Aracaju, 4 de julho de 2025
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Forró Caju 2025 encerra programação com noite dedicada às raízes e inovação do forró

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O último dia do Palco Gerson Filho, neste domingo, 29, marcou com intensidade o encerramento da programação do Forró Caju 2025. Ao longo dos 12 dias de festa, o espaço reafirmou seu papel como guardião da tradição forrozeira, valorizando artistas que transitam entre o legado nordestino e a inovação musical. No encerramento, o destaque foi para o pianista sergipano João Ventura, que apresentou um espetáculo autoral, misturando com sofisticação elementos do erudito ao popular.

“Vamos trazer muitos compositores do forró, dessa riqueza incrível, como Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Gilberto Gil e tantos outros nordestinos bravos, que vão de xote, xaxado, baião e aquelas coisas todas. E sem deixar de colocar a minha marca também nas coisas, essa parada de misturar o erudito com o popular, essa tentativa quase sempre acertada de trazer o piano para um trio de forró também, no caso um quarteto. Mostrando que esse forró realmente é para todo mundo, que o piano não precisa estar apenas numa sala de concerto, pode dialogar com a sanfona, com a zabumba, com o triângulo, com o pandeiro. Acho que vai ser uma festa incrível. Estou muito feliz. É meu primeiro ano aqui como artista e estou com essa banda incrível: Andrezinho, Escurinho, Rodrigo e Paulo Girom. É uma felicidade sem tamanho poder estar nesse evento lindo”, declarou Ventura.

O secretário municipal da Cultura, Paulo Corrêa, também acompanhou as apresentações e destacou o papel do palco Gerson Filho na preservação e promoção da música nordestina durante o evento. Ele fez um balanço da programação e ressaltou os momentos marcantes do espaço. “Hoje tivemos uma noite com grandes atrações. Começamos com Robertinho dos 8 Baixos, filho de Clemilda, mantendo viva a tradição da sanfona de oito baixos. Depois veio a banda Gota Serena com João Alberto, e em seguida esse show belíssimo de João Ventura, um artista com carreira internacional. Ainda tivemos Marcos Paulo, filho do cantor Luiz Paulo, numa apresentação que mostra como o forró também se transmite de pai para filho. E encerramos com Anderson Garotinho. Foi uma programação pensada para fechar com chave de ouro”.

Corrêa lembrou ainda das surpresas ao longo do evento. “Desde a primeira noite, no dia 18, tivemos apresentações memoráveis. Juba, filho de Alceu Valença, João Lacerda e outros grandes forrozeiros passaram por aqui. A proposta foi manter o Gerson Filho como o palco da tradição, enquanto o Luiz Gonzaga abrigava uma programação mais diversificada. E conseguimos garantir, todas as noites, o espaço para quem faz o forró acontecer de verdade”, concluiu.

Foto: Ronald Almeida/SecomPMA

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