Por Paulo Márcio*
Coincidência ou não, no final da tarde desta quinta-feira, 13, após a histórica Marcha do Movimento Polícia Unida até o Palácio dos Despachos, parte das viaturas da Polícia Civil passou a constar como “inexistente” no sistema da SSP, motivo pelo qual não estão podendo ser abastecidas nos postos credenciados.
No afã de debelar o movimento legítimo e pacífico dos policiais sergipanos, a intelligentsia belivaldiana findou por prejudicar a população, privando-a de boa parte de sua frota policial.
Sem querer fazer trocadilho, o governo imaginou poder apagar um início de incêndio com gasolina, ainda que reversamente, é claro, cortando o fornecimento do produto direto na bomba.
Ocorre que uma instituição – e a Polícia Civil não é diferente – não é composta de veículos, prédios, material de expediente e quaisquer outros bens materiais -, mas de homens e mulheres conscientes do seu papel, do seu valor e de sua força.
Assim, cada vez mais conscientes e mais fortes, porque mais unidos, os policiais e bombeiros sergipanos vão mostrar que não se vendem e não se rendem, bem como não se quedam diante de decisões judiciais teratológicas, desarrazoadas e desproporcionais, muito menos de perseguições e retaliações levadas a efeito por aqueles que, historicamente, ao fim de cada luta, são os primeiros a colher os frutos produzidos por quem bravamente arou a terra e lançou as sementes ao solo.
*Paulo Márcio Ramos Cruz
Delegado de Polícia Civil