Os primeiros registros de intervenções cirúrgicas cranianas datam das mais remotas épocas, praticadas por civilizações antigas em diversos continentes. Entre eles, os incas, os asiáticos e polinésios. Atualmente, a área da medicina craniofacial está cada vez mais moderna e preparar os futuros médicos e odontólogos é essencial.
Por isso, a Universidade Tiradentes (Unit) está promovendo até a próxima sexta-feira, 27, a I Jornada de Cabeça e Pescoço, voltada para temas como a reconstrução de calota craniana, fraturas dos côndilos mandibulares, cirurgia ortognática em planejamento virtual e otoplastia. Mais de 700 estudantes de medicina e odontologia participam do evento.
Segundo o professor da Unit responsável pela jornada, Glauquer Sávio Alves da Silva, a ideia era trazer docentes e profissionais de referência em suas respectivas áreas para conversarem com os alunos. “Muitos professores passam na vida de vocês, assim como muitos professores passaram na minha vida. Sempre há professores que nos marcam, mas sempre há aqueles em quem nos espelhamos e admiramos. A minha admiração, junto a esse corpo docente que reunimos para essa jornada, vai para todos os professores. Por isso, oferto a vocês a mesma água que eu bebi na minha graduação, aproveitem”, diz.
O cirurgião bucomaxilofacial e craniomaxilofacial, Dr. Sylvio de Moraes abordou a reconstrução de calota craniana como um reflexo de um dos procedimentos cirúrgicos mais antigos já registrados. “O tema que abordamos versa em algo que não é tão comum no meio odontológico e médico, mas que é uma demanda muito importante que envolve o contorno estético craniofacial. Para isso, precisamos voltar ao passado e falar sobre a craniotomia ou trepanação, o mais antigo procedimento cirúrgico conhecido e foi praticado por várias civilizações ancestrais como os incas, bretões, asiáticos, africanos do norte e polinésios”, elucida.
“Observamos estigmas de craniotomia em crânios fossilizados em museus de craniotomia pelo mundo inteiro. A primeira reconstrução de defeito ósseo craniano com emprego de placa de ouro foi oficialmente reportada no século XVII. Entretanto, nós caminhamos pela evolução da Medicina e prestigiamos o uso do tecido ósseo da calota craniana. Ou seja, a primeira opção para reconstrução de defeitos é o próprio osso”, explica de Moraes.
Para o estudante Cleverton Lima, o evento foi engrandecedor. “Além de sairmos cheios de tanto conteúdo, saímos como acadêmicos como melhores e também melhoramos o nosso lado humano”, afirma.
Veja a live de abertura completa aqui.
Asscom Unit