Aracaju, 18 de abril de 2024
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Alessandro Vieira deixa Cidadania: Discorda que Roberto Freire fique presidente por 34 anos

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião deliberativa com 36 itens. Entre eles, a PEC 10/2019, que trata de retenção do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) pela União. 

Bancada:
senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE); 
senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR).

Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Alessandro Vieira deixa o Cidadania, partido que ele fundou em Sergipe e pelo qual foi eleito ao Senado em 2018. Em nota, o senador disse que “um dos maiores problemas que enfrentamos no Brasil é o absoluto distanciamento entre o sentimento popular e a conduta das figuras públicas nacionais”.

E mais: “A necessidade urgente de renovação política é apontada a cada pesquisa e eleição há anos, mas parlamentares e dirigentes partidários preferem ignorar esta realidade e investir na manutenção de seus feudos e privilégios, retardando ou mesmo impedindo a formação e consolidação de novas lideranças”.

Acha que a “a consequência primeira desta postura é o crescente descrédito da classe política, também confirmado em pesquisas, mas ainda mais grave é a lacuna de representação que se alarga a cada ano no Brasil, abrindo espaço para populistas irresponsáveis”.

Explicou que ingressou no Cidadania em dezembro de 2018, em um contexto de renovação política e modernização partidária, que foi materializado no Estatuto, com vedação às reeleições infinitas e abertura para os novos movimentos sociais. A pretensão era justamente representar o anseio popular por um partido moderno e diverso.

– Ao longo destes anos, tenho plena convicção de que representei este sentimento no Senado e também dentro do partido, tendo a coerência, o espírito público e a transparência como princípios norteadores do meu trabalho, disse.

E mais: “estes mesmos princípios, diante do rompimento do compromisso de renovação, com alteração do Estatuto e manutenção de Roberto Freire como presidente, condição que ostentará por 34 anos, levam à conclusão de que é absolutamente inviável a minha permanência como filiado do Cidadania”.

– Manifesto publicamente meu respeito pelos filiados e parlamentares, com os quais convivi de forma muito proveitosa nos últimos anos, em particular minhas colegas de bancada Leila Barros e Eliziane Gama, e continua: “Tenho certeza de que estaremos juntos na caminhada em defesa da democracia e dos brasileiros, mesmo que em partidos políticos diferentes”.

E conclui – Os próximos passos serão definidos juntamente com nossos parceiros de construção política em Sergipe e em Brasília, com toda a transparência que caracteriza nosso trabalho.

O partido em Sergipe continua sem alteração, até que o pedido de afastamento seja feito por escrito à Direção Nacional e haja um definição da sua saída em definitivo, Alessandro vai se filiar a outra legenda, mas no momento não existe nenhum à vista. Só depois de concluir o processo é que ele vai trata da disputa a presidente da República ou Governo do Estado.

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