Aracaju, 20 de abril de 2024
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Dia dos Aposentados será de luta contra confisco de 14% em Sergipe

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Em meio ao desemprego pós-pandemia, servidores aposentados são arrimo de várias famílias penalizadas pelo desconto mensal de 14% no Estado

No começo de 2022, acende a esperança dos mais de 35 mil servidores públicos aposentados do Estado de Sergipe de se livrarem do desconto abusivo de 14% em sua remuneração, praticado desde a aprovação das Reformas da Previdência do presidente Bolsonaro e do governador Belivaldo Chagas.

A maioria dos servidores estaduais aposentados de Sergipe recebe pouco mais de um salário mínimo e, portanto, é duramente penalizada com o corte na remuneração, em um momento de arrocho salarial e inflação impiedosa.

Assim, o Dia dos Aposentados, na próxima segunda-feira, dia 24 de janeiro, será marcado por luta em Sergipe. O ato começa às 8h da manhã, em frente ao prédio do Sergipe Previdência, na Pça General Valadão, Centro de Aracaju. Essa foi uma das deliberações dos professores em assembleia geral do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Educação de Sergipe (SINTESE), no dia de ontem.

A luta nesta data também foi aprovada pelo Fórum dos Servidores Públicos Federais (FONASEF), que está construindo a Greve Nacional dos Federais para o primeiro semestre de 2022. Assim, contra o malefício da Reforma da Previdência, o Dia dos Aposentados deverá ser marcado por protestos em várias capitais e municípios brasileiros.

CHEGA DE MASSACRE

Secretário de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Sergipe), Plínio Pugliesi alerta que 2022 é o ano estipulado pela legislação da Reforma da Previdência em Sergipe para o fim do desconto de 14% na remuneração dos aposentados do serviço público estadual. “Mesmo assim, é importante que os sindicatos estejam unidos e prontos para lutar pelo fim deste confisco cruel de 14% e para assegurar que os aposentados voltem a ter o direito à sua remuneração integral”, apontou.

O site da CUT Sergipe divulgou, no ano passado, uma reportagem abordando as privações e dificuldades que os servidores públicos de Sergipe estão enfrentando desde o início da retirada de 14% da sua remuneração (acesse o link aqui e saiba mais sobre a realidade enfrentada pelos aposentados de Sergipe desde a aprovação da Reforma da Previdência). A situação que já era trágica no ano passado, só tem piorado com o aumento da gasolina, do gás de cozinha, dos alimentos em geral, entre outros itens indispensáveis à sobrevivência digna.

Diretora de Aposentados do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Sergipe (SINDIJUS), Sara Cavalcante do Ó revelou que servidoras e servidores aposentados do Tribunal de Justiça não vão ficar de braços cruzados.

“Os aposentados continuam sendo brutalmente afetados pelo desconto de 14% imposto pelo governo Belivaldo, um absurdo com as pessoas que já contribuíram a vida inteira. É desumano tirar 14% da remuneração dessas pessoas afetando a sua sobrevivência. A grande maioria dos aposentados recebe pouco mais que um salário mínimo. Estamos em ano de eleição e vamos pras ruas. Não aceitaremos mais atrocidades contra os aposentados”, afirmou a dirigente sindical Sara.

NO SERGIPEPREVIDÊNCIA

Secretária de Aposentados do SINTESE, Maria Luci Lima Santos afirmou que o pagamento do 13º salário foi um engodo do Governo Belivaldo que não convenceu os professores, pois a indignação está acesa.

“Estamos convidando todos os professores aposentados do SINTESE, das Subsedes de todo o Estado. Somos muitos e neste massacre do Governo, todos estão sofrendo sem dinheiro para comprar alimentos e remédios. Tudo aumenta e nós como aposentados cada dia ficamos mais pobres. Com o desemprego da pandemia, muitos aposentados sustentam famílias. São quase oito anos sem reajuste e sobrevivendo à inflação e aos cortes. Os aposentados e aposentadas não aguentam mais essa política de morte do governador”, resumiu Maria Luci.

A sindicalista reforçou o convite aos professores aposentados de Sergipe para todos e todas participarem do protesto na segunda-feira. “Não adianta sofrer calado, tem que se somar à luta para conquistar a vitória”.

Foto assessoria

Por: Iracema Corso

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