De todos os espaços da Vila da Criança 2025, promovida pelo Governo do Estado na Praça de Eventos da Orla da Atalaia, em Aracaju, a Arena Gamer é um dos mais procurados. Diariamente, centenas de crianças e adolescentes encaram as filas para se divertir em jogos de videogame e computador dos mais variados, que trazem desde jogabilidades mais simples até realidade aumentada, com uma experiência imersiva, tecnológica e segura.
A Arena Gamer tem capacidade para 40 crianças por sessão de 20 minutos, com faixa etária permitida de 7 a 16 anos. Com muita diversão e conectada aos tempos modernos, o local é diariamente bastante concorrido, divertindo os jovens e dando tranquilidade aos pais e responsáveis, já que uma equipe de monitores acompanha de perto todas as interações.
Pela primeira vez no espaço, Arthur Lima, de 13 anos, estava empolgado. “Eu queria muito vir e jogar Roblox. Foi incrível, eu adorei. A arena é ótima, eu me senti como se estivesse entrando no jogo. Os monitores foram legais, me ajudaram muito, gostei demais”, contou animado.
Arthur visitou a Arena ao lado da irmã, Sofia, e dos pais, Henrique e Daniela Cavalcante. O pai ressaltou a segurança e tranquilidade do espaço. “Está bem bacana, muito organizado, seguro, tranquilo, com diversas opções. Eles adoram a arena, já chegam falando quais jogos querem jogar. Eu, sinceramente, nem sei do que se trata, mas para eles está ótimo”, relatou.
A Arena Gamer ajuda a alimentar a paixão pelos jogos que muitos carregam desde pequenos. André Lucca, de 7 anos, não teve dúvidas: foi à Vila para curtir os brinquedos eletrônicos. “Achei ‘10 estrelas de 10’, gostei demais. Fiquei 20 minutos, e se tivesse mais tempo eu ficaria. Foi minha primeira vez e quero vir mais vezes. Só quero andar de roda gigante e jogar videogame aqui”, exaltou.
O pai, André Oliveira, fez questão de acompanhar o garoto. “Nós procuramos sempre esses lugares que têm diversão, e Sergipe proporciona isso de uma maneira muito vasta. O Governo do Estado está de parabéns porque essa Vila é um atrativo que tira as crianças de casa, faz elas passearem, isso é excelente”, frisou.
Como funciona
A Arena Gamer é dividida em sessões de 20 minutos, cada uma com 40 crianças. Durante todo o tempo, oito monitores estão exclusivamente disponíveis para atender o público, tirar dúvidas e auxiliar, além de acompanhar as interações com segurança. O principal objetivo destes monitores é acompanhar cada passo do público, saber o que as crianças estão jogando e auxiliá-las a aprender, para que consigam se desenvolver por conta própria, como explicou Danilo Guimarães, um dos monitores do espaço. “Elas vêm para brincar, e até conhecer, no caso de quem não tem tanta conexão com a realidade virtual. O acesso traz liberdade criativa, faz com que elas consigam conhecer e experimentar aquilo que elas só veem em vídeos, sentindo-se parte desse mundo que cresce cada vez mais. Nós não jogamos para a criança, mas a ensinamos a mexer para que ela possa andar por conta própria e sempre com segurança”,destacou.
Danilo também confirma a demanda alta do espaço, que sempre tem grande movimentação. Mesmo assim, a dinâmica é construída para que todos tenham suas oportunidades. “A cada 20 minutos a gente troca os grupos de 40 crianças, e está sempre cheio. Toda hora há um rodízio, e todo mundo pode jogar. Ensinamos muito a criança, para que ela saia daqui conhecendo mais desse mundo”, acrescentou.
Além disso, o desenvolvimento através de jogos educativos tem um cunho lúdico, fazendo com que a criança possa desenvolver seu próprio mundo, aguçando a criatividade e estimulando a diversão. “Algumas crianças gostam de criar o mundo delas nos jogos, com seu próprio estilo, vários mundos dentro de um. Nos jogos eles criam seus mundos, e a liberdade criativa fica livre para formular e se divertir”, completou o monitor.
Inclusão
Outro ponto importante da Arena Gamer é o seu lado inclusivo. Sendo um espaço gratuito e aberto para todos os públicos, ela permite que pessoas que não conseguem comprar um aparelho como os da arena tenham experiência com jogos virtuais.
Dentre os presentes, um projeto social em parceria com a Federação Sergipana de Boxe levou um grupo de 65 pessoas, de 8 a 16 anos, para participar. A oportunidade foi única de, não apenas sair da rotina de treinos, mas também brincar com aparelhos que nem todos conseguem usufruir.
“Trouxemos elas aqui, para que saíssem dessa rotina. Como eles são atletas de competição, é importante terem um escape da rotina de treinos. Hoje, eles tiveram o dia deles para se divertir, com esse benefício de aparelhos de última geração, jogos que nem todos têm em casa. É uma oportunidade muito grande”, ressaltou Victor Barbosa, coordenador do grupo.
O objetivo da Arena Gamer, assim como da Vila da Criança como um todo, é promover diversão tratando todos de forma igual, sem distinção. É o caso do pequeno Nicolas, de 10 anos, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) e adorou a experiência, sendo bem tratado por todos os presentes. “Eu não sabia que tinha essa Arena, descobri quando vim pela primeira vez. Fiquei muito animado. Geralmente, jogo no celular, mas, aqui, tive a chance de jogar no computador porque não tenho um. Aprendi bastante, é muito diferente e legal”, relatou.
A mãe, Jenelice da Silva, exaltou a estrutura do Governo do Estado e o acolhimento ao seu filho. “É gratificante porque é algo que ele gosta de fazer. Meu filho se sente feliz, as pessoas que trabalham ali são prestativas. Espero que se repita no ano que vem, e assim sucessivamente. É fundamental ter um espaço para as crianças se divertirem, principalmente as autistas. Muitas vezes, elas se sentem excluídas e, aqui, ficam à vontade, todos juntos sem diferença alguma. Está de parabéns o Governo do Estado”, completou.
Vila da Criança
O espaço segue oferecendo uma diversidade de opções, como teatro, arena gamer, cinema, parque de diversões, roda-gigante, brinquedos acessíveis, casas temáticas, minicidade e, até o dia 19 de outubro, o ônibus AquaNave, com realidade virtual educativa.
O evento é realizado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), com o apoio da Netiz e Iguá, e patrocínio do Banese.