Diógenes Brayner – diogenesbrayner@gmail.com
A cada dia é uma agonia. O modelo eleitoral para o pleito de 2022 tem novidades todos os momentos, que causam preocupações a prováveis candidatos à Câmara e Assembleias, dentro de um formato que seja igual para todos. Até agora o fim das coligações mexe com todas as estruturas partidárias, pela dificuldade imposta para cada partido eleger o primeiro. O quociente é de 140 mil votos por partido para federal e só é eleito por ajuda das sobras, quem conseguir 80% desse total. Nos grandes Estados, isso não é tão impossível, mas nos pequenos, com representação de oito parlamentares, para chegar lá a vaca tem que tossir.
Ontem à noite um novo fato: O Congresso derrubou o veto do presidente Bolsonaro ao projeto de lei que cria as federações partidárias. Os pequenos partidos voltam a vibrar, porque se elas forem promulgadas já poderão valer para as eleições de 2022. Como se monta uma federação? Com a fusão natural de partidos. É a melhor maneira de se enxugar o quadro partidário pelo aspecto positivo, porque há estímulo que incentiva as convergências programática e política soberana de cada organização partidária. Só fará a federação quem decidir nas suas instâncias.
Tem um detalhe que cria vínculos políticos importantes e definitivos para cada mandato: quem integra a federação provavelmente não sai mais. Isso é extremamente importante, porque evita que os inconformados, com o passar do tempo, não possam trocar de federação por qualquer problema ou interesse.
Com validade já prevista para as eleições de 2022, as federações se submetem às mesmas regras impostas a partidos, com programa, estatuto e direção comuns. Diferente das extintas coligações eleitorais, as federações continuam funcionando após as eleições como um só bloco. Agora, com o retorno da formação dessas federações, não se terá problema com o quociente eleitoral e nem com a dificuldade de participação dos partidos pequenos – que deixarão de existir – porque a possibilidade de eleição tem o mesmo tom de quando havia as coligações. Como uma das soluções para a atual legislação é a fusão de partidos, para fortalecer as chapas, as conversas vão girar em torno de um bloco mais coeso, com identidade ideológica e pensamento unânime de um modelo político-administrativo para o Brasil.
Bom, a partir de hoje começa um novo momento para encontros em busca da formação de uma federação que mantenha a mesma cor e caráter sempre.
Muita ansiedade
Membros da base aliada estão comentando o clima aparentemente tenso que passa todos os integrantes. Um deles acha que está “havendo muita ansiedade para a escolha, principalmente do deputado federal Fábio Mitidieri”.
*** Acrescentou que “ele demonstra muita ansiedade para disputar o Governo, mas é preciso calma, tranquilidade e maturidade”.
Prega a unidade
Segundo a mesma fonte, não há risco do prefeito Edvaldo Nogueira romper com a base aliada caso seja escolhido outro candidato, acrescentando que ele “sempre pregou a unidade dentro do grupo”.
*** Acha que é ruim para todo mundo e diz que “Edvaldo Nogueira não está com a mãe na forca. Sua candidatura vem de fora para dentro”, avaliou.
Daniele e Senado
O Podemos estadual agora quer que a delegada Daniele Garcia seja candidata ao Senado Federal. Por Sergipe está definido, resta saber o que diz a direção nacional.
*** A princípio o Podemos gostaria que Daniele disputasse vaga na Câmara Federal, mas com a dificuldade imposta pela legislação é provável que vá mesmo para o Senado.
*** A decisão só sairá em novembro depois de encontro da Direção Nacional, embora já tenha concordância de Brasília.
Formação de chapa
O deputado Capitão Samuel disse, ontem, que os pré-candidatos à Federal trabalham intensamente para formar uma chapa com oito homens e quatro mulheres, dentro da legislação recentemente aprovada.
*** – São oito homens na média de 30 mil votos para fazer dois deputados, talvez três, além das quatro mulheres, disse. Samuel acha o Republicanos um partido forte para abrigar todo mundo.
Vai a Brasília
Capitão Samuel vai a Brasília na próxima semana para conversar com os presidentes do Republicanos, e junto com o deputado Rodrigo Valadares, ter encontro com o presidente do PTB.
Samuel acredita que vai conversar também com o presidente nacional do PSL, a depender de reunião com André Moura, para resolver as coisas em Brasília, em relação aos candidatos a federal e “ver se o grupo que nós montamos elege três parlamentares”.
Grandes surpresas
O bloco, segundo Samuel, vai exigir da nacional que dê igualdade de condições a todos os candidatos – quatro mulheres e oito homens – para que realmente possamos eleger três.
*** – Quanto às mulheres, “nós teremos boas surpresas na política sergipana, em relação aos nomes que vêm compor o grupo dos trinta, teremos grandes surpresas”, disse Samuel.
Fábio sobre encontro
O deputado federal Fábio Henrique (PDT) recusou a informação que estivera na solenidade do Lar Evangélico, em razão de entendimento com Rogério Carvalho.
*** Disse que compareceu porque foi autor da emenda que entregou o micro-ônibus ao Lar Evangélico, “assim como foram outros parlamentares”.
*** – Não havia necessidade para criar esse problema, disse o parlamentar.
Sobre as conversas
Presidente regional do PDT, o deputado Fábio Henrique disse que partido está fechado com Ciro Gomes para presidente, mas não há conversas sobre a disputa ao Governo, com Edvaldo Nogueira expondo pré-candidatura.
*** Diz que o partido terá que se juntar por questão de sobrevivência e formar chapa para eleger parlamentares: “não se pode pensar diferente”.
Um pouco de pressão
A nota de esclarecimento emitida pelo Pastor Virgílio, desmentindo apoio a Rogério Carvalho para o Governo, teve um pouco de pressão dos seus aliados, inclusive de membros do DEM, que estranharam o seu posicionamento.
*** Quanto ao senador Rogério Carvalho, ele foi convidado e compareceu, assim como todos os demais parlamentares e pastores.
*** Rogério passou o final de semana em campanha por cidades do interior, com aliados e conquistando eleitores. Inclusive dançou forró arretado em uma dessa visitas.
Tem um detalhe
Mas tem um detalhe que ficou na dúvida: nos bastidores, a informação que corre é a de que o pastor Virgílio (DEM) tem simpatia pela candidatura de Rogério Carvalho (PT) e deve apoiá-lo.
*** Segundo ainda fontes ligadas ao pastor, ele pode até trocar de partido para ficar mais à vontade e votar com Rogério.
Emília a Federal
A vereadora Emília Corrêa (Patriota) será candidata à deputada federal. Isso está decidido, embora circule informações extra partido de que ela iria a estadual.
*** Houve até quem sugerisse que Emília disputasse o Senado, mas o partido vê mais condições em Emília eleger-se para a Câmara.
Um atraso absurdo
O senador Alessandro Vieira (Cidadania) diz que os 1000 dias de Bolsonaro representam um atraso absurdo em todas as áreas, mas uma em particular exige atenção: *** – Quem se elegeu para “mudar tudo isso aí” se juntou ao PT e ao Centrão para acabar com a Lavajato e atrasar todo o trabalho de combate à corrupção.
Chegam às federações
Essa é do deputado Capitão Samuel, sempre alerta: “O Congresso Nacional é uma vergonha ,ontem tínhamos uma regra para eleição de 2022, agora à noite muda tudo voltou”.
*** As coligações retornam com outro nome: Federação e a manutenção de dezenas de partidos nanicos. O eleitor precisa dar a resposta em 2022.
Derruba veto
O advogado Cézzar Britto informou ontem que o Congresso derrota a insensibilidade do governo plantonista e derruba o veto ao projeto de lei que impedia o despejo durante a pandemia.
*** – Prevaleceu a Constituição, o direito fundamental à moradia e à dignidade da pessoa humana. Outros vetos virão e serão igualmente derrubados… É luta que segue…
Um giro pelas redes
Metrópoles – Sobre a Inflação: “Nada é tão ruim que não possa piorar”, diz Jair Bolsonaro sobre alta no preço da gasolina e na cotação do dólar.
Radar – Aliados do ex-ministro Sergio Moro se animam com pesquisas e apostam em candidatura a presidente.
Renan Calheiros – Quando aceitei a relatoria da CPI, tracei a rota de trabalho e medi ameaças a enfrentar. Isso já era esperado. Sinal de que estamos chegando.
Band Jornalismo – É enganosa a conexão entre distribuição de ivermectina e controle da pandemia em estado da Índia.
Radar – Depois de o PT quebrar os Correios, Dirceu critica privatização da estatal e destaca futuro de lucros bilionários da companhia.
Revista Fórum – Com Covid, esposa de Eduardo Bolsonaro revela que está se tratando com hidroxicloroquina.
Metrópoles – Ministro da Economia criticou quem faz previsões para 2022. “Ano que vem é outro ano e eles vão errar de novo”.
Noblat – Emocionante! Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, chora ao vivo na cerimônia dos mil dias de Bolsonaro. Está em casa com Covid.