Aracaju, 26 de abril de 2024
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Raiva humana pode ser contraída por mordidas e arranhões de animais

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Cuidar de um animal de estimação exige muito mais do que alimentar e dar carinho. Negligenciar a saúde desse animal pode trazer sérias consequências, inclusive para seu tutor. Como é o caso da raiva humana, uma doença infecciosa aguda, responsável por cerca de 60 mil mortes por ano em todo o mundo.

Presente em cerca de 150 países, a raiva humana, na grande maioria dos casos, é transmitida por cachorros que não foram vacinados. “Raiva humana é uma doença infecciosa viral transmitida por cães e gatos que não foram vacinados e que estejam infectados por esse vírus. Através da sua mordedura, da saliva e da arranhadura, pelas suas unhas transmitem essa doença aos humanos”, explica a infectologista cooperada Unimed Sergipe, Mariela Cometki

A infectologista conta que os animais infectados podem manifestar sintomas a partir de três a cinco dias após a infecção com o vírus. Por este motivo, se uma pessoa for arranhada ou mordida por um animal desconhecido, deve ficar atenta.

“Caso a pessoa seja arranhada ou mordida por um animal que ela não sabe o status vacinal, se recebeu ou não a vacina da raiva, é  preciso comunicar isso às autoridades sanitárias e é preciso fazer o acompanhamento deste paciente que foi atingido.  Se puder, também observar no animal se ele manifesta algum sintoma, pois de cinco a sete dias depois dos primeiros sintomas, esse animal morre. A raiva é uma doença extremamente letal, tanto para os animais infectados, quanto para os humanos expostos a esse vírus. Se não for tratada adequadamente, a raiva mata”, explana a infectologista.

Nos humanos, os sintomas gerais são febre, perda de apetite e também alterações neurológicas, pois o vírus tem afinidade com células do sistema  nervoso central, causando irritabilidade, podendo dar alterações abruptas de humor, crises convulsivas ou até mesmo perda de sensibilidade próximo ao local da mordida ou arranhadura.

“Se você teve uma mordedura ou arranhadura por algum cão ou gato desconhecido, deve procurar um serviço de saúde.  Nesse serviço, será feito um apanhado geral do caso,análise do local, profundidade e será feito o tratamento local, com lavagem, limpeza da lesão e será avaliado qual será o possível  tratamento, que pode ser através de vacina antirrábica ou através  do soro antirrábico. Essa é uma decisão que é tomada após a avaliação médica”, pontua Mariela.

Para evitar o contágio com a raiva, é preciso estar atento à saúde do animal de estimação. “Raiva tem tratamento e quanto antes começar, melhor. Outra dica muito importante  é que se você tem animais domésticos, como cão e gato, a carteira  de vacinação precisa estar em dia. As vacinas são gratuitas e o tutor deve estar atento ao calendário vacinal, não deixando de vaciná-los com a frequência necessária”, completa a infectologista.

Assessoria de Imprensa

AGÔ – Comunicação Estratégica

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