Aracaju, 16 de abril de 2024

Hanseníase tem cura e contágio acontece de pessoas para pessoa

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O Brasil é o segundo país do mundo com mais casos diagnosticados de hanseníase. Os dados do Ministério da Saúde também dão conta de que, todos os anos, cerca de 30 mil pessoas descobrem a doença. Diante de números tão expressivos, a campanha Janeiro Roxo, desenvolvida ao longo do mês, visa ampliar o conhecimento da população sobre esta doença.

A doença, que é milenar e já foi conhecida como lepra, é causada por um bacilo e o contágio acontece de pessoa para pessoa, como explica a médica dermatologista cooperada Unimed Sergipe, Laura Cruz.

“Hanseniase é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae e pode atingir quase todos os órgão e sistema do corpo. Como toda doença, a facilidade ou não de contaminação está ligada à imunidade de cada indivíduo. O contágio, de um modo geral, ocorre de individuo para individuo, que é a forma inter-humana, e acontece através da eliminação de bacilos pelas vias aéreas superiores”, explica Laura.

Geralmente, a porta de entrada para estes bacilos é a mucosa nasal, mas a contaminação também pode ocorrer através de objetos que tenham sido contaminados por pessoas doentes.  Os bacilos também podem ser encontrados na urina, nas fezes, no suor, no leite materno, em secreções vaginais e no esperma de pessoas contaminadas.

Sintomas

Apesar do diagnóstico ser realizado através de exames, a própria pessoa pode começar a identificar os principais sinais da doença no corpo. “Nos casos de hanseníase, é comum aparecerem manchas na pele e a pessoa perceber que a sensibilidade não está normal. Essa variação de sensibilidade pode ir de uma hipoestesia, que é a diminuição da sensibilidade, até uma anestesia, que é a ausência da sensibilidade no local da mancha. Isso serve de alerta para a pessoa procurar um dermatologista o mais rápido possível”, alerta a médica.

Tratamento

O Ministério da Saúde classifica os indivíduos com hanseníase em dois grupos: os paucibacilares, aqueles indivíduos que não estão eliminando bacilos, e os multibacilares, que são os pacientes com um quadro mais complexo. O tratamento é feito através da Poliquimioterapia, utilizando três drogas oferecidas pelo serviço público de saúde.

“A hanseníase tem cura. Ela é uma doença ligada às condições socioeconômicas da população e acomete em grande maioria aquelas pessoas de classes mais baixas, que vivem em locais sem saneamento básico. Quando se há qualidade de vida e condições de higiene mais favoráveis, se consegue erradicar a doença, como aconteceu na Noruega. No Brasil, este ainda é um problema de saúde pública, assim como em alguns países da América do Sul”, conclui a dermatologista Laura.

Assessoria de Imprensa

AGÔ – Comunicação Estratégica

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