Aracaju, 26 de abril de 2024
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Sindicato dos profissionais do ensino e Sacema farão ato unificado nesta quarta-feira

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O Sindicato dos profissionais do ensino do município de Aracaju- SINDIPEMA e o Sindicato dos Agentes de Saúde e Endemias do Município de Aracaju – Sacema, lutam pela atualização salarial.

Em dezembro, os vereadores e vereadoras aprovaram, por unanimidade, durante a votação da LOA, o reajuste dos professores e professoras. Porém, no dia 29 do mesmo mês, o prefeito Edvaldo Nogueira vetou o art.11, que garante esse reajuste à nossa categoria. Vale ressaltar que Edvaldo, durante toda sua carreira política, violou a lei federal ao não reajustar o salário dos professores e professoras.

Diante de mais esse desrespeito à categoria, o magistério aprovou a realização de um ato a favor da derrubada do veto do prefeito Edvaldo Nogueira, que também vetou o reajuste dos Agentes de Saúde. As duas categorias, Professoras e Professores e Agentes de Saúde realizarão ato unificado no dia 26 de janeiro, às 8h, em frente à Prefeitura de Aracaju.

“A nossa luta pelo reajuste do piso é justa. É um direito nosso e não vamos desistir. Os governos neoliberais atacam de todos os lados, mas nós resistiremos”, afirma a vice-presidente do Sindipema, Professora Sandra Beiju.

As duas categorias estão há quase 6 anos sem atualização salarial.

Ataques ao piso salarial do magistério

A CNTE divulgou em seu site que “Em nota divulgada no dia 14/01 pela Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação, o governo federal se posicionou extraoficialmente pela revogação parcial da Lei 11.738, que regulamenta o piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica, especialmente em relação ao artigo que define o critério de atualização anual do piso. Pela interpretação do MEC, o reajuste será novamente nulo (0%) em 2022, tal como ocorreu em 2021.

A intenção de zerar o reajuste do piso, em 2022, havia sido previamente anunciada após a reunião entre a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – Undime, o MEC e o FNDE, realizada no dia 22/12/2021. Em Carta-Aberta assinada pelo presidente da Undime, foi relatada a artimanha dos gestores sobre o reajuste do piso e também a expectativa de conferir efeito retroativo à Lei 14.276, para compensar despesas da subvinculação de 70% do Fundo da Educação Básica – Fundeb, o que acabou não acontecendo em razão de veto imposto pelo Ministério Público Federal. Desta vez, o MEC optou por não ouvir a Procuradoria da República (MPF) acerca da vigência da lei do piso, mas tão somente sua própria consultoria jurídica.

É mais que sabido que uma lei votada, sancionada e vigente não pode ser revogada ou alterada pela administração pública. O princípio da legalidade insculpido na Constituição Federal também não autoriza o Poder Executivo a interpretar normas legais a seu bel prazer. Claramente, o MEC extrapolou competências exclusivas do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. Isso porque o parlamento não concluiu a votação do PL 3.776/08, que pretende alterar o reajuste do piso para o INPC, tampouco a justiça foi acionada para se posicionar a respeito da vigência da Lei 11.738.

Diante de mais esta tentativa de golpe contra a lei do piso do magistério, a CNTE tomará as medidas pertinentes para reverter a orientação inconsistente e ilegal do MEC e para cobrar a aplicação imediata do reajuste do piso das professoras e dos professores em todos os estados e municípios do país”, diz a CNTE.

Fonte e foto Sindipema

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