Aracaju, 29 de março de 2024

Expectativa de se retornar à ordem

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Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

Não causou surpresa tudo que aconteceu no 7 de Setembro programado pelo presidente Jair Bolsonaro. Estava previsto no dia a dia dos atos e ações presidenciais, para expor toda a sua insensatez a um Brasil que se mostra sem rumo definido. Desde que o atual presidente assumiu, sem nenhum projeto para o País, previa-se a instabilidade política, que afeta a economia, principalmente nos investimentos, porque dentro de um cenário montado por seus discursos negativistas, ninguém confia em aplicar no Brasil e proporcionar segurança ao seu povo.

O dia seguinte – ontem – apenas se deu repercussão ao discurso de ódio que acontece quase que diariamente. Provavelmente isso segura apaixonados, que acreditam em uma agenda administrativa que jamais foi posta em atividade. O 7 de Setembro foi apenas mais um dia, em que o Bolsonaro expôs toda sua ira às instituições, principalmente o Supremo Tribunal Federal (STF), mais precisamente ao ministro Alexandro de Moraes. O Brasil vive um momento de muita tensão, sem que se imagine o rumo a tomar, em razão da dificuldade de entendimento em favor do direito e da democracia.

Numa visão menos apaixonada, as dificuldades para se colocar as coisas nos eixos ficam mais nos extremos. O povo demonstra cansaço com radicalismos de um lado e outro, e combate tanto o discurso exagerado da direita, como também combate a mesma posição adotada por extremistas de esquerda, com o objetivo de trocar Bolsonaro pelo ex-presidente Lula da Silva (PT). O que se deixa ver, como solução para o País, é a exaltação a uma terceira via, que revele um comportamento de tranquilidade, com o objetivo de colocar o Brasil a cominho da harmonia e desenvolvimento.

A grande solução para essa crise de absoluta anarquia, sem qualquer entendimento e com total indiferença aos anseios da sociedade, não será trocar Bolsonaro por Lula. O momento exige consenso e, nesse caso, o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), está numa crescente junto às forças que realmente desejam um País forte, administrado com seriedade e responsabilidade, sem os rancores exibidos por segmentos radicais. Não há mais espaço para aventuras ideológicas e nem para insanos, mas para a coerência no entendimento da grave situação em que se encontra o Brasil.

Claro que o presidente Bolsonaro exagerou na dose e criou um tumulto que pode até chegar a consequências mais graves, como um golpe militar ou o impeachment. Alem disso, parte do seu eleitorado não concorda com suas atitudes, assim como o povo não sente que o retorno de Lula seja a solução para sanar todos os problemas, porque o radicalismo de esquerda é um tomar de posição contrária, que já começa a desacreditar até na seriedade da CPI da Covid. As reuniões que aconteceram ontem, os movimentos e todos os discursos ampliam o ceticismo de uma população naufragada no ódio, de um lado, e no mar de esperanças que não se vislumbra.

A tendência para uma terceira via cresce e pode se tornar a salvação da pátria, com um nome que esteja mais para reformular os projetos que afundaram o Brasil – inflação alta, desemprego, fome, mortes e medo – e fazer com que tenha a expectativa de um retorno à segurança e instabilidade, que dão sustentação a um regime democrático de um Governo para todos.

Ainda em Brasília

Muitos dos manifestantes que foram a Brasília para o 7 de Setembro continuam lá em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

*** Entre eles vários sergipanos preenchem avenidas e restaurantes de Brasília, ainda no movimento em favor do presidente Bolsonaro.

*** O empresário João Tarantella é um dos bolsonaristas sergipanos que se encontrava em Brasília até ontem.

Sobre escolha do nome

Um dos pré-candidatos a governador pela base aliada disse ontem que, em razão da situação política nacional, o governador Belivaldo Chagas pode botar mais para frente o nome de quem vai disputar a sucessão estadual em 2022.

*** Justificou dizendo que muita coisa ainda pode acontecer e o governador esperar mais um pouco para o anúncio.

*** Antecipou que “Belivaldo não lhe disse nada”.

Sem querer perder votos

Prováveis candidatos majoritários estão evitando emitir opinião sobre a situação do País, mesmo que sejam contra e tenham visão de centro esquerda. Não falam sobre a manifestação do dia 7 de Setembro.

*** É que sabem que têm, entre lideranças que o apoiam no Estado, bolsonaristas convictos e não querem perder seus votos.

Perguntas de Samuel

O deputado estadual Capitão Samuel pergunta: “em qual mundo a grande mídia do Brasil está”? O STF vai continuar quebrando a corda até quando?”“

*** E mais: “será que o Brasil tem opção fora da ditadura do judiciário e manutenção do sistema que destrói a vida do nosso povo”?

*** E conclui: “chegamos a uma encruzilhada”.

Podemos não adere

O Podemos, presidido em Sergipe pela delegada Daniele Garcia, decidiu não aderir ao movimento de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

*** O partido entende que a abertura de uma nova crise política, em meio à pandemia do coronavírus, desemprego e crise econômica, só agravaria o sofrimento das camadas mais vulneráveis, que já vivem em situação de extrema dificuldade.

*** Essa posição do Podemos inclui um projeto de terceira via para o País, em que o partido tem seus próprios nomes para a disputa presidencial de 2022.

Absoluta clareza

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) diz que o ministro Fux, presidente do STF, coloca com “absoluta clareza: as ameaças contra autoridades e a incitação à desobediência a ordens judiciais representam crime de responsabilidade”.

*** Para Alessandro, “a omissão de Lira, senhor de bilhões do Orçamento Secreto, ofende o estado democrático de direito”.

Fugiu do roteiro

O deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) considerou o 7 de Setembro, “um dia importante da nossa história.  Parte da população foi às ruas e se expressou de forma ordeira e democrática”.

*** – Mas o que fugiu do roteiro e preocupou a todos foi o conteúdo das falas do presidente Bolsonaro que, por vezes, flertou com um golpe institucional, agrediu o STF e inflamou seus seguidores, disse.

*** Para Mitidieri, “isso não combina com o estado democrático de direito”.

PDT e Executiva

Segundo o presidente do PDT em Sergipe, Fábio Henrique, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, disse que vai reunir a executiva para uma posição: “precisamos ver os fundamentos etc…”
*** Fábio Henrique lembrou que não adianta discutir impeachment, sem saber se o presidente da Câmara, Arthur Lira, vai aceitar. Afinal já são mais de 130 pedidos .

Caminhões na Esplanada

O senador Rogério Carvalho (PT) diz que como resultado da escalada irresponsável e golpista de Bolsonaro, mais de 100 caminhões ainda estão na esplanada e pressionam pela derrubada do bloqueio que dá acesso ao STF e ao Congresso.

*** – O crime de responsabilidade do presidente já está dado, conclui.

Diferenças à mesa

A vereadora Tita (Republicanos), do município de Glória, junto com um grupo de aliados, esteve em Brasília no 7 de Setembro e ontem almoçou com o ex-deputado Jony Marcos.

*** No mesmo restaurante havia um líder político de Sergipe que, em sua cidade, na região centro sul, vota em candidato da esquerda nas eleições do Estado.

Rogério no Sertão

Quando se reuniu com 10 prefeitos do alto sertão, em Canindé do São Francisco, o senador Rogério Carvalho (PT) não tratou sobre sua candidatura ao Governo, segundo um dos participantes do encontro.

*** Falou sobre a construção de barragens comunitárias, porque não considera fácil levar água às comunidades em caminhão pipa.

Alimentar a família

Clóvis Silveira (Avante) diz que “o brasileiro cada dia mais se lascando, enquanto o monstro permanece sentado, debochando e calculando o próximo golpe”.
*** – Sempre ouvi que a justiça era cega, mas não tapada. Minha bandeira sempre será o povo humilde, que precisa comer e alimentar sua família.

Passar pelo PIX

Nos shoppings de Aracaju há muita gente vendendo balas para adquirir algum dinheiro. Com o aumento da pobreza e a fome, a presença desses vendedores aumentou muito.

*** Apesar de ser triste, tem uma parte curiosa: a quem não tem dinheiro trocado para comprar os produtos, eles surpreendem: “Se o senhor (a) quiser pode passar pelo PIX”.

Um bom bate papo

Guilherme Boulos – O golpe é financiado e orquestrado: caminhões de transportadoras e produtores de soja engrossaram o 7 de setembro de Bolsonaro.

Francisco Castro – O ministro Luiz Fux diz que Bolsonaro comete crime de responsabilidade se desobedecer a decisões e deixa um aviso para ele.

De Maria – Bolsonaro vai destruir o país pra não ser preso. As instituições têm que cumprir seu papel.

Francisco Castro – Presidente da Câmara, Arthur Lira, fecha os olhos aos novos crimes de Bolsonaro e decide ignorar clamor por impeachment.

Tucanos na oposição – PSDB anuncia oposição ao governo Bolsonaro e diz que vai iniciar “discussão sobre a prática de crimes de responsabilidade” pelo chefe do Executivo.

Gustavo – Nossa quem poderia imaginar que falas golpistas iriam foder mais a economia , não é?

Marcos Aurélio – O Supremo está sendo utilizado por partidos da oposição para fustigar o Governo. Isso não é sadio. Não sei qual será o limite.

Já chega – Bolsonaro tem provado que não é capaz de ocupar o cargo. O brasileiro não aguenta mais. Já chega!

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