Aracaju, 30 de abril de 2024
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COMISSÃO DA VERDADE E ARQUIVO NACIONAL FIRMAM PARCERIA

Membros da Comissão Estadual da Verdade “Paulo Barbosa de Araújo” estiveram no início deste mês, no Rio de Janeiro, onde visitaram o Arquivo Nacional. Participaram da visita institucional os historiadores Gilfrancisco e Gilson Reis, quando foram recebidos pelo o Diretor do Arquivo Nacional, Ivan Fernandes e Vicente Arruda, representando o projeto Memórias Reveladas.

A visita dos membros da Comissão Estadual da Verdade “Paulo Barbosa de Araújo” ao Arquivo Nacional tem como objetivo principal estreitar as relações institucionais para expandir ao máximo o acesso à informação dos documentos referentes ao período de 1946 a 1988.  Com cerca de 13 milhões de documentos, o DSPACE- base de dados do Memórias Reveladas oferece um rico acervo relacionado aos vários órgãos da repressão que atuaram no Brasil naqueles períodos.

Na oportunidade foi assinado um Termo de Parceria entre o Arquivo Nacional/Memórias Reveladas e a Comissão Estadual da Verdade “Paulo Barbosa de Araújo”, o que possibilitará o acesso direto dos pesquisadores e membros da CEV a todos os documentos da base de dados do Memórias Reveladas e do próprio Arquivo Nacional.

O Estado de Sergipe não possui atualmente um grande acervo documental relacionado aos órgãos de repressão como das Assessorias do Serviço de Informações (ASI) da Universidade Federal de Sergipe, da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) e da PETROBRAS; do 28º BC; Delegacia de Ordem Pública (DOPS); Instituto Médico Legal (IML);Arquidiocese de Aracaju; Procuradoria Geral do Estado e tantas outras ramificações que foram elos de conexão com o regime, e que se serviam desses órgãos e informantes, infiltrando-se nas teias sociais do cotidiano e  modos de viver dos  sergipanos.

Segundo os historiadores e membros da CEVGilfrancisco e Gilson Reis, que participaram da visita institucional ao Arquivo Nacional, várias são as espécies de documentos que alimentavam o sistema da repressão, tais como fichas de encaminhamento, fichas de registro, informação, pedido para atualização de dados, pedido de busca, telex, ofícios e peças processuais, dentre outros.

“O levantamento desses documentos é de fundamental importância para, além dos depoimentos e dos vários registros na imprensa, a documentação a que a Comissão terá acesso a partir desse Convênio permitirá que, uma vez sistematizadas as fontes, a Comissão disponibilize à sociedade sergipana uma novo conjunto de informações, contribuindo na construção da memória dos chamados “anos de chumbo”. Ressaltaram.

Elito Vasconcelos

Assessor Especial da CEV

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