Aracaju, 29 de março de 2024

Disputa política não tem anjos

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Diógenes Braynerdiogenesbrayner@gmail.com

É natural que nas disputas, por mais pacíficas que sejam, todos que estão querendo indicação têm que procurar vencer – um ao outro – já que são adversários dentro de uma aliança onde, politicamente, todos pensam na unidade, mas individualmente desejam ser o escolhido. E para isso têm que trabalhar e revelar posições diante dos aliados que lutam pelo mesmo cargo e, no final, quando tudo for resolvido, continuarem juntos para manter o bloco unido em torno de um objetivo que todos buscam, mas só um chega lá.

A disputa política dentro de um mesmo bloco é como, por exemplo, uma luta de boxe. Dois atletas, em um ringue, são profissionais e amigos ou conhecidos, um não tem nada contra o outro, mas para vence a luta quem abate o outro fisicamente, com socos e pontapés. O objetivo geralmente é o nocaute para consolidar a vitória. O resultado disso são lutadores com cortes no rosto, hematomas, olhos e bocas esbugalhados e muito sangue. Quando a luta termina e é anunciado o vencedor, os dois boxeadores se cumprimentam e se abraçam como se nada tivesse ocorrido, porque tudo faz parte do jogo para vencer, desde que seguindo as regras.

Claro que na disputa política, entre aliados do mesmo bloco, não há violência física, mas todos estão no páreo para derrubar o concorrente, dentro de um trabalho duro, que não pode deixar de fazer comparações pessoais entre o que realizam para conquistar o voto da maioria que compõe a aliança. Estão todos dentro do mesmo objetivo político e nenhum deles vai deixar de lutar com a mesma disposição que acontece nos ringues, lógico sem a violência física. Assim, quem imagina que nesse jogo entre amigos tem algum mandando flores para o outro está completamente enganado, porque cada um tem que convencer que é o melhor, mais competente e em condições de ser o escolhido. Mas isso só acontece se tiver disposição para atuar e, em algum momento, até atingir os adversários.

Muito claro que a pendenga não é pública e nem pessoal. São feitas através de ações, conversas, atuação junto às lideranças públicas e também do marketing, principalmente via redes sociais, que estão abertas para todos usarem da forma que melhor entenderem, inclusive com fake news, que atingem adversários, de uma forma em geral, usando até expressões grosseiras. As notícias que circulam sobre um dos candidatos querendo derrubar os outros são naturais e estão nas regras do jogo, desde que não atinjam a dignidade. O correto é chegar ao final abraçando o vencedor, mantendo apoio e posição política para fortalecer o bloco e conseguir eleger o novo governador.

Fora desse contexto, podem entregar o Estado aos adversários políticos que estão em projetos diferentes.

Está muito embolado

Eliane Aquino (PT) já está em Brasília, onde passa o Natal com familiares. Do aeroporto de São Paulo falou por telefone com o colunista e disse que o seu desejo é disputar o Senado pelo partido.

*** Falou, entretanto, que ainda precisa definir isso, “porque está muito embolado e espero o desenrolar”.

Retorno à base aliada

Eliane Aquino falou, ainda, que se o PT fizer composição com o PSD, através do entendimento com Gilberto Kassab, admite a manutenção do partido na base aliada. Em relação a ela diz que “se a Direção Nacional determinar… Cumpra-se!”.

*** Para Eliane Aquino o importante “é a eleição de Lula a presidente e que os Estados se unam com esse objetivo”.

Tudo muito difícil

O entendimento para composição com outros partidos passa pela força de cada legenda nos Estados, para indicação de candidatos a governador em 2022, apoiando Lula a presidente.

*** Assim, dando como exemplo Sergipe, se Gilberto Kassab (PSD) e Carlos Lupi (PDT) fizerem composição com Lula, a base aliada se reintegra e Fábio Mitidieri ou Edvaldo Nogueira podem ser indicado como candidato ao Governo.

*** O PT ficaria com a vice ou o Senado. Alguns membros da base acham que isso será muito difícil, mesmo que seja para beneficiar Lula.

Mitidieri e Edvaldo

O deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) diz que “quem tenta insinuar que estou promovendo embates na CMA, está enganado ou mal intencionado”.

*** – Deslealdade não faz parte da minha lista de defeitos. Minha relação com Edvaldo Nogueira sempre foi de amizade, parceria e lealdade.

*** – Disputa interna é democrática e nossa maior força é a União.

Mídia toca fogo

De qualquer forma, setores da imprensa tentam tocar fogo principalmente entre o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) e o deputado Fábio Mitidieri (PSD), inclusive expondo preferências.

*** Os candidatos se esmeram em dar explicações e confirmar a unidade, mas não conseguem convencer à mídia e nem evitar os fakes.

Orçamento secreto

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) diz que fala há tempo sobre a dificuldade de lidar com um presidente criminoso. “Bolsonaro segue delinquindo todos os dias”!

*** – Conta com a proteção de um PGR acomodado e de um Congresso amordaçado pelo Orçamento Secreto, diz.

*** E pergunta: “As instituições vão ignorar os fatos e jogar a responsabilidade no eleitor”?

Novela na Globo

Ao receber, sexta-feira passada, a visita do diretor de filmes e novelas Jayme Monjardim, o governador Belivaldo Chaves brincou: “quando eu deixar o Governo, queria ser convidado para uma novela da Globo”.

*** Jaime entrou na onda: “vou lhe colocar contracenando com Tony Ramos” – todos riram.

*** Belivaldo confidenciou que gosta de acompanhar novelas, que se emociona e até xinga os vilões. Com isso alivia a cabeça.

Não forma federação

O ex-deputado federal Heleno Silva disse ontem que ouviu do presidente do seu partido, o Republicanos, que a legenda não entrará em nenhuma federação partidária.

*** Heleno diz que o Republicanos está se preparando, se fortalecendo e elegerá dois deputados federais nas eleições do próximo ano.

JB só no ano novo

O ex-governador Jackson Barreto (MDB) participou da reunião da base aliada, mas em seguida voltou a mergulhar e está sem qualquer movimentação política.

*** Jackson só vai retornar aos contatos com lideranças políticas em janeiro e levará adiante sua pré-candidatura ao Senado ou a deputado federal.

Surpresa desagradável

Em Estância, Ivan Leite (PSDB) está decidido a ser pré-candidato a deputado federal e sua mulher, professora Adriana Leite, vai a estadual pelo Podemos.

*** Sobre a desfiliação de Geraldo Alckmin do seu partido e uma provável candidatura dele a vice-presidente de Lula, Ivan considerou “uma surpresa desagradável”.

*** Alckmin está a caminho de filiação no PSB…

Luciano como um trator

O presidente da Alese, deputado Luciano Bispo (MDB), decidiu seguir adiante, sem recuo, o seu trabalho para integrar a chapa majoritária da base aliada.

*** Apesar de sugerirem para ele a vice, “o baixinho itabaianense, segue como um trator, mostrando trabalho, diálogo, defendendo o Governo e marcando presença na mídia”, disse um parlamentar ligado a ele.

Saldo é positivo

Na visão do parlamentar, “o saldo tem sido positivo” e acrescenta que os comentários são de que a característica inata de diálogo e mediação de Luciano com todos tem crescido, sendo exposta e valorizada com a presença midiática, acrescentou o parlamentar.

*** Conclui dizendo que “aos olhos e ouvidos dos que estão a acompanhá-lo, a força política e de consenso de Luciano Bispo vem se fortalecendo”.

Giro pelas redes sociais

Edevaldo – A principal proposta dos candidatos no Brasil é desqualificar o adversário com mentiras e propostas que é bom não tem nenhuma.

Vem Pra Rua Brasil – Impedir ou procrastinar a vacinação de crianças é desumano, irresponsável e criminoso. Mas no Brasil do Orçamento Secreto tudo fica por isso mesmo.

Gilberto Natalini – Bolsonaro, o aloprado do mal, ataca uma das instituições de saúde mais respeitadas do mundo: a Anvisa.

MiguelC – Quando penso que ainda faltam 12 meses para esse pesadelo dá uma tristeza. Contudo temos uma esperança que vai acabar.

Bruno Filardi – Às vezes a criança de 6 anos vai até a UBS para tomar a vacina, em seu automóvel, meio alterada sem ter muita noção do que está fazendo.

Guilherme Amado – PSol não vislumbra acordo por federação de partidos com o PT nem com o PSB.

Band Jornalismo – O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se depender do Governo Federal, será preciso uma receita médica para vacinar crianças contra a Covid-19.

Brasil 247 – Mathias Alencastro: Lula-Alckmin é revolução republicana e mostra que a coalizão e não a ruptura é o caminho do PT.

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