Aracaju, 2 de maio de 2024
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Como um barco de fogo

Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

Sergipe ainda está em ritmo de São João, entrando em São Pedro. O clima é de festa, também de vigilância política. Todos os municípios passam por isso, principalmente em cidades do interior, onde as eleições de 2024 começam a entrar no ritmo. A maioria delas promove as comemorações, sempre com o forró na veia e comidas típicas, mas expondo a separação clara de posições políticas. Alguns municípios fizeram festas diferentes, divididas em grupos adversários, mas sem perder o ritmo e a alegria por entre fogueiras e tantos outros apetrechos que tornam as festas juninas ímpar dentro de um ritmo único, que provoca peripécias e palavreado bem ao estilo de um povo que ainda se vislumbra com fogos e comidas da época.

Em Aracaju, por exemplo, os festejos juninos se estenderão até domingo. Mas, na Praça Fausto Cardoso, onde a Fecomércio montou uma vila típica e animada, os folguedos vão até a primeira semana de julho. Tudo muito animado e dentro da ordem, mesmo que aconteçam casos destoantes e que não estão na agenda. Pré-candidatos a prefeito e vereador – mesmo os que tentam reeleição – continuam em todos os festejos para cumprimentar o povo e fazer a média necessária já para os primeiros passos de uma pré-campanha que se iniciará no próximo ano. Mas é natural, porque cada um busca o povo para se apresentar, mesmo que o local não favoreça na escolha do eleitor. Talvez em novembro, com o carnaval antecipado do Pré-Caju, os camarotes já exponham decisões tomadas por partidos políticos.

Entre o São João e o São Pedro soltaram uma “bomba” política e até se formou comissão provisória anunciada para a recuperação do MDB, através do senador Alessandro Vieira, que iniciou pregando mudanças na política, vem exercendo um bom mandato e entrou em outra rota, com objetivo de dar rumo à sigla histórica, que foi de esquerda e hoje é de centro, diferente do senador que sempre se identificou como político de direita. Alessandro, de qualquer forma, se torna ambidestro a partir de agora, para poder manter o partido, que se revelou no combate à ditadura, com o seu perfil social democrata, sem se deixar levar pelo radicalismo dos lados e manter firme o rumo que deseja para o Estado e País.

De qualquer forma, a mudança do MDB para comando de Alessandro foi uma espécie de ‘barco de fogo”, que corre por um fio.

Mitidieri sobre o São João

Fábio Mitidieri (PSD) disse que os “festejos juninos desse ano já entraram para a história. Resgatamos o sentimento, a emoção do período e assumimos com orgulho o título de País do Forró. Por todo o Estado tivemos celebrações e a capital foi o ápice”.

*** – Resgate da Rua de São João, do Centro de Criatividade, do Gonzagão, a Ópera do Milho, Rei e Rainha do Milho… A Vila do Forró cada vez mais bonita e o Arraiá do Povo com os trinta dias de forró”.

*** Segundo Mitidieri, “a economia reagiu rápido: hotéis lotados, comércio com aumento significativo de vendas, restaurantes cheios… O resultado disso tudo é traduzido em empregabilidade, renda e alegria”.

Ligados a Márcio

Marcio Macedo (PT), Fábio Mitidieri (PSD) e Edvaldo Nogueira (PDT) estão muito ligados, ainda como amigos e, provavelmente, aliados.

*** Um membro do PT disse que se os dois conversarem com Márcio para ele disputar a Prefeitura de Aracaju, tendo aval do presidente Lula, ele tropa.

*** Grupo do PT que apoia Rogério Carvalho já começa a dar sinais de resistência, “mas é uma etapa a vencer”, disse.

Muita coisa no ar

Na realidade, como integrante do PT, Márcio Macedo está muito ligado a Fábio e Edvaldo, mas até o momento ninguém falou sobre sucessão, embora Márcio não negue que topa disputar a Prefeitura se convocado.

*** Mas, para isso, precisa de muita conversa. Inclusive com partidos da base aliada via governador e prefeito, além de unir o PT em torno de Marcio Macedo e o retorno à coligação desfeita em 2022.

Bom relacionamento

Segundo um influente membro da base aliada, o prefeito Edvaldo Nogueira e o governador Fábio Mitidieri não trataram de sucessão municipal de Aracaju com o ministro Marcio Macedo.

*** Nos encontros que tiveram também em Brasília jamais se conversou sobre eleição a prefeito, mas sempre sobre problemas do Estado e de Aracaju junto ao Governo Federal.

*** Márcio sempre atendeu aos dois com presteza e se formou um relacionamento forte entre os três.

Belivaldo na reserva

Em entrevista, domingo, sobre ser candidato a prefeito de Aracaju, o ex-governador Belivaldo Chagas (PSD) disse: “sempre fui um político de grupo e meu nome está, como o pessoal diz na gíria do futebol, no banco de reserva, preparado para entrar se precisar”.

*** – Mas, naturalmente, quem vai conduzir esse processo é o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), provado e aprovado pelo povo de Aracaju, disse.

*** Sobre Simão Dias, Belivaldo é claro: meu pré-candidato a prefeito de Simão Dias é Marival Santana. Mesmo sendo de outra agremiação, o meu apoio é para que ele retorne à prefeitura”.

Caso Ana Castela

A notícia sobre um incidente em Lagarto, que envolveu a cantora Ana Castela, tem muitas versões e forte conotação política, o que deixa dúvida sobre a informação.

*** Ninguém disse ainda o fato do choro da cantora em palco, tudo com absoluto objetivo político, que será usado até às eleições do próximo ano.

*** A notícia que circulou por perfis de influencers famosos do Brasil aconteceu muito mais em razão do envolvimento de Ana Castela. Ninguém sabe o que realmente aconteceu.

Ricardo e novo tom

O vereador Ricardo Marques (Cidadania) diz que “precisamos parar de querer resolver os problemas apenas em ano de eleição”.

*** – Um verdadeiro gestor trabalha dia e noite para resolver os problemas o mais breve possível, diz em tom de quem se anima para disputar a Prefeitura de Aracaju.

*** E conclui “devemos parar de ficar empurrando para debaixo do tapete os problemas da cidade”.

Cidadania e decisões

O Cidadania, que dá sinais claros de oposição, vai se reunir em julho para um série de decisões: inclusive a de não acompanhar o senador Alessandro Vieira, hoje no MDB.

*** Membros do partido defendem uma cisão e um trabalho firme para que o partido lance uma candidatura própria.

*** A possibilidade de uma composição com o Patriota não está descartada…

Alessandro conversa

O presidente da Diretório Provisório do MDB em Sergipe, senador Alessandro Vieira, já avisou que vai conversar com todos democraticamente. Ele terá 90 dias para montar toda a sigla.

*** Alessandro já vem conversando diariamente para fortalecer o MDB no Estado, sem perder sua posição de centro e manter a rota que a legenda sempre teve no Estado.

*** O senador também terá que mudar seu estilo, porque “o MDB é uma sigla histórica e de posições firmes”.

JB em silêncio

Até o momento o ex-governador Jackson Barreto (MDB) está no mais absoluto silêncio. Não conversa e nem atende repórteres. Talvez queira ver como fica o partido, depois de se encontrar com Alessandro.

*** Jackson é emedebista histórico, apesar de já ter se afastado da sigla. No final de semana ele esteve no Forró Caju, circulando entre o povo.

Giro nas redes sociais

Marcelo Bretãs – Um modelo de sociedade contaminado pela corrupção e pelo compadrio causa nojo e asco aos cidadãos de bem.

Maria – Aquele Foro de São Paulo que a imprensa dizia que não existia vai se reunir e pregar as asneiras de sempre.

Vinícius Betiol – Foi divulgada a lista com o nome de 70 bolsonaristas que, assim como o Bolsonaro, estão sendo investigados pelo TSE e poderão ficar inelegíveis.

PAN – Em entrevista a BBC, James Cameron detonou as buscas pelo submarino Titan e afirma que tudo não passou de “uma farsa prolongada”.

Vida Brilhante – Nos últimos anos, grandes redes que pareciam imunes à crise financeira mundial acabaram fechando suas portas.

Janja Lula da Silva – Dignidade menstrual para as mulheres do Brasil. Governo divulga critérios de distribuição de absorventes higiênicos no SUS.

Sol Beatric – Alexandre de Moraes não é Superman, não é o homem aranha,mas realmente é meu herói favorito!

Folha – Planalto reafirma plano para divulgar informações; presidente Lula herdou R$ 9,9 bilhões das extintas emendas de relator.

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