Por meio da tecnologia, idosos aprendem a mexer em aplicativos que possibilitam conversar com amigos, dando autonomia para pedir ajuda em caso de violência.
A violência contra o idoso é um fenômeno mundial. Em tempos de pandemia, o idoso tem ficado mais vulnerável à violência, abuso e outros traumas devido ao isolamento social. Para conscientizar a população, desde o ano de 2006, a Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, juntamente com a Organização das Nações Unidas instituiu o dia 15 de junho como o Dia de Conscientização da Violência contra a pessoa idosa.
Pensando em oportunizar qualidade de vida e saúde mental a essa população, a Clínica de Psicologia da Universidade Tiradentes, desde março de 2021, iniciou o Projeto de Extensão ‘Conectados: Um bem para a Saúde Mental e Social’.
O intuito da iniciativa é promover a interação virtual dos idosos possibilitando melhora da saúde mental e social, contribuir com informações socioeducativas sobre aspectos facilitadores para inserção em redes sociais, diminuindo as barreiras de acesso a espaços virtuais, possibilitar a promoção da saúde mental e social, além de compartilhar conteúdos que favoreçam habilidades de como lidar com problemas psicossociais entre os pacientes idosos da Clínica de Psicologia e dos idosos assistidos pelo Programa de Assistência Integral à Melhor Idade – PAIMI – da Unit.
Proporcionar saúde mental adaptada e acessível para os idosos é o grande objetivo. “Passamos a trabalhar com os assistidos pelo PAIMI justamente para proporcionar saúde mental e, ao mesmo tempo, usar a psicoeducação para que tenham também autonomia para reconhecer determinados tipos de violência ou que tenham autonomia para pedir ajuda”, explica a coordenadora da Clínica de Psicologia da Unit, professora Jacqueline Caldeiras.
Assim, os estagiários da Clínica ensinam o uso de aplicativos para esses idosos, além de outras ferramentas para que tenham autonomia para conversar com alguém, já que desde fevereiro de 2020 os projetos presenciais foram suspensos.
“Pensamos neste grupo mais vulnerável diante dessa pandemia e ao mesmo tempo, o mais isolado. Tínhamos que usar a tecnologia para trazer essa presencialidade mesmo que de maneira remota, desenvolvendo algumas temáticas como saúde mental, socialização e educação tecnológica. Deu super certo e pretendemos continuar ao longo deste ano. Mesmo quando voltar ao nosso novo ‘possível novo normal’, eles terão essa autonomia também para se comunicar com a família e amigos”, destaca Caldeiras. “Eles fazem uso do celular, de e-mail, que deixam todos conectados a essa nova realidade e prevenindo essa questão da violência também. Esse projeto terá uma vida longa”, completa Jacqueline Caldeiras.
Fonte e foto assessoria