Diógenes Brayner – diogenesbrayner@gmail.com
A base aliada está precisando conversar… E muito. Nada ainda que assuste, mas dá sinais de que há necessidade de um diálogo amplo e que demonstre coesão. Há muitos comentários de que o ritmo perdeu o tom e provoca dissonância que passa a incomodar lideranças importantes do bloco, já deixando claro alguns inconformismos internos e tendência ao total desentendimento, sem retorno, embora todos se mantenham vinculados ao governador Belivaldo Chagas (PSD), que segura a unidade entre suas decisões. O momento é de buscar calma e convocar consciência, para que se mantenha a absoluta coesão.
Os sinais de insatisfação já chegam a todas as regiões e já se percebe pequenos setores da oposição expondo maior otimismo para o pleito de 2022, mesmo que a base aliada ainda não tenha perdido os sinais de unidade. O governador Belivaldo Chagas ainda não mostra preocupação intensa, e tudo está sob seu controle. Certamente vai convocar todos os pré-candidatos a uma conversa – de preferência juntos – não apenas para quebrar qualquer tipo de aresta, mas para expor consequências em caso de um frágil mal estar, que pode se ampliar a um rompimento.
O deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) não está nada satisfeito com a movimentação que o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) faz em direção a uma provável candidatura a governador, através da escolha pela maioria das lideranças da base, que pode sugerir o seu nome para disputar a sucessão estadual. Edvaldo tem como mote o trabalho que realiza a frente da Prefeitura de Aracaju e, desde a sua presença à ordem de serviço para a rodovia Pirambu/Japaratuba, onde teve o primeiro contato com lideranças do interior, que demonstra, sem qualquer subterfúgio, que pretende colocar o seu nome para avaliação do bloco, com objetivo de ser escolhido ou não o candidato ao Governo.
A insatisfação de Mitidieri tem um motivo que vem das eleições de 2020, quando Edvaldo foi reeleito. O deputado indicaria o nome do vice-prefeito, que seria Jorginho Araújo (PSD), mas não conseguiu. O próprio Edvaldo sugeriu que a vice fosse à delegada Catarina Feitoza, uma indicação do ex-governador Jackson Barreto (MDB), e foi atendido. Edvaldo convenceu a Mitidieri que não seria candidato a governador em 2022, porque pretendia concluir o seu projeto para Aracaju. Foi além: prometeu apoiar e trabalhar pra que o deputado fosse o nome do bloco à sucessão de Belivaldo.
Não está sendo visto assim e, apesar do compromisso de todos os pré-candidatos apoiarem sem problema aqueles que tivesse a maioria da base, o deputado Fábio Mitidieri chegou a confidenciar para aliados que se fosse Edvaldo ele não apoiaria e poderia até romper. Diante desse clima ainda ameno mas que pode se tornar tenso, é que toda a cúpula da base aliada deve entrar em diálogo, sob o comando de Belivaldo Chagas, para evitar o pior nas eleições de 2022. É necessário que todos entendam a necessidade de chegarem juntos na decisão final, sob o risco de problemas mais graves.
Base aliada cinco nomes
O governador Belivaldo Chagas (PSD) disse, em entrevista, que na base aliada tem os nomes de Rogério Carvalho (PT), Laércio Oliveira (PP), Ulisses Andrade, Edvaldo Nogueira (PTB) e Fábio Mitidieri.
*** Lembrou que desses cinco nomes “é fato que lá atrás eu ouvi de Edvaldo que: ‘não tenho interesse nenhum na eleição de 2022’. Mas se ele já mostra interesse em se lançar é porque o mundo gira”.
Não aceita pecha de traidor
O governador admite que o PT esteja querendo, “mais uma vez, se sobrepor aos demais nomes do agrupamento ao tentar impor a candidatura majoritária ao Governo, sem uma ampla discussão”.
*** Sobre isso o governador Belivaldo foi taxativo: “Não aceito a pecha de traidor”.
Pouco de esperança
O anuncio de afastamento do secretário da Agricultura, André Bomfim, atingiu setores do PT que via possibilidade de reaproximação com a base aliada e até esperar pelo anuncio do candidato a governador em 2022 por Belivaldo Chagas.
*** O presidente regional do PT, João Daniel, chegou a dizer, segunda-feira, que ainda tinha esperança de que André continuasse na Agricultura.
*** Ontem caiu na real: Belivaldo anunciou a troca de André por Zeca na Agricultura, como já estava previsto.
Rogério decidido
A maioria dos políticos de todos os partidos acha que o senador Rogério Carvalho (PT) não depende mais da escolha da base aliada para disputar o Governo do Estado.
*** Rogério é candidato independente de ser indicado pelo bloco, sem fazer composição com nenhum partido da base.
*** Ele já vem conversando com legendas da oposição para formação de um bloco, independente de “esquerda ou direita”.
Psol e esquerda
O presidente do Psol em Sergipe, advogado Henri Clay, diz que o partido fará seu Congresso nos dias 11 e 12 de setembro para definir como atuará a sigla nas eleições de 2022.
*** Vai avaliar se terá candidatura própria, ou se fará composições com outros partidos, desde que seja formada uma frente de esquerda.
PSDB mas sem Psol
Sobre uma composição com o PT, Henri Clay disse que ainda não foi procurado, até porque Rogério Carvalho só retorna a Aracaju dia 03 de setembro.
*** A informação é que o PT pretende uma composição com o Psol. Mas também deseja ter o PSDB no bloco.
*** Entretanto, em caso de fechamento com os tucanos, o Psol fica fora, como disse o próprio Henri.
Daniele e conversas
A delegada Daniele Garcia (Patriota) diz que continua sem definição do mandato que vai disputar e revelou que, junto ao senador Alessandro Vieira (Cidadania), fazemos parte de um grupo de oposição.
*** Daniele diz ainda que não há definição de quem disputará o Governo pelo bloco, o que deve ser analisado mais adiante.
*** Perguntada se teve alguma sinalização para conversa com o PT, a delegada disse que nenhuma. E se for procurada? Respondeu rápido: “sou civilizada!”
Fábio e Edvaldo em paz
O presidente do PDT, deputado federal Fábio Henrique, desfez ontem notícias de que o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) estaria trabalhando via Brasília para assumi a Presidência do partido em Sergipe.
*** – Isso não existe – disse Fábio – e exaltou o bom relacionamento entre ele e Edvaldo quando tratam sobre questões do PDT em Sergipe.
*** Em conversa atual Fábio e Edvaldo trataram sobre candidaturas de deputados federal e estadual. Disse que o PDT apoia sua candidatura a governador, “mas a decisão é dele (de Edvaldo)”.
Reunião com Lupi
Fábio Henrique participou de reunião do partido, ontem, em Brasília, com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em que trataram da reforma política: o PDT é contra o retorno das coligações e defende a legislação atual.
*** Disse que o PDT tem como prioridade a candidatura dele à reeleição e que Carlos Lupi retorna para ele as notícias que recebe sobre Sergipe.
*** Revelou que Edvaldo Nogueira mantém sua posição desde que se filiou ao partido e que cuida da sigla em Aracaju com dignidade.
Samuel e Republicano
O deputado Capitão Samuel disse ontem que o Republicano em Sergipe está com chapinha pronta para as eleições e deve brigar para fazer três deputados estaduais e 01 federal.
*** Samuel diz que o presidente do partido, Jony Marcos, vem fazendo um trabalho que crescerá muito o partido em Sergipe e conta com a confiança dos filiados.
Vinculo com Simão Dias
O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PTB), fez uma revelação interessante no almoço com o ministro João Roma, segunda-feira: “minha mãe nasceu em Simão Dias e só depois foi morar em Pão de Açúcar (AL)”.
*** Um outro político que estava no almoço brincou: “vocês já entenderam o que ele quis dizer”. Risada geral…
Diógenes e Jackson
Lucas Brasil anuncia rompimento: o ex-prefeito Diógenes Almeida e mulher, deputada Diná Almeida, de Tobias Barreto, devem apoiar Jackson Barreto (MDB) a deputado federal.
*** Sobrou para o deputado federal Fábio Reis (MDB) agora “desapadrinhado” em Tobias Barreto.
Um bom bate papo
Clóvis Barbosa – O Brasil que eu quero: comida no prato, vida com dignidade, sorriso no rosto, alegria de viver e direitos fundamentais garantidos. E você?
O Antagonista – PGR foi cobrado por Alexandre de Moraes no caso da prisão de Jefferson e por Cármen Lúcia no episódio do suposto uso político da TV Brasil por Jair Bolsonaro.
Ártemis – O maior problema não será derrotar o bolsonarismo, o grande problema será derrotar os fanáticos.
Deu na Band – Rodrigo Pacheco se reúne hoje com o presidente do STF. O senador já avisou que é contra o pedido de impeachment de ministros da corte.
Soraya Tronicke – Acho incrível ver pessoas que não aceitam opinião alheia falando em liberdade de expressão!
Alexandre Padilha – Qual o maior crime que Bolsonaro cometeu desde que assumiu a presidência? Valendo!
Metrópoles – Com dois votos de diferença, deputados contrários ao governo conseguiram levar para Plenário, decisão sobre forma de aumentar salários.
Flávio Grisalho – Você já agradeceu a Deus hoje por ter te dado inteligência e caráter o suficiente pra não ter se tornado um Bolsonarista?