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Pet-terapia: como a relação com os pets tem ajudado no tratamento da saúde

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Cada vez mais, profissionais e instituições de saúde têm adotado a interação entre humanos e animais como uma estratégia eficaz para aprimorar tratamentos e promover o cuidado com a saúde mental. Essa tendência é confirmada por estudos da International Association of Human–Animal Interaction Organizations (IAHAIO), apresentados no White Paper (2015) e divulgados no Brasil pelo Instituto Nacional de Ações e Terapia Assistida por Animais (INATAA).

O estudo, de abordagem interdisciplinar, apresenta resultados que evidenciam os benefícios dessa prática na saúde dos pacientes, ao investir na “interconexão entre pessoas, animais, plantas e seu ambiente compartilhado”.

A relação entre humanos e animais tem se mostrado uma importante fonte de conforto para pacientes de diferentes idades e pode ser um fator decisivo no processo de recuperação. Essa prática já é amplamente utilizada em diversos países, como aponta o artigo “Terapia Assistida por Animais: uma análise cienciométrica”, publicado pela PUC Goiás. O levantamento identificou cerca de 800 pesquisas desenvolvidas no mundo com esse foco. As produções reforçam os benefícios da interação, conforme destaca um trecho do estudo: “A partir desse estudo, pôde-se observar que a Terapia Assistida por Animais é um recurso terapêutico muito importante, que utiliza a relação humano-animal com o objetivo de promover a saúde física, social, emocional e a melhora das funções cognitivas das pessoas.”

A psicóloga do Hapvida, Mayrla Pinheiro, reforça que o vínculo entre pacientes e seus animais de estimação pode contribuir significativamente para a melhora da saúde e do bem-estar geral. Segundo ela, essa contribuição se manifesta de várias formas, principalmente por meio do suporte emocional e do estímulo à atividade física e à rotina.

Entre os principais benefícios observados, a especialista destaca:

Redução do estresse: a interação com os pets comprovadamente diminui os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e aumenta a liberação de ocitocina, promovendo relaxamento.

Combate à solidão: os animais oferecem companhia constante, essencial para pessoas que se sentem isoladas ou têm dificuldades de socialização.

Estímulo à responsabilidade e à rotina: cuidar de um animal impõe uma rotina diária de alimentação e passeios, o que é terapêutico para quem enfrenta a desorganização causada por transtornos mentais.

Mayrla, que já introduziu pets em processos terapêuticos, especialmente em casos de ansiedade e reabilitação psicossocial, relata benefícios imediatos:

Quebra de barreiras: o pet atua como facilitador, tornando o paciente mais aberto e menos defensivo durante a sessão.

Aumento da autoestima: o paciente se sente capaz e necessário ao cuidar do animal.

Melhora na comunicação não verbal: observar a interação do paciente com o pet oferece insights valiosos sobre seus padrões de apego e cuidado.

“Em casos de depressão e outras comorbidades psicológicas, a importância da presença de pets é inegável”, afirma a psicóloga. “Eles oferecem um amor incondicional e uma aceitação sem julgamentos, o que é um poderoso antídoto contra a autocrítica severa, comum na depressão. A simples presença de um ser vivo que depende de você pode restaurar o senso de propósito e a vontade de seguir em frente.”

Texto e foto assessoria

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