Na noite deste domingo, 8, o clima de São João tomou conta do bairro Bugio, no ultimo dia da edição descentralizada do Forró Caju 2025. Famílias inteiras aproveitaram cada instante da festa, que trouxe música e muita animação. A programação, que teve início na sexta-feira, 6, contou com apresentações no palco Josa, O Vaqueiro do Sertão, e seguiu reunindo diversas gerações em torno da tradição junina. O evento se consolida como um espaço de encontro entre passado e presente, onde avós, pais e filhos compartilham o mesmo ritmo do forró.
Entre os muitos que marcaram presença, estava o vendedor Geovane da Silva Barreto, de 32 anos, que levou a filha de 7 anos, Ketlily Geovana, para vivenciar o São João de perto. A família chegou ao local trajada com roupas típicas: xadrez e alegria no rosto. Para Geovane, momentos como esse são essenciais para manter viva a cultura nordestina. “Faço questão de trazer minha filha para esses momentos. Minha esposa também adora. A gente que é nordestino já cresce escutando forró, e vir assim, em família, é uma forma de entrar no clima da festa e passar isso adiante”, destacou.
A auxiliar de professora Melo Santos também aproveitou o domingo forrozeiro com os familiares. Ela relembra com carinho as festas juninas que frequentava na infância, incentivada pelos pais. Para ela, eventos como o Forró Caju são fundamentais para manter as tradições e criar novas memórias afetivas. “Essas festas nos aproximam, fazem a gente registrar momentos especiais. A descentralização do Forró Caju é muito importante, porque nem todo mundo pode ir até o Centro. Quando a festa chega aos bairros, dá mais oportunidade para todos aproveitarem”, destacou.
Quem também celebrou esse encontro de gerações foi o motorista Márcio Vieira dos Santos, que levou o filho Pedro Lourenzo. O pequeno, com brilho nos olhos, revelou o sonho de ser cantor, inspirado pelos artistas que se apresentavam no palco. Márcio acredita que eventos como o Forró Caju são uma ponte entre o que já foi vivido e o que ainda está por vir. “É uma festa que acolhe todas as gerações. As antigas relembram e as novas aprendem. Esse moleque aqui quer ser cantor, e estar num lugar assim, vendo tudo de perto, só alimenta esse sonho. É bom demais”, concluiu.
Texto e foto AAN