Aracaju, 20 de junho de 2025
Search

Vila do Forró impulsiona economia criativa e gera renda para ambulantes e artistas sergipanos

slide_de8565c060fa1f0561f803a2d16aec9e

A geração de renda para artistas, artesãos e pequenos empreendedores é uma das principais marcas da Vila do Forró, promovida pelo Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap). Durante os meses de junho e julho, o espaço se transforma em um importante motor da economia criativa local, movimentando negócios e criando oportunidades concretas de trabalho. Artesãos, músicos, ambulantes e diversos profissionais encontram na programação uma vitrine para seus talentos e produtos, garantindo visibilidade e impacto direto na renda familiar.

Em 2025, uma das novidades que reforçam esse impacto positivo é a presença de um espaço dedicado exclusivamente à exposição e comercialização de peças produzidas por artesãos em diferentes regiões de Sergipe. A iniciativa, que já esteve presente em outras ações culturais promovidas pelo Estado, como a Vila do Natal e a Vila da Páscoa, ganha ainda mais força durante os festejos juninos. São produtos que valorizam as técnicas tradicionais e carregam a identidade cultural sergipana em cada detalhe, incluindo peças de roupa, cerâmica, crochê e outros materiais típicos.

A artesã Driely Ribeiro, do município de Barra dos Coqueiros, é uma das participantes da área dedicada à Economia Solidária e ao Artesanato Sergipano na Vila do Forró. Ela comemora a ampliação do espaço, que nesta edição ganhou nova estrutura. Trabalhando com pintura livre, Driely destacou que a mudança trouxe benefícios tanto para os artesãos, quanto para os turistas, que visitam o local em busca de produtos que representam a cultura sergipana.

“Estou amando esse novo espaço, ficou muito mais amplo e acessível. Tanto para nós, que vivemos do artesanato, quanto para os visitantes, que agora têm mais conforto para circular e conhecer nosso trabalho. Sem dúvida, é uma oportunidade que faz diferença na nossa renda e na valorização”, ressaltou.

Já a aracajuana Célia Maria participa do evento vendendo vestidos de quadrilha confeccionados pela tia e decorados por ela mesma. O trabalho é fruto de uma tradição familiar e uma importante fonte de renda para todos os envolvidos. “Eu sou apaixonada pelo São João e estar aqui é uma alegria dupla: poder celebrar essa festa tão linda e garantir um dinheiro extra. O evento é muito bem organizado, o movimento é ótimo, e isso ajuda bastante a gente que depende disso para complementar a renda”, contou.

Arte e comércio em destaque

Além do artesanato, a programação cultural da Vila também movimenta o setor musical e artístico. Os shows no Barracão da Sergipe contam com dezenas de músicos locais, que veem no evento uma oportunidade de ampliar o público e gerar renda com as apresentações. O Coreto, por sua vez, é o espaço dedicado aos grupos de forró pé de serra, fortalecendo a tradição e ampliando o alcance das ações de economia criativa.

O músico Nailson Fonseca, integrante do grupo Fonseca Sintonia, participou pela terceira vez da programação da Vila do Forró nesta sexta-feira, 19. A apresentação no Coreto animou o público, que não resistiu ao forró arrasta-pé e fez questão de ocupar a pista de dança. Para o artista, estar no evento representa mais do que a valorização da cultura local: é também uma forma de garantir o sustento por meio da música.

“Tocar aqui no País do Forró é sempre uma grande oportunidade para os artistas da terra mostrarem seu trabalho e levarem renda para casa. A gente vive da música, e espaços como esse são fundamentais para valorizar os talentos sergipanos e abrir novas portas. O público corresponde, dança, participa, e isso nos motiva ainda mais”, destacou.

Outro público diretamente beneficiado é o de feirantes e ambulantes. A estrutura montada ao longo da Orla da Atalaia garante espaço para a comercialização de comidas típicas e outros produtos, gerando movimento extra durante os dias de evento. Para muitos trabalhadores, a Vila do Forró representa um período de incremento nas vendas e um importante reforço na renda familiar.

João Batista trabalha há mais de 30 anos como ambulante na Orla da Atalaia, vendendo chapéus artesanais. Em 2025, ao lado da esposa, Marinalva da Conceição, encontrou na Vila do Forró uma oportunidade de reforçar a renda da família. Para o comerciante, o espaço é uma chance de garantir o sustento em um período de grande movimento. “É o meio de sobrevivência de muitos pais de família que estão aqui, lutando pelo sustento. Todo espaço como esse é importante para quem vive do comércio de rua”, afirmou.

Aos 18 anos, Crislei Cassiane já carrega no sangue a tradição do comércio ambulante. Filha de uma família de vendedores da Orla da Atalaia, ela montou uma barraca de venda de fogos de artifício voltados para o público infantil na Vila do Forró. Para a jovem, a experiência tem sido uma oportunidade de aprendizado e de olhar para o futuro com mais otimismo: “O movimento está muito bom, as vendas estão ótimas e isso me anima a continuar. Meu sonho é ter minha própria loja no futuro, e participar da Vila do Forró está me ajudando a dar os primeiros passos para isso”.

País do Forró

O Arraiá do Povo e a Vila do Forró são uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e do Banese, em parceria com o Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. O projeto conta com o apoio da Energisa, Aperipê TV, Netiz, TV Atalaia, Prefeitura de Aracaju, FM Sergipe e TV Sergipe; e com o patrocínio da Eneva, Iguá Saneamento, Maratá, GBarbosa, Sergas, Deso, Pisolar, Celi Engenharia, Rede Primavera Saúde, SEGV e Indra.

Foto: Erick O’Hara

Leia também