Aracaju, 1 de maio de 2025
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Alessandro vai apoiar candidato de oposição a Lula e Bolsonaro e não descarta disputar Governo

Um dia depois de anunciar sua saída do Cidadania, o senador Alessandro Vieira concedeu entrevista a CNN neste domingo (13) que não vai mais disputar a Presidência da República. “Não existe nenhuma possibilidade de permanência na disputa pela Presidência da República, isso já é passado nessa trajetória política que eu venho exercendo”, afirmou.

A Basília Rodrigues e Fabrício Julião, Alessandro Vieira disse que o intuito, agora, será apoiar algum candidato da terceira via, em oposição a Lula e Bolsonaro, que aparecem na frente nas pesquisas de intenção de voto até o momento. “É um desafio muito grande, mas acho que todos devem ter desprendimento, espírito público e capacidade de construção.”

Alessandro Vieira não descartou que irá concorrer ao Governo de Sergipe.

“Tenho um compromisso muito grande com Sergipe, mas precisamos ouvir a base neste momento, remontar a estrutura partidária, o que não é simples de fazer em poucas semanas e depois avaliar o próximo caminho”, destacou.

Em Sergipe – A informação que circulou em Sergipe foi de que Alessandro vai para o PSDB, atendendo a convite do governador de São Paulo, João Dória, com quem esteve na semana passada, inclusive alguns dos seus correligionários confirmaram essa ida do senador para o ninho tucano.

Sem definição – Neste domingo (13), à tarde, através de conversa via WatsApp com o Faxaju Online Alessandro Vieira disse que “não existe nenhuma definição sobre o futuro partido político”, embora circule conversas de que ele será candidato a governador por Sergipe, até em razão da sua desistência da disputa pela Presidência da República.

O presidente regional do PSDB em Sergipe, o ex-senador Eduardo Amorim, disse que ainda não havia recebido qualquer informação sobre possível filiação do senador Alessandro no PSDB e insistiu que será candidato a senador nas eleições deste ano: “estou decidido a ser candidato ao Senado pelo partido, mas se houver algum problema tenho vários convites de outras siglas”, disse.

Eduardo Amorim disse que viajaria a Brasília para conversa com a Direção Nacional e acredita que a saída de Alessandro Vieira – com quem me dou muito bem – ocorrerá oficialmente depois dos trâmites tanto do Cidadania, quanto do TRE-SE e TSE.

Critica a Federação – Em entrevista à Jóvem Pan (JP), ficou claro que além de não se entusiasmar com a federação entre Cidadania e PSDB, já aprovada pela legenda, Alessandro afirma que Freire vai na direção contrária do que a sociedade exige e tenta se perpetuar na presidência da sigla.

– O Brasil exige renovação na política, e o Cidadania responde mudando seu estatuto e garantindo a permanência de Roberto Freire por 34 anos na presidência. Por evidente incompatibilidade, manifesto minha desfiliação do partido. A democracia exige espírito público e desprendimento, disse o senador.

Alessandro Viera ganhou notoriedade durante a CPI da Covid-19 e, a partir dali, cimentou o caminho para se tornar pré-candidato à Presidência. A união com o PSDB, no entanto, era um empecilho para seus planos, já que os tucanos querem João Doria na corrida eleitoral. Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, ele não deixou claro se ainda tentará chegar ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano. “Os próximos passos serão definidos juntamente com nossos parceiros de construção política em Sergipe e em Brasília, com toda a transparência que caracteriza nosso trabalho”, disse.

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freira, lamentou a decisão do senador Alessandro, único voto contra o novo Diretório Nacional. Teve todo espaço no Cidadania para construir a candidatura e o partido em Sergipe, que comanda desde a chegada. Para Roberto, “renovação não é questão de idade mas de agenda. Política é vitória e derrota”, disse.

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