Aracaju, 18 de julho de 2025
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Adema vistoria licenciamento de agroindústria em comunidade quilombola

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O povoado Igrejinha, em Capela, município do leste sergipano, recebeu a equipe da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) na última sexta-feira, 11, para vistoria e análise de licenças para plantio e implantação de agroindústria artesanal na comunidade remanescente de quilombo Pirangi. A iniciativa conta com incentivo do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) para projetos pautados na equidade social e equilíbrio ambiental.

A comunidade Pirangi já possui hortas privadas e coletivas, com cajus, goiabas, banana e mandioca. Com a implantação do novo empreendimento para produção e venda de derivados, como doces e bolos, espera-se impulsionar a renda de aproximadamente 40 famílias, fortalecendo os meios de vida da comunidade, especialmente para mulheres e jovens.

A agroindústria deverá se utilizar da matéria-prima coletada em uma agrofloresta de cerca de meio hectare. As agroflorestas, ou sistemas agroflorestais (SAFs), são sistemas de uso da terra que combinam árvores e culturas agrícolas ou animais em um mesmo espaço, com o intuito de desenvolver e impulsionar a diversidade e a sustentabilidade local.

A presidente da associação agrícola de Pirangi, Silvânia Gonzaga, reforça os benefícios da agroindústria na comunidade quilombola, além da sua importância no combate ao desperdício. “A gente vai produzir os derivados da mandioca, da banana; vamos produzir doce de batata, caju, goiaba, de leite e outros doces, para gerar renda para as mulheres e jovens de nossa comunidade. Hoje nós temos os produtos, mas a gente perde muitas frutas porque não temos como beneficiar elas”, afirma.

Segundo a analista ambiental da Adema, Millena Santos, a iniciativa é positiva não só para a geração de renda da comunidade, mas também para o meio ambiente como um todo. “A agrofloresta vai contribuir, ainda, para a conservação da biodiversidade e para o aumento da resiliência da comunidade às mudanças do clima. Também irá agregar maior valor aos produtos cultivados, que serão escoados para feiras livres. É mais qualidade de vida e desenvolvimento com sustentabilidade”, conclui.

Foto: Lucas Campos

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