Sistema de videomonitoramento funciona em 100% das escolas
Promover um ambiente escolar saudável, seguro e acolhedor é uma das prioridades do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc). Todas as 319 unidades da rede estadual de ensino, distribuídas entre os 75 municípios, possuem um sistema de videomonitoramento, com câmeras que monitoram em tempo real, além de botão de pânico fixo e móvel interligado com o Núcleo de Segurança Escolar. Tudo isso resultou na redução do índice de deterioração do patrimônio público e inibiu outras intercorrências.
O sistema de videomonitoramento é composto por 3.800 câmeras distribuídas em 100% das unidades de ensino da rede pública estadual, que monitoram as escolas durante 24 horas em tempo real. Além disso, há cerca de 1.700 vigilantes efetivos e contratados e 722 vigilantes terceirizados, ou seja, um quadro completo de cobertura das escolas em três turnos.
Juntamente com os recursos humanos, softwares e tecnologia, as escolas têm um dispositivo de pânico silencioso. Toda vez que alguém adentra local não autorizado ou é sinalizada alguma intercorrência, é gerado um alerta com imagens do que causou a violação, e tanto a Polícia quanto o Núcleo de Segurança Escolar são avisados sobre a ocorrência.
“A partir de uma central instalada no Núcleo de Segurança Escolar, é possível acompanhar em tempo real o que acontece nas escolas, no entorno delas e em prédios administrativos da Seduc por meio de Sistema de Monitoramento Eletrônico por Vídeo. O monitoramento eletrônico implantado permite ligação direta entre as escolas e o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), que organiza e encaminha ações das Polícias Civil, Militar, Técnica e do Corpo de Bombeiros, caso necessário”, afirma o coordenador de Núcleo de Segurança Escolar, José Ferreira de Souza Júnior.
O monitoramento também acontece nos momentos em que a escola está fechada, por meio de agendamento prévio feito com o auxílio dos gestores escolares. Nesses horários pré-agendados, os locais estratégicos das escolas são monitorados, e qualquer detecção de movimento irá gerar o alerta. O Núcleo também faz rondas preventivas e ouve os gestores para entender a realidade de cada uma das escolas.
As ações do Núcleo de Segurança Escola caminham lado a lado ao Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase) da Seduc, proporcionando atividades integradas com as demais instituições de segurança do Estado, além dos municípios, a exemplo das guardas municipais.
Em 2023, foi criado um Grupo de Trabalho formado pela Seduc, Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) e da Divisão de Inteligência (Dipol), para fortalecer estratégias de prevenção de violência nas comunidades escolares. O GT segue firme ampliando o monitoramento e reforçando a proteção da comunidade escolar, diante do contexto de notícias falsas e possíveis atos de violência nas escolas do país.
As ações já adotadas em Sergipe terão continuidade, a exemplo do monitoramento das supostas ameaças, número de atendimento tridígito mais ágil para esses tipos de emergências, além de um protocolo único de segurança alinhado entre as secretarias estaduais, municipais e instituições de educação.
Os diretores de escolas são orientados sobre como proceder nos possíveis momentos de emergência para que a comunidade escolar saiba a quem recorrer dentro dos Sistemas de Garantias de Direito e de Segurança em casos de violência.
“Cuidar da segurança dos alunos e professores é uma constante na rede estadual. Além dos esforços na área de segurança, trabalhamos o aprimoramento de canais de comunicação das escolas no sentido de acolher a todos. Contamos com o programa Escola Mais Segura e realizamos ações efetivas com os diretores e equipes gestoras, técnicos das diretorias de educação e da Seduc, diante do desafio desse enfrentamento de modo a habilitá-los a lidarem com confrontos, analisar o contexto social em que estão imersos, permitindo a abertura de diálogo, acordos de convivência e intervenções pacíficas, tendo como pilar o cumprimento do que estabelecem os marcos legais que versam sobre a Cultura de Paz no ambiente escolar”, comenta a diretora do Dase/Seduc, Eliane Passos.
Conhecer os sinais
A Seduc Sergipe possui um Protocolo de Atenção à Violência Praticada ou Percebida na Escola, documento que informa os princípios da identificação dos casos de violência e enfrentamento, esclarecendo pontos como proteção, formação e intervenção, encaminhamento para a rede de apoio e proteção, além de orientações de como identificar riscos no ambiente escolar.
O Protocolo reforça o trabalho já realizado pela gestão estadual e foi criado para subsidiar as escolas sobre o cuidado que é preciso ter com os estudantes e equipes. São destacados sinais a serem observados, pressupostos legais, orientações sobre como, onde e a quem recorrer no ambiente escolar e fora dele. O Protocolo passou a ter uma grande importância nas escolas da rede pública estadual e apresentado às redes municipais, como ação extensiva no combate a toda e qualquer forma de violência nas escolas.
A Seduc segue atenta e vigilante, em diálogo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), e orienta a direção das unidades escolares que façam o Registro Policial de Ocorrência (RPO), a fim de que a autoridade policial realize as investigações.
Para que o trabalho de enfrentamento às violências seja efetivo, a Seduc conta com uma atuação em rede que possibilita a garantia dos direitos humanos e da promoção da justiça social e que olhares sistemáticos sigam firmes para que a comunidade escolar se sinta protegida. O Programa de Atenção Psicossocial nas Escolas Públicas – Acolher é um exemplo exitoso e tem agido efetivamente em rede, tornando as escolas mais seguras. Atualmente, conta com a presença de 60 psicólogos e 35 assistentes sociais, correspondendo ao total de 95 profissionais distribuídos nas dez diretorias regionais de educação.
Multiplicando conhecimento
Uma parceria entre a Seduc e a Superintendência da Polícia Federal em Sergipe (PF/SE) tem desenvolvido encontros formativos do programa #tamojunto 2.0. Trata-se de um programa institucional da Polícia Federal realizado por meio do Ministério da Saúde, adaptado do programa Unplugged, desenvolvido em sete países da Europa, o qual objetiva prevenir o uso de álcool, tabaco e outras drogas como ferramenta de enfrentamento às violências.
O Centro de Excelência José Carlos de Sousa foi uma das unidades escolhidas para receber os doze encontros com a Polícia Federal por já desenvolver a temática dentro da proposta do projeto Escola Segura. O objetivo foi formar alunos que multiplicarão as informações, cujas atividades trabalham as habilidades de vida, elucidação do papel das crenças normativas e os conhecimentos e a prevenção acerca do tabaco, do álcool e de outras drogas.
De acordo com a diretora do Centro de Excelência José Carlos de Souza, Maria Janaina Marques, o trabalho preventivo e educativo com alunos da faixa etária de 11 a 14 anos é muito importante, já que é uma fase na qual estão vulneráveis ao contato com o álcool e as drogas. “Nosso intuito é impedir que aconteça; e a educação sempre foi uma ferramenta importantíssima nesse processo. Apostamos muito nesse projeto, e ao receberem essa formação, as informações, as instruções, eles serão agentes multiplicadores em suas comunidades”, afirmou Janaína Marques.
A Divisão de Segurança Escolar da Seduc orienta que qualquer suspeita que possa gerar uma ocorrência seja informada imediatamente, para que os encaminhamentos sejam feitos.
Divisão de Segurança Escolar
Ronda 01 (24h)
(79) 99191-2412
Ronda 02 (24h)
(79) 99191-2413
Administrativo (07h As 18h)
3179-2679.
Fonte e foto Seduc