Aracaju, 1 de maio de 2025
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Trabalho estratégico do Confea no CNE leva governo a extinguir cursos 100% EAD em Engenharia

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Em um marco histórico para a educação superior brasileira, o governo federal anunciou a extinção dos cursos de Engenharia ofertados integralmente na modalidade à distância, decisão que será formalizada por meio de decreto presidencial nos próximos dias. Essa conquista é fruto de uma atuação articulada e estratégica do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) no âmbito do Conselho Nacional de Educação (CNE) e em outras esferas do Ministério da Educação.

A participação ativa do Confea iniciou-se no ano passado, quando a entidade passou a integrar formalmente o Grupo de trabalho do CNE, responsável pela formulação e avaliação das políticas nacionais de educação. “A presença do  Confea foi crucial para inserir na pauta nacional a discussão sobre os impactos do ensino exclusivamente remoto na formação de engenheiros, agrônomos e geocientistas”, afirma o presidente do Crea-SE, engenheiro Dilson Luiz ao frisar que o  reconhecimento do Confea como interlocutor técnico qualificado e representativo do setor produtivo e da sociedade civil foi determinante no processo de revisão das diretrizes educacionais.

De acordo com o presidente Dilson Luiz, o posicionamento do Confea não se limitou a argumentos teóricos. A entidade apresentou evidências robustas que demonstraram as fragilidades dos cursos de Engenharia ofertados exclusivamente na modalidade a distância. Destacou-se, entre outros indicadores, o desempenho insatisfatório no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), no qual apenas 1% dos cursos EAD de Engenharia alcançaram a nota máxima. Tal desempenho evidenciou a limitação do modelo remoto para atender às exigências práticas e teóricas inerentes à formação de qualidade em Engenharia.

“Com embasamento em dados concretos, estudos técnicos e em consonância com as demandas do mercado de trabalho, o Confea defendeu, no âmbito do CNE, a necessidade de assegurar uma carga substancial de atividades presenciais como condição essencial para a formação adequada dos futuros profissionais”, afirma Dilson Luiz que parabenizou todos os envolvidos para op resultado dessa decisão.

Texto e foto assessoria

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