Várias trabalhadoras domésticas participaram dos debates sobre o combate à violência contra a mulher, além da palestra sobre direitos e deveres previdenciários da trabalhadora doméstica. A atividade aconteceu na manhã desta quinta-feira, dia 27 de abril, Dia da Trabalhadora Doméstica, na sede do sindicato, localizado na Rua Propriá, no Centro de Aracaju.
O Sindoméstico/Se é filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) e a manhã de palestras foi construída também pela dirigente sindical Quitéria Santos, dirigente da CUT, do Sindoméstico/Se e da Fenatrad (Federação Nacional da Trabalhadora Doméstica).
Segundo Quitéria Santos, há estimativa de que existem muitas trabalhadoras domésticas em Sergipe. Só as registradas na Casa das Domésticas já são mais de 15 mil trabalhadoras.
“Não existe essa história de dizer que a trabalhadora doméstica ‘é quase da família’. Na herança vai ficar algum bem para a trabalhadora doméstica? É claro que não. Então ela é uma trabalhadora que quer seus direitos, seu valor e o respeito. Chega de dizer que ela ‘é quase da família’ porque a gente sabe que na verdade essa pessoa não é da família e nem é tratada como uma pessoa da família de verdade”, afirmou Quitéria Santos.
A presidenta do Sindoméstico/Se, Maria Aparecida, explicou que o diálogo com a trabalhadora e com a sociedade é muito importante neste dia.
“Hoje é o Dia da Trabalhadora Doméstica, quero parabenizar todas as trabalhadoras domésticas. O sindicato está aqui para apoiar a trabalhadora doméstica. Então a gente quer que a trabalhadora doméstica venha mais para o sindicato para se filiar, fortalecer a nossa luta e conhecer os seus direitos”, declarou Maria Aparecida.
Lourdinha, voluntária e ex-presidenta da Casa da Doméstica, destacou a importância das redes sociais para ajudar a divulgar a Casa. Ela relatou que atualmente há muitas trabalhadoras procurando emprego, mas poucos patrões procurando a Casa.
A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe participou da atividade divulgando informações sobre a violência contra a mulher. Segundo dados divulgados pela Procuradoria, a cada 1 minuto 35 mulheres sofrem violência. Além de explicar as formas de violência e o ciclo da violência contra a mulher, a Procuradoria divulgou os telefones para pedir ajuda: Zap delas (79) 98122-0901, Disque 180 ou Disque 181.
Foto assessoria
Por Iracema Corso