Diógenes Brayner – diogenesbrayner@gmail.com
A previsão do mês de dezembro é de fraternidade e festejos. Não terá uma grande movimentação política visando às eleições municipais. Janeiro será o período de novas expectativas para o ano que se inicia. Fevereiro é o carnaval, onde as peripécias dos possíveis candidatos fantasiam os blocos políticos. Depois deste período será reiniciada, para valer, a folia para a sucessão municipal – Prefeitura e Câmara. Pode ser o mês das decisões internas e anúncios, mas a indicação de cada bloco só se dará em março, quando se põe adiante a pré-campanha e a movimentação em torno dos eleitores. Em Aracaju os nomes são previstos, mas não existe nada absolutamente certo e todos exibem um clima de falsa unidade dentro dos seus blocos. Entretanto, ainda não se viu algum deles exibir força própria para ser o escolhido.
Todos eles dependem de quem indica, porque não exibem estatura para disputar um pleito majoritário sem ter o perfil que todo bom candidato deve exibir. Não pensam e nem mostram liderança, mas se deixam ver como “paus mandados”, que deixarão se levar pela liderança que seguem. Essa política de agora mostra esse quadro de dependência, porque ainda está em formação um grupo em que os seus integrantes tenham representação pessoal junto ao eleitorado. E como vão servir para escolha de seus nomes nas urnas, se até o momento não demonstraram qual o objetivo para disputar mandato popular e adquirir a confiança do eleitor? Além disso, antes da oficialização da escolha, as contrariedades internas são expostas em alguns contatos, com possibilidade de racha, que põe por terra a força de qualquer coligação.
Há necessidade, então, que possíveis candidatos da situação ou oposição saiam às ruas e demonstrem projetos administrativos que partam deles, para que consigam a confiança do eleitor e tenham os seus nomes em condições de subir aos palanques e conquistarem votos. Da forma que se comportam, como se fossem apenas o preferido dos seus líderes, podem ser eleitos pela força da indicação, mas não pelas propostas que têm para conquistar o eleitor e conseguir administrar a cidade sem dever satisfação aos chefes políticos, que os dominarão e levarão adiante o que desejam para o município, mesmo que não seja de interesse do novo prefeito.
Reestrutura política
É provável que em dezembro haja mudanças importantes e sérias no cenário político de Sergipe. As conversas acontecem em absoluto sigilo e os bastidores tremem.
*** Será uma boa estratégia política que fortalece um dos grupos de Sergipe. As conversas ainda não definiram a reestruturação política.
Sobre Márcio e Eliane
Nos bastidores a informação é que Eliane Aquino (PT) pode não ser candidata à prefeita, em razão de dificuldades para retornar Sergipe no período de campanha.
*** Também seria uma estratégia do ministro Marcio Macedo (PT) para apoiar o candidato do Governo a prefeito, sem participação direta.
*** Objetivo: quer apoio do grupo liderado por Fábio Mitidieri (PSD) na candidatura ao Senado em 2026.
Nome competitivo
Dentro do PT, em relação às posições de Márcio Macedo e seu aconchego com o grupo do Governo, as conversas é que ele vai precisar desse apoio para chegar ao Senado.
*** Quanto ao PT eleger um nome à Prefeitura de Aracaju o pessoal fala que há muita dificuldade, porque muitos deles acham que a sigla não tem um nome competitivo: “pelo menos até agora”.
Sobre posição de Laércio
Segundo avaliação de um articulador político, o senador Laércio Oliveira (PP) pode ser candidato a governador em 2026, caso haja um crescimento do bolsonarismo em Sergipe.
*** O próprio Laércio declara, de forma convicta, que vai se manter no bloco liderado por Mitidieri e o apoia na disputa pela reeleição em 2026. Fica a dúvida, porque tem quem assegure que esse quadro pode mudar.
MDB se fortalece
Um membro do MDB disse ontem que o partido está se recuperando em Sergipe, e trabalha para se fortalecer visando à disputa municipal de 2024.
*** Acrescentou que o MDB “está bem no interior” e acrescentou que a tendência é manter os 12 prefeitos e se recuperar na grande Aracaju: “vai se fortalecer na Câmara Municipal e, quem sabe, indicar o vice-prefeito”.
Alessandro vai à reeleição
A mesma fonte disse que o senador Alessandro Vieira, presidente do MDB em Sergipe, está mudando o modus operandi na sua atuação política.
*** Disse que ele está trabalhando na formação de grupos e acrescentou que o senador é candidato à reeleição em 2026.
Ivan e Davi em Estância
Ivan Leite (PSDB) disse ontem que o eleitorado de Estância está pedindo sua volta à Prefeitura do município e diz que a tendência dele é ser candidato.
*** Segundo Ivan, o delegado André Davi “poderá ser um bom aliado ou um bom concorrente, mas os dois podem formar uma chapa através de composição”.
Jairo quer unidade
O ex-deputado Jairo de Glória (PL) disse ontem que a sua candidatura a prefeito do município, depende da maturidade da oposição em lançar um único nome para a disputa do mandato.
*** Não sendo assim, Jairo não será candidato e diz que aguardará um melhor debate. Ele diz que “sem composição e unidade, a oposição não elege o prefeito”.
Márcio na Arábia
O ministro Márcio Macedo (PT) anuncia que o presidente Lula chegou na Arábia Saudita para iniciar uma série de agendas no Oriente Médio.
*** E acrescenta: “é a representação da busca por mais investimentos e oportunidades para o nosso país”. Márcio está feliz na comitiva.
Linda e consórcio
A deputada Linda Brasil (Pros) pergunta: “vocês estão acompanhando as discussões sobre o Consórcio Metropolitano do Transporte Coletivo da Grande Aracaju”?
*** Entre os anúncios está o investimento de R$ 24 milhões no setor e a estabilização da tarifa no valor de R$ 4,50.
Balanço produtivo
Edvaldo Nogueira, presidente da Federação Nacional dos Prefeitos, diz que o balanço foi muito produtivo neste primeiro dia de 85ª Reunião Geral da FNP.
*** – Nos unimos para debater assuntos atuais e importantes para a população, como o financiamento da saúde e dos serviços públicos, as mudanças climáticas e a reforma tributária!
Nada em dezembro
Na opinião de um político influente de Sergipe, que falou em off, “ninguém vai decidir nada no mês de dezembro e em janeiro a disputa política começa a esquentar um pouco”.
*** A mesma fonte diz que a decisão sairá depois do carnaval, “principalmente pelo estilo de Edvaldo Nogueira para apresentar seu candidato”.
Giro pelas redes sociais
Movimento Sem Picanha (MSP) – No Paraná, na cidade de Nova Esperança, um professor é agredido por vários alunos por terem tirado nota baixa.
Estadão – Paula Lavigne lembra de início da relação com Caetano, quando ela tinha 13 anos: ‘Uma história de amor’, descreveu a produtora.
GloboNews – Senador Marcos Rogério (PL-RO) diz que indicação de Flávio Dino ao STF é “querer apagar fogo com gasolina”.
Leonardo Boff – O senador Marcos Rogério apenas tem preconceitos na cabeça e todos ideológicos da pior espécie.
Notícias Paralelas – Neymar recebeu Bolsonaro em sua casa, em Mangaratiba (RJ), para ouvir conselhos do ex-presidente sobre família.
O Antagonista – “Caixa preta não, senador. Isso é uma forma pejorativa de se dirigir às pessoas pretas”, diz Marina Silva a Plínio Valério, que preside CPI das Ongs.
POPtime – Projeto de Lei obriga motoristas de transporte privado, como Uber e táxis, a terem troco em caso de pagamento em espécie.
Rogério Marinho – A indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal é um ato de jogar lenha na fogueira.