Aracaju, 26 de abril de 2024
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Alfabetizar pra Valer: Seduc inicia formação continuada para professores do 3º ano do ensino fundamental

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Com a inclusão das turmas de 3º anos do ensino fundamental no escopo do Programa Alfabetizar pra Valer (PAPV), de forma excepcional, a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) iniciou nesta sexta-feira, 22, o ciclo de Formação Continuada para os professores que atuam nessa etapa de ensino, cuja abertura contou com a palestra “Alfabetização e Letramento: possibilidades para superar os desafios”, mediada pela consultora Vanessa Martins. O encontro foi transmitido pelo canal do YouTube Educação Sergipe.

Antes de iniciar a formação, a diretora da Assessoria de Colaboração e Assistência aos Municípios da Seduc (Ascam), professora Andréa Dantas, falou sobre o objetivo da alteração no programa, cujo projeto de Lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe. “Vale destacar que o Alfabetizar pra Valer é um programa permanente e executado em regime de colaboração com os municípios, ou seja, é uma política de Estado, instituída pela Lei nº 8.597/2019, com foco na alfabetização dos estudantes da Educação Infantil e do 1º e 2º anos do ensino fundamental. Este ano tivemos a alteração no atendimento do programa com a inclusão das turmas de 3º ano, por meio da Lei nº 8.872/2021, que busca mitigar os efeitos adversos da pandemia da covid-19 sobre o processo de alfabetização das crianças sergipanas”.

“A adoção da modalidade de ensino remoto gerou impactos consideráveis na aprendizagem dos nossos estudantes, especialmente nas crianças que estão no processo de alfabetização. Com a pandemia, grande parte desse público matriculado nas turmas de segundo ano, em 2020/2021, não foi plena e adequadamente alfabetizada na idade certa. Portanto, nós acreditamos que temos as ações do programa como uma importante estratégia para apoiar os municípios e a rede estadual nos efeitos adversos da pandemia, com distribuição de material complementar, formação dos professores e materialização dos nossos esforços”, declarou Andréa Dantas.

Para a professora Quitéria Barros, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, seccional Sergipe (Undime/SE) e secretária de Educação de São Cristóvão, a inclusão das turmas de 3° ano foi uma medida assertiva, visto que a ação configura-se como uma importante estratégia para impedir que as perdas ocasionadas pela pandemia acompanhem a criança nas próximas etapas de ensino. Ela ainda reforçou a articulação entre dirigente e professor. “É preciso manter esse diálogo direto com o professor, na perspectiva de apoiar e não de fiscalizar. A cobrança tem que acontecer na proposta de apoio e acolhimento, sempre de uma forma muito respeitosa”, disse ela, socializando as experiências do seu município.

Representando a Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (Parc) da Associação Bem Comum, que apoia Sergipe na implementação do Alfabetizar pra Valer, a professora Vânny Rodrigues também falou sobre a articulação com os professores, a fim de que estratégias como a do PAPV sejam consolidadas. “O professor precisa de apoio porque são eles que estão nesse desafio diário e importante de alfabetizar seus alunos na idade certa nesse momento tão desafiador que está sendo a pandemia. Nosso objetivo é que aconteça de forma dialogada e coletiva, escutando os professores, que muitas vezes têm as soluções para as dificuldades encontradas no processo educacional, porque eles vivem a rotina da sala de aula, ou seja, do chão da escola”.

Quem também participou da abertura da formação foi a professora Ana Lúcia Lima, diretora do Departamento de Educação (DED), setor que coordena o Programa Alfabetizar pra Valer junto às escolas estaduais. Segundo ela, ao todo, serão atendidos mais de 4 mil estudantes dos terceiros anos do ensino fundamental da rede estadual. Na sua fala, a gestora destacou a priorização do currículo na retomada das aulas presenciais, como foco na recuperação das aprendizagens e melhoria nos níveis de proficiência. Outro ponto tratado por ela foi o Sistema de Avaliação da Educação Básica de Sergipe (Saese). “É uma avaliação que vai nos mostrar como nossos alunos estão. Vai possibilitar um diagnóstico das nossas redes de ensino, norteando as estratégias para avançar nos indicadores”, concluiu.

Assista à formação: https://bit.ly/3vFcEc7.

Assessoria de Comunicação da SEDUC

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