Aracaju, 19 de abril de 2024
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Cenário da sucessão está sendo montado

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

O governador Belivaldo Chagas (PSD) não vai mais discutir candidatura a governador da base aliada na segunda quinzena deste mês, que já se inicia amanhã. Isso não quer dizer que as conversas internas não comecem a se aprofundar já a partir de agora. O encontro principal, que sinalizará para a escolha do nome que terá apoio da aliança para a sucessão, vai acontecer nos primeiros quinze dias de outubro. Será em local amplo e que reúna lideranças de todos os partidos que integram o bloco, quando serão discutidas as candidaturas propostas, qual o nome de preferência da maioria e, só mais à frente, é que será anunciado pelo governador Belivaldo Chagas.

O nome do provável vice ainda é segredo e não será conhecido agora, mas no próximo ano. O deputado estadual Luciano Bispo (MDB), atual presidente da Assembleia, é bem citado, mas, como sempre ocorre, a escolha do vice sempre é feita para atender acomodações políticas que fortaleçam o cabeça de chapa. Luciano é um dos melhores nomes, mas conhece bem o jogo e fica na expectativa, sem criar problemas que dificulte a unidade de sua base. Os candidatos a governador permanecem os mesmos: Fábio Mitidieri (PSD), Edvaldo Nogueira (PDT), Laércio Oliveira (PP) e Ulices Andrade. No momento está tudo em paz e a perspectiva é que continue assim até o final, embora cada um mexa-se em uma campanha ainda primária.

O senador Rogério Carvalho (PT) insiste que se mantém no bloco e põe o seu nome à disposição. Será candidato sim, mas indicado pelo Partido dos Trabalhadores, que não abre mão de se fazer presente à disputa majoritária em 2022 pelo Governo. E isso faz parte do jogo. O PT integrou fortemente a base aliada, até a divisão em 2020, com a candidatura de Márcio Macedo à Prefeitura, contra a reeleição de Edvaldo Nogueira, que teve apoio do governador Belivaldo Chagas e dos demais partidos que o acompanham desde 2018. A partir dali o PT não deixou o Governo, era aliado, mas ficou fora de uma composição com as demais legendas que apoiaram Edvaldo e continuam no mesmo lugar de sempre.

Rogério será candidato pela força do seu partido, não por indicação da aliança que mantém apoio político ao Governo. Não há mais chance disso acontecer. Rogério vai aguardar para ver como fica. A base aliada, liderada por Belivaldo Chagas, também não se refere a qualquer tipo de divisão, mas é visível que não existe clima e o próprio senador iniciou o seu trabalho que revela decisão de disputar o Governo, com apoio do seu partido e de mais dois ou três que manterão a posição de oposição. A tática é um e outro não mostrar quem foi o primeiro a romper. No fundo percebe-se um jogo de “boas maneiras”, que não chegará a um final com cumprimentos dos derrotados.

Quanto à oposição formada por partidos do centro direita e da direta radical, a impressão é que há um desconforto em relação às candidaturas, porque de nenhuma forma elas não se unem. O grupo ligado ao bolsonarismo deve ter um nome que virá de cima para baixo, mas que ainda não sinaliza. Para falar a verdade, se trata de um bloco com muita dificuldade de entendimento. Já o centro direita complica em relação a um nome para disputar o Governo, com o senador Alessandro Vieira (Cidadania), pré-candidato a presidente da República, lançado pelo partido.

Desses grupos, certamente sairão dois nomes para disputarem à sucessão estadual e um em confronto a outro.

Papo & política

O almoço reservado na fazenda Cajueiro, em Dores, que reuniu Luis e Fábio Mitidieri,

Ulices e Jefferson Andrade, Reinaldo e André Moura e o governador Belivaldo Chagas, teve realmente muitas reminiscências dos tempos dos pais na Assembleia.

*** Mas na sobremesa, ao cafezinho final, o assunto foi política, terminando com perspectivas para as eleições majoritárias de 2022.

Vai iniciar a escolha

Belivaldo Chagas disse que vai iniciar as conversas sobre a sucessão com o as lideranças do bloco na primeira semana de outubro, em local a ser definido.

*** O anuncio do indicado será mais à frente – no máximo – na primeira semana de novembro e será aquele que for o melhor avaliado pela base aliada.

*** Já o candidato à vice só será anunciado no próximo ano. O deputado Luciano Bispo é um bom nome para a formação da chapa.

Fábio e Ulices

Ulices Andrade e Fábio Mitidieri (PSD) estão muito afinados e, sem se expor, Ulices é um nome para disputar o Governo e não falou sobre indicação do candidato para março.

*** Ambos marcam território para um ou para outros. Ulices Acha que o nome deve sair do PSD. Quanto à candidatura ao Senado, André Moura está decidido.

Rogério no bloco

O senador Rogério Carvalho disse que o PT e ele têm compromisso como Sergipe e está à disposição para uma disputa eleitoral. (NC) – que só pode ser a de governador.

*** Acha que não está no bloco do governador, “porque parece que ele já tenha feito os caminhos e deu todos os sinais por onde vai seguir”.

*** Mas, em seguida, o senador, entretanto, negou que esteja afastado do bloco governista e fez questão de lembrar articulação para empréstimo de R$ 200 milhões para recuperação de rodovias.

Belivaldo ocupado

Perguntado sobre o que dissera o senador Rogério Carvalho (PT), o governador Belivaldo Chagas (PSD) respondeu que está muito ocupado para tratar de assunto político nesse momento.

*** – Estou preocupado é em administrar o Estado e levar adiante um projeto forte e voltado para a população. Estou preocupado é em cuidar do povo para evitar mortes pela Covid. É para isso que estou governador, disse.

O 17 será abandonado

Informa Guilherme Amado: Em discussão os últimos detalhes da estrutura do partido que nascerá com a fusão de DEM e PSL.

*** Falta definir o nome da futura sigla.

*** O certo é que o número 17, do PSL, será abandonado para dissociar por completo o projeto da eleição de Jair Bolsonaro em 2018.

Bivar presidente

A cerimônia para anunciar o acordo foi pré-agendada para o dia 21 de setembro. O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, deve ficar com a chefia da nova sigla.

*** Já o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que preside o DEM, será secretário-geral da legenda.

Problema das finanças

O presidente do DEM em Sergipe, José Carlos Machado, é favorável a uma fusão do DEM com PSL, mas admite que haja necessidade de muita conversa e entendimento.

*** Segundo Machado, os obstáculos começam exatamente na decisão de quem vai gerir as finanças do novo partido e administrar o Fundo Eleitoral e o Fundo Político.

*** Geralmente é nessa questão que surgem os problemas, porque a eles interessam ao comando de cada partido que se funde.

Para ser diferente

A delegada Daniele diz que tem tranquilidade para disputar qualquer cargo, “mas essa decisão não é para agora. Ainda estamos em construção de partido, montagem de time… Essa ansiedade é típica dos políticos profissionais, que não é o meu caso”.

*** Daniele diz “que não precisa de foro privilegiado, a política não paga as minhas contas, tenho uma profissão definida e que amo”!

*** – A política para mim só faz sentido se eu tiver a oportunidade de ser diferente desses políticos que temos hoje no Estado, de fazer o bem e de fazer o certo, conclui.

Valdevan e Teixeira

Valdevan Noventa (PL) circulou este final de semana pelo sertão. Almoçou com prefeitos e lideranças do sertão, na fazenda do prefeito de Dores, Dr. Mário.

*** Depois foi a Porto da Folha e esteve com o prefeito Miguel de Dr. Mario e concedeu entrevista na Rede Rio sobre sua candidatura.

*** Lá provocou uma surpresa ao anunciar o empresário Teixeira Caminhões, dono da rádio que o entrevistava, como seu suplente na disputa pelo Senado.

Emília nas eleições

A vereadora Emília Correa (Patriota), apesar do potencial eleitoral, está com dificuldade de disputar mandatos para deputado estadual ou federal.

*** Caso permaneça a legislação eleitoral de 2020, dificilmente terá êxito em uma nova candidatura, em razão de dificuldade para o índice eleitoral.

*** A informação é que Emília terá conversa com o presidente nacional do Patriota, para tratar sobre a formação de uma chapa parlamentar.

Um bom bate papo

TV Cultura – No Roda Viva de ontem, Carlos Ayres Britto comentou sobre a presença de militares no governo federal.

Daniel Souza – Nunes Marques, o próprio, tira da pauta julgamento sobre foro de Flávio Bolsonaro. Interessante.

Urânia Freitas – Os capitalistas que visam só lucro, parecem não colocar no horizonte a finitude da Terra.

Revista Fórum – Projeto de criação de uma “polícia política” subordinada a Bolsonaro tramita na Câmara.

Roberto Ponciano – Jean Wyllys estava certo ao dizer que tem gente no PSOL com problemas edipianos com o PT.

Marco Villa – Funcionários fantasmas de Carlos Bolsonaro tinham como endereço a casa de Jair Bolsonaro.

SBT News – Zé Trovão, acusado de incitar atos violentos e antidemocráticos no Brasil, está foragido há quase duas semanas.

Subtenente Edgard – Quando não tem argumento fala besteira, Rui Costa, bandido não compra arma legal, deixe de ser idiota.

Roberto Freire – O clã Bolsonaro que se cuide. Rachadinha é crime e gera inelegibilidade. Rachadinha é ‘ostensiva’ corrupção, diz Moraes ao condenar ex-vereadora.

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