A advogada Raquel Tavares, candidata a deputada estadual pelo Partido Progressista (PP), esteve nos estúdios da Rádio Jornal FM em entrevista para Carlos Batalha. A luta pela conquista dos espaços de poder e a defesa de políticas públicas de enfrentamento a violência contra a mulher tiveram destaque na fala da progressista nesta última quinta-feira (8).
“Nós mulheres somos 52% do eleitorado no Brasil, ainda assim ocupamos apenas 15% das cadeiras legislativas. Aqui em Sergipe, a senadora Maria do Carmo foi uma precursora, mas ela ainda é uma exceção porque até hoje foi a única sergipana a ocupar assento no congresso nacional”, analisou Raquel Tavares.
Com um discurso que foge do lugar comum das falas feministas, Raquel procurou defender a paridade de gênero na política sob o argumento de que uma mulher entende melhor do que ninguém as reais necessidades de outra mulher e por isso necessita dessa representatividade nos espaços políticos. “Precisamos mudar estes paradigmas para que mulheres comecem a eleger outras mulheres porque muitas vezes esse preconceito surge de nós mesmas”, pontuou.
Estreante na política partidária, Raquel Tavares, trouxe para entrevista na Rádio Jornal um de seus principais motes de campanha, o panfleto Violentômetro. Trata-se de um material informativo que a candidata tem levado em suas agendas em feiras-livres e panfletagens que mostra uma escala com graus de violência permitindo a mulher identificar se está em uma relação abusiva que pode levá-la a ser vítima de feminicídio.
“Essa escala vai desde uma simples piada de caráter duvidoso, até escalas de ciúmes, proibições, humilhações, culminando em graus de mutilação e por último o crime de feminicídio”, alertou a advogada que também chamou a atenção dos ouvintes sobre dignidade menstrual. “É triste constatar que ainda hoje muitas mulheres sequer tem condições de comprar absorvente. É sobre essa garantia de dignidade que desejo lutar para e por elas na Assembleia Legislativa”, disse a candidata.
Fonte e foto assessoria