O Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda é espaço de encontros, trocas e vivências em favor da cultura e dos artistas sergipanos, contemplando as mais variadas formas de expressar arte. Nessa quinta, dia 15, a música foi a razão para mais um encontro entre gerações, estilos e talentos. No auditório do Museu, o baterista João Barone, integrante da Banda ‘Os Paralamas do Sucesso’ e um dos músicos mais influentes do Brasil, conduziu um workshop com a presença de bateristas, outros músicos e fãs de Sergipe, além de alunos da Orquestra Jovem.
A iniciativa, idealizada pelos bateristas Anndré Moysés e Kelvin Cruz, foi abraçada pelo Instituto Banese e teve como objetivo proporcionar informação e conhecimento que contribuíssem com a formação musical e que inspirassem os profissionais locais. “Promover encontros como esse é uma característica marcante do Instituto Banese, através do Museu da Gente Sergipana. Acreditamos que oportunidades assim geram muitos ganhos ao estabelecer contatos, criar pontes, provocar novas descobertas e estímulos. Além do conhecimento técnico transmitido na oficina, a própria história do Barone já serviu de inspiração, impulsionando quem se fez presente”, destaca o diretor-superintendente Ezio Déda.
Ao longo da conversa com a plateia, João Barone apresentou temas, linguagens e tendências que influenciaram sua carreira, mas especialmente, incentivou os presentes a buscarem o próprio som, sem medo de experimentar, até chegar ao que considerem a batida perfeita, assim como acontece com ele. “Acho que o importante é você não ter medo de experimentar e buscar uma sonoridade que lhe agrada. Ir atrás desse som traz muitas vivências. Buscar o som é uma caminhada bastante interessante”, afirma Barone.
O baterista também expressou suas impressões sobre estar no Museu e contribuir com essa iniciativa. “Estar aqui nesse lugar que é um verdadeiro farol de cultura é um privilégio. Essa possibilidade de interagir com um auditório cheio me faz aprender muito também. Vocês estão de parabéns por esse museu que promove cultura em todos os seus aspectos. E eu fico muito feliz e agradecido por ter sido convidado para passar um pouco da minha experiência em um ambiente de astral altíssimo. A presença dos alunos da Orquestra Jovem foi muito especial e um desafio maravilhoso por tentar passar a informação de modo a contemplá-los. Parabéns mais uma vez porque é de cultura e de arte que a gente precisa”, completa Barone.
Público
Na plateia, dos mais experientes aos iniciantes, todos estavam muito entusiasmados com o encontro. O baterista, professor e maestro James Bertisch considera a iniciativa louvável. “Essa inciativa é muito importante e louvável. O Kelvin, o Anndré e o Instituto Banese possibilitaram um momento marcante porque o João é indubitavelmente um ícone da música não apenas para os bateristas. E trazer isso para as crianças da Orquestra Jovem é algo indescritível. Me senti muito feliz em poder participar”, conta.
Já a Blenda Elissa, de 11 anos, iniciante na bateria, mas com talento já identificado pelos seus professores, veio conhecer mais o baterista e suas referências. “Eu vim para conhecer mais esse baterista e saber da história dele na bateria porque isso é um incentivo muito grande pra mim”. A mãe de Blenda, Tânia Mara Azevedo, diz porque levou a filha ao workshop. “Quando soube que o baterista de uma banda que é tão importante desde a minha geração até os dias de hoje estaria aqui imediatamente vi uma grande oportunidade da minha filha ter essa experiência. Chegamos cedo para garantir a vaga e aproveitamos o som e todas as informações que ele transmitiu”, conclui.
Foto assessoria
Por Tarcila Olanda