Aracaju, 8 de maio de 2024
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Projeto ‘Salve – Corrente de Assistência à Vida’ completa um ano de existência

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O projeto tem como objetivo ensinar a população a identificar o mal súbito e realizar, imediatamente, as manobras iniciais de reanimação

Todo cidadão pode reconhecer uma parada cardíaca e iniciar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar até chegar o socorro especializado. A garantia vem dos profissionais que atuam no projeto ‘Salve – Corrente de Assistência à Vida’, que surgiu há um ano, mediante parceria entre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), Corpo de Bombeiros, Sociedade Médica de Sergipe (Somese) e Cooperativa de Anestesiologistas de Sergipe (Coopanest). Desde seu lançamento, o Salve já capacitou mais de 2 mil pessoas.

O projeto tem como objetivo ensinar a população a identificar o mal súbito e realizar, imediatamente, as manobras iniciais de reanimação. Para isso, disponibiliza capacitações gratuitas aos interessados. De acordo com o gerente do Núcleo de Educação Permanente do Samu, Ronei Barbosa, as capacitações não são destinadas aos profissionais da área da saúde e em caso de solicitações feitas por empresas, é recomendável que sejam ministradas no próprio ambiente de trabalho do solicitante e que, preferencialmente, já possua o desfibrilador externo automático (DEA).

“A idéia do Salve se dá em função da necessidade de atendimento imediato ao cidadão que desmaia subitamente, caso esteja sendo vítima de uma parada cardiorrespiratória [PCR]. Por isso alertamos para a necessidade desse desfibrilador em locais onde há grande fluxo de pessoas. Esse tipo de ocorrência se dá no momento em que, subitamente, o coração deixa de funcionar e o indivíduo deixa de respirar, sendo uma das principais causas de mortes no Brasil e no mundo. Nesses casos, para cada minuto em que a vítima deixa de receber a ressuscitação cardiopulmonar [RCP], ela perde 10% de chance de sobreviver”, destacou Ronei.

DEA

A existência do DEA em ambientes públicos, segundo o gerente, é de extrema importância para melhorar a sobrevivência das vítimas que sofrem PCR. Porém, o uso do aparelho não anula a ação do socorro especializado. Em Aracaju, em espaços públicos como o Ministério Público Estadual, aeroporto e shoppings centers podem ser encontrados desfibriladores externos automáticos. Na cooperativa de crédito Sicredi, localizada no bairro Jardins, 32 funcionários já foram preparados para uso do aparelho, que foi adquirido. Eles poderão realizar com êxito os primeiros procedimentos em clientes ou outros cidadãos que transitam nas proximidades, em casos de PCR.

“Os socorristas, sejam eles do Samu ou do Corpo de Bombeiros, darão continuidade ao atendimento quando chegarem ao local da ocorrência. Para que tudo proceda da melhor forma possível o cidadão que realizou os procedimentos iniciais deverá repassar todas as informações possíveis em relação ao atendimento que foi realizado até o momento. A chegada da vítima até o hospital, com chances reais de sobrevivência, dependerá muito das ações realizadas por quem identificou a PCR”, acrescentou o gerente do NEP do Samu, em Sergipe.

Para o subcomandante geral do Corpo de Bombeiros de Sergipe, coronel Gilvan Paixão, o primeiro benefício do Salve é a integração dos órgãos que trabalham em prol do salvamento de vidas. Em segunda instância, através do projeto a população é contemplada com o crescente número de capacitações destinadas a pessoas não inseridas na área da saúde. “Ao realizarmos capacitações, temos maiores chances de chegamos ao cenário onde há um paciente acometido por PCR e verificarmos que o primeiro passo já foi tomado em favor da vida. Isso representa um benefício que contempla, especialmente, o paciente que precisa de cuidados imediatos”, frisou.

O cidadão que quiser aprender a salvar vidas, tendo acesso às capacitações oferecidas pelos voluntários do Salve, deverá entrar em contato com a coordenação do projeto, através do (79) 3212 8413 (NEP do Samu) ou do (79) 98815 0525 (Somese). “Temos ainda intenção de mapear outros locais que disponham do DEA e verificar se o aparelho é adequado para ser utilizado pelo público leigo. A partir daí, desenvolveremos um aplicativo que será disponibilizado para a população, a fim de que seja possível identificar o ponto exato de localização dos DEAs para salvamento de vidas, nos casos de PCR.

Realizaremos ainda campanhas sobre salvamento em escolas, a fim de sensibilizar estudantes para essa causa, e novas capacitações em empresas, estimulando as mesmas a adquirirem o desfibrilador”, assegurou o presidente da Somese, José Aderval Aragão.

Fonte e foto SES

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