Aracaju, 25 de julho de 2025
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EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE SE COMPLETA 205 ANOS DE SUA EFETIVAÇÃO E REDE ESTADUAL EXALTA IMPORTÂNCIA DA DATA

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Na data que celebra a Emancipação Política de Sergipe, 8 de Julho, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) ressalta a importância do acontecimento para a rede estadual de ensino. Há exatos 205 anos, em 8 de julho de 1820, o rei do Brasil e de Portugal, Dom João VI, assinou, no Rio de Janeiro, a Carta Régia que autorizava Sergipe d’El Rey a ter seus próprios governantes, emancipando a província do estado da Bahia.

Na educação sergipana, a data é comemorada com muito orgulho, enaltecendo culturas e tradições que só Sergipe tem. No Colégio Estadual Sílvio Romero, localizado no município de Lagarto, a prática de ações que valorizam a cultura sergipana é sempre incentivada. Durante a última comemoração da Independência do Brasil, a escola pôde demonstrar sua admiração pela história do estado.

A diretora da unidade, Maria Tamires Ribeiro dos Santos, destaca que a data reforça a determinação do povo sergipano em busca do reconhecimento dos seus valores. “Celebramos nossa riqueza cultural, manifestações religiosas e expansão econômica, elementos que contribuem ainda mais para o desenvolvimento de uma identidade ainda mais forte. Em paralelo, vivenciamos grandes transformações no cenário da educação pública, com ações que reforçam a educação como política de estado, fazendo da escola pública protagonista do desenvolvimento educacional de Sergipe”, destaca.

Em Aracaju, a rede estadual de ensino conta com uma unidade escolar que carrega, não só o nome, mas, também, o orgulho de ser referenciado a uma data tão importante. Para o diretor do Centro de Excelência em Educação em Tempo Integral 8 de Julho, João Roberto Marques Cordeiro, a escola tem a honra de carregar uma das datas mais emblemáticas da história sergipana. “Mais do que uma simples referência histórica, essa data representa um marco de identidade, coragem e autodeterminação do povo sergipano. Nomear a escola com esse título é um ato simbólico e profundamente significativo. Significa reconhecer que a educação, assim como a independência, é uma ferramenta de libertação e transformação social”, ressalta.

Ainda segundo o diretor, o Centro de Excelência, ao homenagear essa importante conquista, reafirma seu papel como espaço de formação cidadã, onde cada estudante é incentivado a ser protagonista da própria jornada. “O nome que carregamos é um chamado constante à responsabilidade, à excelência e à construção de um Sergipe mais justo, consciente e autônomo”, expressa o gestor, em um ato de enaltecimento à história de Sergipe e seu papel na educação”, frisa.

Emancipação

A história de dependência teve início no ano de 1590, quando Cristóvão de Barros fundou a capitania de Sergipe d’El Rey. Desde o princípio, ela era submissa à capitania da Bahia, que, tendo a capital do Brasil em Salvador, tinha o direito de nomear governantes e controlar outras capitanias. Assim, a capitania sergipana dependia política e economicamente da baiana, já que possuía apenas um porto para pequenos navios e suas exportações escoassem pelo estado vizinho. Essa situação gerava insatisfação entre os sergipanos, que viam suas riquezas, especialmente o açúcar, beneficiando mais a capital baiana do que a própria região.

O primeiro grande marco veio em 1820, quando Dom João VI elevou Sergipe à condição de capitania independente, no dia 8 de julho. Contudo, essa autonomia durou pouco. O governo baiano retomou o controle político da capitania de Sergipe. Apesar disso, o anseio por emancipação persistiu. Lideranças sergipanas pressionaram o governo imperial, argumentando pela viabilidade econômica da província. Essa persistência culminou na Lei de 24 de outubro de 1824, assinada por Dom Pedro I, que reestabeleceu definitivamente a separação de Sergipe da Bahia, transformando-o em província independente, e validando de uma vez por todas o decreto assinado de 1820. Essa conquista permitiu a Sergipe gerir seus próprios recursos e trilhar seu caminho de desenvolvimento, consolidando sua identidade e abrindo caminho para a futura fundação de Aracaju como capital.

Foto: Ascom Seed

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