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Aracaju, 31 de outubro de 2025

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Curta-Se 24 dá início às mostras especiais e competitivas do festival

Terça - Curta-SE - Fotos Arthuro Paganini - 00185

A 24ª edição do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-Se) movimentou Aracaju nesta terça-feira, 4, com uma programação intensa que mergulhou o público no universo do audiovisual, dando início às mostras especiais e competitivas do festival. Realizado pela AVBR Produções, com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, o evento reuniu cineastas, estudantes e amantes do cinema em uma celebração plural e gratuita, espalhada por diversos espaços culturais da capital sergipana.

As mostras Competitiva de Curtas Sergipanos, tiveram início às 18h15, no Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa, na Orla da Atalaia. Neste primeiro dia de competitivas, O público assistiu a oito produções locais que refletem a força e a diversidade do cinema produzido no estado: O Armário de Gisélia, de Eudaldo Monção Júnior; Sergipe Way – Do Barro ao Mangue, de Gessica da Silva Lima; Aracaju – Uma Viagem no Tempo, de Fábio Jaciuk; Cancioneiras – Embarcações Poéticas, de Elaine Bomfim e Graziele Ferreira; Coisa de Preto, de Pâmela Peregrino; Donas da Cultura Popular – Madá, de Davi Cavalcante; e Sonata Beladona, de Antônio Rafael Gomes Maia.

Além dos curtas sergipanos, às 20h30 também foi exibido o longa “Morte e Vida Madalena”, de Guto Parente, produção luso-brasileira que integra a Mostra competitiva de longa ibero-americano, seguido de uma apresentação artística do bloco afrocultural Descidão dos Quilombolas, que representa uma expressão carnavalesca de protesto contra a discriminação racial, de valorização e preservação da cultura e da história africana, buscando levar a cultura afro brasileira à população, proporcionando integração e valorização entre os mais diferentes povos.

A diretora e idealizadora do Curta-Se, Rosângela Rocha, explicou que além de júri técnico, a Mostra Sergipana está sendo avaliada por júri popular, em que o público vota no seu filme preferido ao final da sessão. Os vencedores serão conhecidos na cerimônia de premiação, no domingo, 9, no Cine Walmir Almeida. “As mostras competitivas são sempre o coração do Curta-Se. É nelas que o público tem a oportunidade de conhecer a potência do nosso cinema, de ver de perto a criatividade e a sensibilidade de quem faz audiovisual no Brasil e, especialmente, em Sergipe. Ver essa troca acontecer, ver a plateia se envolver com as histórias e com os realizadores, é o que nos motiva a continuar”, disse.

À tarde, o cinema também estava pulsando no Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa, com três sessões especiais de curtas nacionais. A primeira exibiu produções como Ana Parideira, A Vaqueira, A última Lágrima e Logos. Às 16h, começou a segunda sessão, que apresentou Dança dos Orixás, Bárbara – A força da Ancestralidade, Como Ler o Vento, A Rede e Sou Jazz.

A realizadora do curta sergipano Cancioneiras – Embarcações Poéticas, que está participando das competitivas, Elaine Bomfim, disse que o filme foi criado na Barra dos Coqueiros e a proposta é apresentar uma viagem criativa pelas águas do Rio Sergipe. “Ser selecionada para participar do Curta-Se foi sensacional. Eu não sei nem como descrever. Esse foi o primeiro filme que eu realizei, não tinha experiência anterior, mas tem sido um processo muito bonito, me entreguei tanto. Ser selecionada já foi um prêmio”, declarou.

O realizador do documentário “Aracaju – Uma viagem no tempo”, Fábio Jaciuk, disse que a produção nasceu de uma pesquisa sobre a família, quando encontrou fitas VHS e viu cenas afetivas. “É um documentário que traz muitas lembranças para quem é de Aracaju, traz recordações para quem viveu essa época. E estamos revivendo esse momento vintage. Minha expectativas são muito boas, tenho certeza que vai ser legal”, completou.

Cinema e inclusão

No Cine Walmir Almeida, localizado no Centro Cultural de Aracaju, a manhã foi dedicada às crianças. A sala Petrobras recebeu o Festivalzinho, que apresentou animações de diferentes regiões do país, como Lazúli, Mundinho, Lá na Frente, Umassuma – Lascas de Memórias e Meninas de Asas. Logo depois, a Mostra Acessibilidade – Nacional e Infantil destacou produções que abordam inclusão e diversidade, entre elas Eu e o Boi, o Boi e Eu, Victor, O Enigma do Tempo, Rheum, Minha Cidade Ideal, ABC de Mãe e Quarentena

O festival também ampliou sua presença no ambiente digital. Às 15h, a Roda de Conversa Jean-Claude Bernardet reuniu pesquisadores e realizadores do audiovisual em um debate mediado por Mauro Luciano de Araújo, coordenador do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Sergipe (UFS), com participações de Tata Amaral, Mateus Araújo Silva, Fábio Rogério e Marcelo Ikeda, reforçando o caráter formativo e reflexivo do evento.

O público pode conferir a programação completa e detalhada nos perfis oficiais do festival no Instagram @avbrproducoes e @festivalcurtase, e no site www.curtase.com.br.

Curta-Se 24

A 24ª edição acontece de 3 a 9 de novembro de 2025, em Aracaju, com mostras competitivas de curtas e longas, vídeos de bolso, trailers, videoclipes e webséries, além de uma programação especial com apresentações artísticas, debates, mesas-redondas e rodas de conversa, reforçando a pluralidade e o caráter formativo do festival.

O Festival conta com patrocínio da Petrobras, Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet); apoio cultural do Cine Walmir Almeida, da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e do Governo do Estado de Sergipe, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), e do Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa; além do apoio institucional do Ibero Fest, Avanca Film Festival, VIII Congresso das Coalizões pela Diversidade Cultural e do Fórum dos Festivais.

Assessoria de Comunicação – AVBR Produções

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