Diógenes Brayner – diogenesbrayner@gmail.com
A reunião da base aliada ao Governo Belivaldo Chagas, realizada na noite de segunda-feira, repercutiu muito em todo o Estado. Nem tanto pelo que fora tratado, muito mais pela unidade que se constatou no grupo. Do lado de fora, principalmente entre setores da oposição, muita gente imaginava que o encontro sinalizaria para percepção de um provável clima hostil entre companheiros que seguem um projeto político há vários anos, o qual vai se aprimorando e definindo objetivos para o desenvolvimento do Estado, em que todos estão juntos nesse compromisso de prosseguir na construção de um Sergipe melhor.
E esse encontro terminou em acontecimento político porque o era, mas a impressão que se tinha, talvez até entre parte dos que estiveram na conversa inicial do bloco, não imaginava que o entrosamento fosse tanto, em razão da própria competitividade que se cria na busca da consolidação de qualquer nome que deseja ser o escolhido para disputar mandato, principalmente o de governador do Estado. A política é um jogo complicado e frenético, sem regras definidas e onde todos “podem comer a dama ao mesmo tempo”. De qualquer forma surpreendeu a paciência de como as primeiras orientações foram postas à mesa e imediatamente assimiladas pelos concorrentes.
Todos que desejam ser candidatos tiveram momento para falar e revelar motivos que os levam a desejar candidatura ao Governo. Todos expuseram os desejos, as razões de buscar o mandato majoritário, alguns projetos e forma de atuação em caso de escolhidos pela maioria da base aliada. Entretanto, o que marcou mesmo foi as palavras finais de cada um deles, se comprometendo a continuar decididamente no grupo, em caso de outro nome ser o escolhido. E mais: trabalhar para eleger o candidato indicado, como o fizesse caso fosse ele. Esse tom conclusivo foi um alívio para todos, inclusive para o governador Belivaldo Chagas, que pode ficar mais à vontade em relação à disputa interna que se dará para a sua sucessão.
Partidos da oposição ainda não estão definidos sobre pré-candidatos a governador, exceto o senador Rogério Carvalho (PT), que tem seu nome posto, mesmo que entre os companheiros, como sempre acontece, tenham posições claras quanto à formação da chapa e das prováveis composições. O PT tenta formar uma federação com o PSB, PV e agora acrescenta o Psol, o Partido Liberal, o Solidariedade e fala até no MDB, mesmo que tenha de rever conceitos diante da tendência centralista desses partidos, já inseridos em seus projetos. Há um detalhe interessante que se torna necessário comentar: quem disputa mandatos de deputados estadual e federal não se mostra preocupado com o candidato a presidente da República que a sua sigla apoia. O foco é a possibilidade de totalizar votos de suas chapas e conquistar – ou reconquistar – o mandato.
Reunião Movimenta
A reunião da base aliada, ocorrida na segunda-feira, repercutiu muito mesmo que tenha sido uma preliminar do que virá a acontecer na próxima reunião, dia 15 de janeiro.
*** O primeiro encontro não teve surpresas e muita gente esperava que houvesse alguma sinalização. Mas foi apenas um “ajeitar de abóboras”.
*** Atenção: Na segunda reunião haverá maior aprofundamento sobre candidaturas majoritárias e proporcionais, mas provavelmente a indicação do nome para governador só depois do carnaval.
Programa de George
O radialista George Magalhães, que comanda programa diário de notícias na Sim FM, de Carmópolis, agitou os seus ouvintes ao tratar sobre a reunião da base aliada.
*** Além de ouvir o colunista, também atendeu a vários ouvintes que deram opiniões variadas sobre o encontro.
*** Um deles deixou claro que o ex-prefeito Valmir de Francisquinho (PL) acompanha a base aliada caso seja Ulices Andrade o escolhido para disputar o Governo.
JB acha reunião boa
O ex-governador Jackson Barreto (MDB) foi à reunião da base aliada, depois de muito tempo recolhido e sem tratar sobre política.
*** A opinião dele depois do encontro: “a reunião foi boa e não ficaria bom ter resolvido candidaturas nesse momento”.
*** Jackson Barreto disse que pretende disputar o Senado Federal, mas se não for o escolhido vai para deputado federal e apoia o indicado naturalmente.
Não precisa pressa
O prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) também classificou que a reunião demonstrou toda a unidade do grupo e confidenciou que o governador Belivaldo Chagas não poderia anunciar o nome do candidato agora: “não precisa essa pressa toda”.
*** – Se houvesse a indicação de qualquer nome para ser candidato à sucessão, o governador abriria mão do poder em razão da pressa, disse.
Harmonia e união
Todos os pré-candidatos da base aliada que participaram da reunião disseram por que pretendiam disputar o mandato, mas tiveram a maturidade para manter a harmonia e união dentro do bloco.
*** A questão da unidade, do bom relacionamento e o compromisso de manter o bloco ileso foi uma unanimidade entre todos os participantes.
Revelação de Edvaldo
Edvaldo Nogueira também contou que quando disputou a reeleição para prefeito, muita gente lhe perguntava se ele seria candidato a governador.
*** Ele respondia que não, porque naquele momento estava tentando se manter à frente da Prefeitura. Antecipar candidatura ao Governo, seria abrir um confronto com o governador, que é aliado e não havia razão para uma atitude desse tipo.
Sobre apoio a Bolsonaro
O coronel Rocha disse ontem que “são incompatíveis o apoio ao grupo de Belivaldo Chagas e o apoio ao presidente Bolsonaro”.
*** – Da mesma forma que são incompatíveis o apoio ao PT/partidos de esquerda e o apoio a Bolsonaro, disse e conclui “ou você apoia a reeleição de Bolsonaro ou não apoia”.
*** Coronel Rocha está a caminho do Partido Liberal e pretende disputar o Senado.
Dorinha com Gustinho
O ex-prefeito de Poço Verde, Tonho de Dorinha (PSB), disse que seu candidato a deputado federal é Gustinho Ribeiro (SD) e deixou claro que não vota em Valadares Filho (PSB).
*** Tonho de Dorinha declarou sua opção de voto por Gustinho durante entrevista concedida ontem à tarde ao radialista Alex Carvalho, na Aperipê Fm, durante o programa ‘Contra Ponto’.
Troca 20 anos por dois
Tonho de Dorinha admitiu que tivesse mais de 20 anos ao lado dos Valadares e apenas dois anos de amizade com Gustinho Ribeiro, o suficiente para votar nele a Federal.
*** Disse que não há qualquer tipo de rompimento com os Valadares, que esteve com Valadares Filho na semana passada e comunicou sua decisão.
*** Perguntado pelo repórter se estava votando em Gustinho porque ele era mais bonito, Tonho de Dorinha foi irônico: “não, porque ele é mais alto”. Risadas gerais.
Rogério atua em Aracaju
O pré-candidato do PT ao Governo, senador Rogério Carvalho, participou de atividade política, segunda-feira à noite, coordenada por Robson Viana (PSD), no bairro do Cirurgia, em que reuniu aproximadamente 500 pessoas.
*** O encontro foi das 19 as 22 horas e o senador Rogério Carvalho falou da sua candidatura e projeto de Governo.
*** Robson vai filiar-se ao PT para disputar vaga na Assembleia Legislativa e terá como candidato a federal o deputado João Daniel, que tenta a reeleição.
Sobre Marcio Macedo
O ex-deputado federal Marcio Macedo (PT) ainda está indefinido quanto à sua candidatura. Quer Senado, mas o PT deseja que ele dispute deputado estadual.
*** Ele está conversando com a sua corrente política dentro do partido e trata sobre sua posição na disputa de 2022.
*** Até sexta-feira pode acontecer um encontro da direção regional do PT com Márcio Macedo, para decidir qual será sua posição nas eleições estaduais.
Vai ver com Eliane
Quanto à vice-governadora Eliane Aquino, o PT a quer como candidata a deputada federal, mas a vice está determinada a disputar o Senado.
*** O partido acha que não pode formar chapa puro sangue, porque precisa fazer composição com outras legendas, que certamente desejam integrar a chapa majoritária.
*** O Partido dos Trabalhadores vai tentar se entender com o PL, Solidariedade e até o MDB. Lembra que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, trabalha para eleger um número alto de deputados federais.
Mesa é antecipada
O vereador Ricardo Marques (Cidadania) informa que foi aprovada pela maioria a antecipação da votação da Mesa Diretora para 2023.
*** – A emenda na lei orgânica recebeu minha assinatura, entendo que o poder legislativo não pode ficar refém dos interesses políticos do poder executivo, diz.
Nós somos um poder tão importante quanto.
Um giro pelas redes sociais
Tribuna do Sertão – O deputado federal Gustinho Ribeiro (SD) canta forró no Palácio do Planalto ao lado do presidente Bolsonaro, ministros, empresários e artistas.
Metrópoles – Reunião com ala econômica deve tratar de questões orçamentárias. Reajuste salarial está previsto, ainda sem estimativa de impacto financeiro.
Isadora Teixeira – Chamada de satanás, Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) teve rejeitada uma queixa-crime apresentada contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson.
Radar – ‘Lula não provou que é inocente. Os escândalos de corrupção estão lá no governo dele. Foi um erro judiciário ter anulado a condenação de Lula’, diz Moro.
O Antagonista – Moro voltou a afirmar que Jair Bolsonaro queria que ele interferisse na Polícia Federal para proteger seus filhos de investigações.
Blog do Noblat – A violência de Bolsonaro com a imprensa é copiada por sua segurança e também por seus devotos mais fanáticos.
Rudá Morcillo – O governo da morte nunca está satisfeito com a destruição. Não basta matar a população, agora quer matar também os animais, por diversão!
TV-Cultura – Em agosto, presidente divulgou conteúdo de investigação sigilosa sobre ataque hacker ao TSE, tentando desacreditar urnas eletrônicas.