Aracaju, 19 de abril de 2024
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Adriano Bandeira e a mentira como método de ação política, diz delegado Paulo Márcio

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Em entrevista concedida ao radialista Jailton Santana, da 103 FM, o presidente do Sinpol, Adriano Bandeira, acusou os delegados Kássio Viana, Paulo Márcio e Jefferson Alvarenga de liderar um movimento para criar uma divisão dentro da Polícia Civil e, por consequência, no Movimento Polícia Unida.

Bandeira afirmou que os citados delegados, “acobertados” ou “apadrinhados” pelo Delegado-Geral Thiago Leandro, manobram para derrubar a atual diretoria da Adepol, apresentando, em lugar do projeto de adicional de periculosidade – defendido pelo Movimento Polícia Unida -, uma proposta paralela e elitista, que exclui os aposentados de ambas as polícias.

Contraditoriamente, no entanto, insinua que o grupo “insurgente” também quer puxar o tapete do Delegado-Geral – o mesmo que supostamente os apadrinha e acoberta nessa empreitada divisionista.

Na fala descortês do líder sindical, os delegados substitutos – entre os quais encontram-se profissionais com mais de duas décadas de experiência em diversos setores da administração pública -, são retratados como um grupo de neófitos facilmente ludibriável, que ainda não se deu conta de que está sendo utilizado como massa de manobra pela elite estrategista e golpista que quer tomar o poder.

Tamanha estultice sequer merecia uma resposta, ainda mais por se fundar em absurdas teorias conspiratórias. Por outro lado, deixar que uma mentira ganhe corpo e se alastre pela falta de combatividade e esclarecimento é um desserviço que se presta não só aos delegados de polícia, mas a todos os operadores de segurança pública do estado.

Feita essa ressalva, cumpre informar que, no último dia 17 de novembro, um grupo de aproximadamente cinquenta delegados de polícia se reuniu para elaborar e oportunamente apresentar à diretoria da Adepol uma proposta de interesse da categoria.

A apresentação da proposta foi feita de forma oficial em assembleia geral extraordinária realizada no dia 25 de novembro, em um hotel localizado na Orla de Atalaia. A reunião, ressalte-se, foi presidida pela diretoria da Adepol, tendo os participantes, por maioria, aprovado o texto elaborado coletivamente.

De modo que, mesmo não tendo participado da elaboração da proposta, a diretoria da Adepol está a ela vinculada em razão da decisão tomada em assembleia, competindo-lhe, doravante, atuar para sua efetiva aprovação junto ao governo, sem prejuízo da defesa da proposta de adicional de periculosidade, bandeira do Movimento Polícia Unida que, na ótica de pessoas com larga experiência na atividade sindical, já foi para o vinagre há um bom tempo.

Obviamente, cada categoria tem autonomia para escolher seus representantes e decidir que caminhos trilhar. Mas a mentira e a desinformação devem ser rechaçadas de pronto, principalmente se utilizadas como método de luta e ação política.

Paulo Márcio Ramos Cruz

Delegado de Polícia Civil

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