Aracaju, 4 de dezembro de 2024
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“Festas juninas e Democracia

Diógenes brayner – diogenesbrayner@gmail.com

O Artigo “Festas juninas e Democracia – O encontro das ruas com a cultura popular” É de autoria de Marcelo Barros. Aproveite.

No momento atual que vivemos no Brasil, a cada dia, os movimentos sociais e o povo mais pobre têm ido às ruas para se manifestar pela Democracia. Em geral, por trás dessas manifestações, está a defesa da Constituição e o apelo para que o voto do povo seja respeitado. No entanto, toda manifestação popular pode ser ensaio de democracia. Um bom exemplo disso é o cuidado com o qual, em quase todo o Brasil, as pessoas preparam e organizam os festejos juninos.
Ainda há quem olhe as festas populares como expressões de mera alienação social. De fato, no tempo do antigo império romano, cada vez que alguma guerra se aproximava, ou uma lei iria tornar a vida mais difícil, os pensadores do império promoviam o que chamavam de “pão e circo”. Essa fórmula vigora até hoje em certos círculos do sistema opressor. Até hoje, jornais televisivos sem compromisso com a transformação do mundo alternam notícias de massacres e crimes com cenas de futebol. Depois de mostrar imagens da seca e fome no nordeste, filmam na mesma região algum forró de São João.
De fato, os festejos juninos têm origens pré-cristãs nas mudanças de estação. Na Bolívia, Peru e Equador, os índios festejam o ano novo andino. No Brasil, o povo faz brincadeiras caipiras, quadrilhas e comidas típicas de cada região. Algumas das danças juninas vieram das cortes da Europa e são hoje o que se chamam “quadrilhas” que ainda usam termos franceses e fazem as pessoas se vestir de caipiras e dançar como a nobreza de outros séculos. Assim, a própria história das festas juninas revela uma democratização de costumes, antes restritos aos nobres e dos quais os pobres se apropriaram. Nos casamentos matutos, figuras como padres e juízes da roça são caricaturadas porque só se interessam por dinheiro e poder. Essas críticas revelam o modo como às camadas mais empobrecidas do povo podem expressar, democraticamente, suas críticas e seu protesto social. Mesmo o fato de tomar santos da Igreja Católica, como Santo Antônio, São João Batista e São Pedro para fazer festas que revelam resistência cultural é bom porque liga os santos com a realidade da vida dos pobres de hoje.
Uma consequência positiva da tragédia que é a crise política pela qual o Brasil passa nesses dias é que os movimentos sociais conseguiram superar suas diferenças e se uniram. Não é fácil organizar uma comunidade de bairro ou ajudar as pessoas a pensar criticamente e a criticar as notícias impostas pelos grandes meios de comunicação. Em geral, nos bairros e periferias, as pessoas, crianças, jovens e adultas, se organizam com muita disciplina para ensaiar a quadrilha, preparar as danças caipiras e brincar. As festas juninas revelam que nosso povo tem uma surpreendente capacidade de se organizar, quando deseja e se o assunto é do seu mundo afetivo. Quem, de fora, vê os ensaios e a eficiência da preparação da festa, muitas vezes, de forma espontânea e sem dinheiro, pode desejar que essa mesma energia de unidade e de organização apareça na caminhada social e política das bases e na direção da luta pacífica para transformar esse mundo.
Mesmo que não seja de forma consciente, ao preparar as brincadeiras juninas, as pessoas revelam uma capacidade de união que não se restringe apenas a uma dança de quadrilha ou uma encenação caipira. Elas se tornam capazes de ensaiar uma sociedade nova na qual todos serão protagonistas. Assim, na alegria e de forma despretensiosa, grupos e comunidades populares sinalizam uma realidade nova que se aproxima ao que os evangelhos chamam de reinado de Deus. Do seu modo e em sua linguagem lúdica, parecem traduzir uma palavra que os evangelhos atribuem a São João Batista: “Mudem de vida porque a realização do projeto de Deus no mundo está próximo!” (Mt 3, 2).

 

*Marcelo Barros é monge beneditino, teólogo e assessor das comunidades eclesiais de base e movimentos sociais.

Lula e a censura

O presidente Lula (PT) disse ontem que “Artista, cinema e novela não é pra ensinar putaria”, diz Lula em evento do Dia do Cinema.

*** Presidente prosseguiu discurso dizendo que a arte deve contar histórias, “não pra dizer que nós queremos ensinar as crianças coisas erradas”. (Metrópoles).

*** O deputado federal Rodrigo Valadares diz que “Lula quer se aproximar do povo conservador brasileiro com mentiras”.

Daniele não recua

De Mendoza, na Argentina, o Milton Andrade garante que não haverá recuo de Daniele Garcia (MDB) sobre sua candidatura à Prefeitura de Aracaju.

*** Acha que os boatos que circulam sobre a informação de que ela seja vice de Luis Roberto (PDT), “são desesperos dos adversários”.

*** Admitiu que Daniele teve um crescimento positivo quando oficializou sua candidatura e com certeza chegará no segundo turno.

Respeita decisão do partido

A deputada federal Katarina Feitoza (PSD) que não desistiu de disputar a Prefeitura de Aracaju, “apenas estou impedida por respeitar a decisão do meu partido”.

*** De qualquer forma circula com insistência que ela foi convidada para ser vice de Luis Roberto (PDT).

Recuperar partido

O presidente Lula vai se reunir com Gleice Hoffmann e o ministro Marcio Macedo para tratar sobre a candidatura em Sergipe a Prefeitura, inclusive junto à Federação Nacional.

*** A informação é de um membro do PT em Aracaju, que defende um entendimento para recuperar o partido em Sergipe.

Presença de Mitidieri

O vereador Vinícius Porto (PDT) disse ontem que o evento que o seu partido realiza hoje vai dar uma força muito grande à campanha de Luis Roberto.

*** Lembrou que é a primeira manifestação que terá a presença do governador Fábio Mitidieri (PSD), o que define a posição definitiva de que apóia Luis Roberto.

*** Vinícius acha que ainda há muitos indecisos e “tem gente que sequer sabe o nome de algum candidato a prefeito”.

Só um tem chance

Dos cinco nomes citados ontem que podem servir para ser vice de Fábio Mitidieri (PSD) em 2026, nenhum se manifestou publicamente.

*** Entretanto as conversas apontavam que apenas um tem chance em razão de um gesto comum que se tornará político.

Ponto de divergência

Entre os nomes citados para vice-governador em 2026, pelo menos um está meio atritado com o bloco do Governo e já nas eleições deste ano a desavença será revelada.

*** Se olharem quem estão por trás das indicações, verão exatamente o ponto da diferença que ficou mais claro nos festejos juninos.

Valadares no Piauí

O ex-deputado federal Valadares Filho participou ontem da Caravana Federativa no Piauí, “o governo Lula reafirma seu compromisso com as causas municipalistas”.

*** Disse que “o objetivo é assegurar que as políticas públicas sejam mais eficazes e ajustadas às necessidades específicas de cada região, promovendo o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida da população”.

Retorna a Sergipe

Valadares Filho retorna a Sergipe anda hoje para manter contatos políticos sobre a possibilidade de disputar a prefeitura de Aracaju, o que dependerá dos aliados com os quais está conversando.

*** Valadares está animado com os contatos, mas qualquer decisão será tomada por decisão do bloco com o qual está atuando.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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