Eles vencem a multidão, o aperto e as chuvas para acompanhar os artistas do palco
O Arraiá do Povo também pode ser um espaço em que as barreiras entre os fãs e os ídolos tornam-se as menores possíveis. Chegar cedo, enfrentar chuva, multidão e o aperto são apenas alguns dos desafios enfrentados pelas pessoas que decidem acompanhar os shows colados no Palco Rogério.
No entanto, esses pequenos obstáculos são facilmente vencidos por aqueles que estão determinados a terem uma relação mais próxima com os seus cantores favoritos. Este é o caso do aracajuano Lucas Rodrigues, de 25 anos. O sergipano esteve em diversas oportunidades na grade de shows do Arraiá do Povo, incluindo a Terça do Arrocha de Pablo e Tayrone e o primeiro dia de shows, que contou com Calcinha Preta e João Gomes entre as atrações. “A sensação de estar na grade é a melhor possível. O que me motiva é sempre estar perto dos artistas que eu quero ver. Hoje, por exemplo, eu quero ver Bruno e Marrone, então eu não poderia estar lá no fundo, não poderia estar no meio, eu tenho que estar aqui e eu quero ver Bruno e Marrone para gravar, cantar e curtir o show”, afirmou Lucas.
O rapaz revelou que as interações que acontecem pelo pouca distância dos fãs com os artistas propiciam diversas experiências. “Aqui nós vemos de tudo. Os fãs mais eufóricos jogam coisas que não podem, mas jogam. Curto muito a interação com o cantor. Conseguimos um lugar legal, seja ele qual for, mas, para mim, é uma experiência do melhor nível”, complementou.
A paixão pelos artistas também é o motivo que move a cuidadora de crianças Bruna de Jesus, de 26 anos, a sempre estar na grade. “ A minha mãe sempre ouviu Bruno e Marrone. Hoje tenho que realizar o sonho de estar aqui e ver ele de perto. É a primeira vez. O coração está palpitando forte, acho que vou chorar”, evidenciou a jovem. Para ela, não há barreiras temporais, nem quantidade de pessoas que a impeçam de estar na grade. “É excepcional! Enfrentaria chuva, multidão de novo, para estar aqui na grade. Teve um ano que eu trouxe até o meu filho de cinco anos. Fiquei na grade com ele”, concluiu.
Além da paixão por um artista específico, a motivação para estar na grade pode ir além e abarcar a experiência que pode ser sentida com a proximidade de onde o show acontece. A sergipana Solange Alves, de 57 anos, esteve nas Terças do Arrocha, dias com maior aglomeração do evento, e relata que curtir próximo ao palco promoveu uma maior diversão para ela. “Eu gosto de estar próximo das culturas da terra. No dia da música de sofrência, do arrocha, eu vim para cá na grade para me divertir. Passaria por toda chuva de novo. Dançar e arrochar é bom demais”, relatou.
A grade é democrática e atrai sergipanos e turistas das mais variadas idades. A soteropolitana Luci Caetano, de 65 anos, veio com um grupo de amigos de longa data para curtir seu terceiro Arraiá do Povo. “É uma maravilha estar aqui na grade, próxima do cantor. Estamos maravilhadas. Eu vim de Salvador só para isso mesmo, para ficar bem próximo dos cantores.Teve uma vez que estava bem próximo da grade e a banda mandou um beijo para gente. Estávamos eu e minhas amigas. Foi lindo!”, disse Luci.
País do forró
Durante 60 dias, o clima junino tomará conta do estado, fortalecendo o turismo, a cultura popular e aquecendo a economia em vários setores envolvidos na realização dos eventos. A programação do Arraiá do Povo e Vila do Forró é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), Secretaria Especial da Comunicação (Secom), Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e Banese, com apoio da Energisa, Netiz e Shopping Jardins, e patrocínio da Eneva, Pisolar, Deso, Maratá, GBarbosa e Serviço Social do Comércio (Sesc).
ASN ; Foto: Arthuro Paganini