passa, os homens se preocupam mais com cabelo, barba e também com a maquiagem, não sendo sinônimo de fragilidade e sim de autocuidado, um pouco de vaidade ou até estilo de vida”, ressalta a professora.

Conforme levantamento da Euromonitor, entre os anos de 2012 e 2017, as vendas de produtos de beleza para homens cresceram 70% no Brasil. Nos últimos tempos, a indústria da beleza tem investido na diversidade. Há pouco tempo, era comum os tons brancos dominarem as tonalidades de base. Hoje, é possível encontrar uma variedade de tons de pele.

“Hoje em dia existe uma grande diversidade de tons e texturas de base para atender as necessidades das pessoas, com tons e subtons, além de tipos diferentes de pele – oleosa, mista, seca, normal – e algumas bases também com proteção solar. A indústria da beleza deseja atender aos clientes dentro de suas particularidades e quer cada vez mais poder atingir os desejos dos seus clientes, sejam eles homens ou mulheres”, destaca a professora Shirlei.

Apesar do marketing da maquiagem ser voltado mais para o público feminino, não há produtos específicos para homens e para mulheres. A maquiagem é para todos. Na hora da escolha, alguns critérios devem ser levados em consideração, como o tipo de pele, já que a pele masculina tende a ser mais oleosa que a feminina. Dessa forma, não há produtos que são para homens e para mulher. O mesmo produto atende a ambos. O que muda é a finalidade da maquiagem.

“A diferença na maquiagem do dia a dia é que geralmente os homens não fazem uso de sombras, delineadores e batons, mas quando querem utilizar uma maquiagem mais elaborada utilizam mais elementos . Porém, a maioria dos homens usam mais produtos para uniformização da pele – base, corretivo e pó – que podem ser com ou sem fator de proteção solar”, expressa a professora.

“O cuidado não é uma mera vaidade. Mas, sim, uma necessidade de estar bem consigo, de trabalhar sua autoestima. Com a maquiagem não é diferente. Autoestima, vaidade, simetria.  A maquiagem é um leque de possibilidades para o ser humano. E ela não tem gênero”, finaliza a docente.

Assessoria de Imprensa

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