Aracaju, 7 de maio de 2024
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Recursos próprios transformam a saúde no município de São Cristóvão

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A gestão do prefeito Marcos Santana em São Cristóvão investe cada vez mais em saúde. Em 2017, o valor investido em saúde, por pessoa, foi de R$ 190,54 (incluindo recursos federais e municipais). Em 2018 esse repasse foi ampliado para R$ 271,73, incluindo contrapartida municipal e federal. Ressalta-se ainda que nos últimos dois anos, São Cristóvão vem aumentando os investimentos oriundos de recursos próprios na mudança de toda a Rede Municipal de Saúde. Em comparação com 2016, último ano da gestão anterior, esse valor aumentou consideravelmente. Em 2016 foi investida a quantia de R$ 8.232.437,54 para a saúde da população. Já em 2017 esse valor aumentou para R$ 9.908.619,85. Em 2018, com o orçamento programado pela atual gestão municipal, o valor foi de R$ 14.680.015,28, o que significa um aumento de 48,2% na aplicação de recursos próprios na saúde se comparado com 2016.

O prefeito Marcos Santana explicou como vem acontecendo o investimento na Rede Municipal de Saúde, driblando a crise que assola os municípios sergipanos, e reorganizando o atendimento aos moradores. “Atualmente, os municípios que apresentam maior investimento em saúde (per capita) são aqueles com um número de habitantes com no máximo cinco mil pessoas ou ainda recebem royalties por causa do petróleo. Então é preciso ressaltar que em Sergipe, o município de São Cristóvão está em último lugar em arrecadação per capita. Em 2017, nossa cidade teve uma receita de 118 milhões de reais, o que daria uma per capita de R$ 1.334 por habitante (a menor do estado). Se o investimento em saúde é consequência daquilo que recebemos é obvio que estaremos abaixo se compararmos com outros municípios, a não ser que aconteça uma mudança no perfil da arrecadação do município ou tirássemos investimentos de outras áreas. Não existe maneira alguma, num curto prazo, de São Cristóvão sendo a última receita per capita de Sergipe investir mais do que pode em saúde ou em qualquer outra área. Porém isto não significa que esqueçamos a importância da saúde municipal, muito pelo contrário, estamos administrando de forma coerente os recursos federais recebidos e, principalmente, direcionando nossos recursos próprios para que possamos amenizar os tantos problemas encontrados na Rede Municipal de Saúde ao longo dos últimos anos”, explicou Marcos Santana.

O prefeito frisou ainda que o orçamento da saúde em 2017, que foi num total de R$ 16.963.749,53 (R$ 7.055.129,68 de recursos federais e R$ 9.908.619,85 recursos próprios) fazia parte do orçamento desenvolvido no último ano da gestão anterior, mas que ainda assim a saúde do povo sancristovense ganhou um olhar especial para sanar antigos problemas administrativos.

“Passamos 2017 trabalhando com recursos que a gestão anterior destinou para administrarmos a cidade. Não tínhamos como mudar nada neste quesito, a não ser a nossa forma de gerir os recursos. É preciso pensar que de 2016 para 2017 aconteceu uma baixa no total de recursos federais investidos na saúde da nossa cidade, mas que isto não reflete na nossa gestão, pois esses recursos já tinham sido deixados pra nós gerirmos. Ainda assim aplicamos 20,4% de recursos próprios naquele ano, para amenizarmos a problemática encontrada. O que reforça realmente a nossa responsabilidade, enquanto gestão, são os números de 2018, onde a evolução de investimentos total em saúde foi de 48,2%. A Rede Municipal de Saúde recebeu em 2018 R$ 24.191.913,56, sendo destes R$ R$ 14.680.015,28 oriundos de recursos próprios e apenas R$ 9.511.898,28 federais, o que demonstra o nosso compromisso com a população”, frisou o Marcos Santana, que pontuou ainda que o “orçamento da saúde é composto pelos entes federados (estado, município e governo federal), não podendo ser analisado em hipótese alguma sob apenas uma ótica”, acrescentou.

A previsão é que em 2019, o prefeito Marcos Santana direcione 15. 956.060,08 de recursos próprios para a saúde de São Cristóvão (sem levar em consideração o repasse federal que está estimado em apenas R$ 9.449.940,70). A secretária municipal de saúde, Fernanda Santana pontuou que é preciso enaltecer as mudanças que toda a Rede Municipal de Saúde passou nos últimos 24 meses. “Falando em recursos próprios, os investimentos na saúde saltaram de R$ 8.232.437,54 para R$ 14.680.015,28. Estamos mudando a cara da saúde em nossa cidade com trabalho diário e efetivo, para que cada sancristovense tenha um sistema municipal de saúde de qualidade. Nosso trabalho vem embasado em proporcionar melhores condições de vida à população”, disse Fernanda Santana, que assumiu a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no segundo semestre de 2018, e desde então já realizou diversas transformações, garantindo aos sancristovenses uma assistência à saúde com maior qualidade.

216 mil atendimentos em 2018

Com uma rede composta por uma Central de Gestão em Saúde; dois Centros de Atenção Psicossocial – CAPS I e II; 14 unidades de saúde; três pontos atendimento; um centro de CEFISIO; seis especialidades médicas; um pronto atendimento; uma especialidade de CEO; um Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia; dois Serviços Móveis de Urgência e Emergência. Em 2018 foram realizados, aproximadamente  216.000 atendimentos, incluindo o atendimento básico, Saúde da Família, Vigilância Epidemiológica, vacinação, Vigilância Sanitária e farmácia.

De acordo Fernanda Santana, a realidade da saúde sancristovense passou por mudanças significativas, principalmente a partir do terceiro quadrimestre de 2018. “Desde que assumimos a Secretaria Municipal de Saúde já tivemos a ampliação dos serviços, o credenciamento de profissionais de saúde e a consolidação da rede de serviço psicossocial que hoje vive outro contexto”, explicou.

Com o objetivo de ampliar o número de profissionais de saúde, a Prefeitura de São Cristóvão, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), lançou em 2018, o credenciamento de pessoas físicas e jurídicas para prestação de serviços médicos e de outras áreas de saúde, como: psiquiatra, neuropediatra, cirurgião-geral, clínica-geral, ortopedista, gineco-obstetra, pediatra, geriatra, endocrinologista, cirurgião-dentista, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, técnico de enfermagem, auxiliar de saúde bucal, incluindo feristas de todas essas categorias profissionais, para atendimento aos usuários do SUS em estabelecimentos de saúde pertencentes à Rede de Atenção à Saúde no Município de São Cristóvão.

“Conseguimos recompor as equipes de saúde da família, e hoje as 24 equipes estão completas, com médicos, ginecologista, geriatra, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogo, fisioterapeutas, assistentes sociais, psiquiatra e técnicos de enfermagem, um total de 61 profissionais, o que significa um aumento significativo nos serviços oferecidos à população”, explicou Fernanda Santana.

Seguindo a curva ascendente de transformação, no ano passado, o município de São Cristóvão foi contemplado com programa federal “Agenda Mais Acesso, Cuidado, Informação e Respeito à Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde (MS)”, cujo objetivo é organizar os processos de planejamento, execução e avaliação das ações que visam o bem-estar das mulheres na Atenção Básica, considerando a mulher desde a infância até a fase da terceira idade, além de organizar ações de educação em saúde para adolescentes junto ao programa Saúde na Escola. “Todas essas conquistas foram muito significativas. São esses passos que trazem a consolidação da nossa política de saúde, com resultados que são revertidos para a comunidade. Estamos muito felizes por tudo conseguido para os cidadãos da Cidade Mãe. Vamos trabalhar para que nossos moradores tenham sempre mais assistência pública no campo da saúde e melhor qualidade de vida”, enfatizou.

Reestruturação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs)

Formado por psiquiatra, psicólogos, oficineiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e educadores físicos entre outros profissionais que auxiliam o acompanhamento dos usuários, os dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs) de São Cristóvão passaram a atender os usuários em sua totalidade. O CAPS João Bebe Água, no Rosa Maria, Grande Rosa Elze, foi reaberto com equipe multiprofissional. Mais uma conquista da Secretaria de Saúde de São Cristóvão para a população. “Em setembro de 2018 conseguimos reerguer o CAPS do Grande Rosa Elze, o que para nós foi motivo de muita alegria, pois fizemos ressurgir um equipamento que foi instalado em 2005 mas que ao longo dos anos foi esquecido. Mais que um slogan de campanha, ‘Tempo Novo’, esse tipo de trabalho demonstra que estamos num momento de atitudes novas em prol do povo sancristovense. Compreendemos o significado de um equipamento de atenção psicossocial. Pensamos em um ambiente onde os usuários poderão circular e criar vínculos com o espaço físico. Temos um público referenciado de 60 usuários, a ideia é que esse número se amplie já que hoje temos uma estrutura adequada de atendimento”, enfatizou Fernanda Santana.

Já os usuários do CAPS Valter Correia ganharam um local readequado, com tudo o que eles precisam no tocante ao atendimento. “Dentro da estrutura precária que encontramos modificamos a realidade tanto dos usuários quanto dos trabalhadores daquele local. Nossa primeira intenção foi mudar a parte física, sendo os espaços melhores aproveitados por todos. Assim, conseguimos promover um espaço de saúde levando em consideração o ser humano e, principalmente, nutrindo estes espaços com os profissionais necessários a um atendimento qualificado, conforme o estabelecido pela política de saúde mental”, disse Fernanda.

Saúde na Escola

Os profissionais de saúde por meio do Programa Saúde na Escola (PSE) também foram até as escolas e creches municipais garantindo o atendimento e imunização das crianças. Segundo a enfermeira Duane Carvalho, coordenadora municipal do programa, a vacinação nas escolas e creches efetivou uma política de saúde preventiva. “Sempre que realizamos as campanhas aproveitamos para atualizar os cartões de vacinação. É uma forma de agirmos preventivamente e alcançarmos o maior número possível de crianças imunizadas no nosso município”, esclareceu.

O PSE acontece numa parceria constante entre a SMS e a Secretaria Municipal de Educação. “O PSE é feito dentro dos espaços escolares, sendo executado pelas equipes de saúde, mas em total consonância com os gestores, professores e equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação. É justamente a partir deste contato que traçamos metas para os próximos meses, conseguimos chegar até aquelas crianças e adolescentes que realmente precisam de nosso auxílio”, explicou a secretária, Fernanda Santana.

Tenda Dona Lúcia

Para prevenir doenças e promover a saúde dos sancristovenses, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) criou o projeto “Tenda Dona Lúcia”, que trata-se de uma ação intersetorial, de construção coletiva, que trabalha a cada mês um tema específico, voltado para as agendas de saúde do período, dialogando também com as demandas repassadas pelas comunidades. “Queremos humanizar a assistência, trabalhar com os princípios do acolhimento, trazer a comunidade para a unidade. Nosso objetivo é chegar às regiões mais distantes trabalhando com o princípio de educação e saúde, fortalecendo essa construção com a comunidade. Temos palestras, testes rápidos, atendimento médico e exame clínico de mama”, destacou a coordenadora saúde da mulher, Iamara Lemos.

Parceria UFS

A Secretária Municipal de Saúde em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi selecionada para o Programa de Educação Pelo Trabalho Para a Saúde (PET- Saúde), que contempla projetos que se propõem a desenvolver a qualificação dos processos de integração ensino-serviço-comunidade, de forma articulada, entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e as instituições de ensino. “Varias universidade do país fizeram a adesão e só 120 projetos foram selecionadas e nós estamos dentro deste grupo seleto. Esse ano, logo que assumimos a pasta, entramos em contato com a UFS e demonstramos o nosso interesse, pois reconhecemos a importância da universidade nos espaços de serviço. Embora seja um programa de educação para o trabalho e isso implica diretamente o trabalhador, a resposta deste programa se dá na oferta de serviço”, disse Fernanda Santana.

Academia da Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde de São Cristóvão enviou para o Ministério da Saúde duas propostas de adesão aos Polos de Academia da Saúde e ambas foram aprovadas. O programa Academia da Saúde foi lançado nacionalmente em 2011 e é uma estratégia de promoção da saúde e produção do cuidado. “Esses polos são dotados de infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados. Como ponto de atenção no território, complementam o cuidado integral e fortalece as ações de promoção da saúde em articulação com outros programas e ações de saúde como a Estratégia Saúde da Família, os Núcleos Ampliados de Saúde da Família e a Vigilância em Saúde”, disse o prefeito Marcos Santana.

Foto Márcio Garcez e Heitor Xavier

Da assessoria

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