Aracaju, 25 de abril de 2024
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Na pandemia, mais de 17 mil casos de câncer de pele deixaram de ser diagnosticados, diz médica

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O adiamento de consultas devido ao isolamento social no auge da pandemia gerou impacto no diagnóstico de diversas doenças, entre elas o câncer de pele. Dados preocupantes da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apontam que durante o ano de 2020 foram realizados 17.227 diagnósticos a menos dessa doença do que em 2019. Isso significa que o número absoluto de casos foi 24,7% menor do que no período anterior ao avanço da covid-19. Em entrevista, Dra. Suyan Vasconcelos, CEO da Clínica Splendore em Aracaju, falou sobre os sinais que não devem ser ignorados.

Para a médica é preciso recuperar o tempo perdido. “Aqueles que adiaram suas consultas devem procurar o dermatologista o quanto antes. Sempre falamos da regra do “A, B, C, D, E”, a letra “A” é assimetria, se você tem um sinal que começou a ficar diferente, é preciso investigar, já o “B” é a borda, geralmente os sinais que temos tem bordas bem regulares, mas se ele passa a ficar irregular, uma ponta para lá, outra pra cá, também é motivo para buscar ajuda médica, o “C” é a coloração, há sinais de cor preta, marrom, vermelha, mas se essa cor começa a mudar, é bom investigar. O “D” é o diâmetro, então se a lesão começa a crescer e tem mais do que cinco milímetros, também precisa de avaliação, já a letra “E”, é a evolução, ou seja, uma lesão que muda rapidamente de forma também precisa ser analisada”, explica.

A ida ao dermatologista deve acontecer pelo menos uma vez ao ano. “Além da consulta o autocuidado é fundamental, como por exemplo, evitar exposição solar entre 10h00 e 16h00, usar protetor solar diariamente, bonés e chapéus com proteção solar, preferir locais com sombra e se hidratar constantemente”, orienta Dra. Suyan.

Outra forma de prevenção é pedir que alguém próximo observe se há manchas ou sinais em locais que não conseguimos ver. “Às vezes temos lesões nas costas que não conseguimos acompanhar, uma simples observação pode levar o indivíduo a uma consulta e assim receber a devida orientação”, finaliza.

Por Rodrigo Alves.

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